10 Opiniões: não, não há uma controvérsia sobre os quarterbacks na Philadelphia

[dropcap size=big]A[/dropcap] coluna 10 opiniões é a forma de você rapidamente se inteirar sobre os principais assuntos da semana na NFL.

Postada toda quarta-feira com Henrique Bulio, inclusive durante a temporada regular da NFL e uma forma de você rapidamente ficar informado! Confira aqui o índice completo da coluna.


  1. Isso motivou algumas discussões após o Sunday Night Football, mas o jogo provou duas coisas: os Eagles tem o melhor quarterback do Draft de 2016 e que não há qualquer dúvida que Wentz é o futuro da franquia.

Foi divertido ver Nick Foles em campo novamente, e foi mais divertido ainda ver o jogo ter um resultado inesperado no fim de um jogo que, antes de iniciar, se presumia um massacre. Philadelphia ainda respira por aparelhos na temporada – 0.5 jogos atrás de Minnesota na briga pela última vaga do wild card -, e se eles tiverem de fazer uma última arrancada rumo aos playoffs, eles quase que certamente terão de fazer isso sem Carson Wentz, que tem uma lesão nas costas e seu prazo de recuperação é incerto.

Mesmo se ele fizer isso – e isso, no caso, é arrancar até o Super Bowl e vencer o título de novo -, não há como pensar nisso nem por um segundo: o quarterback do futuro dos Eagles é Wentz, e não Foles. Não há de ter qualquer dúvida ou controvérsia sobre o assunto aqui: Wentz é um jogador melhor, superior em praticamente todas as estatísticas, tem um domínio melhor do sistema ofensivo e executa muito melhor: por mais ‘simplificadas’ que as coisas pareceram no último domingo, é importante lembrar que enquanto o plano de jogo para Foles foi extremamente simplificado, Wentz tem domínio total sobre o ataque, especialmente na linha de scrimmage.

Por mais que o desempenho de Wentz tenha caído em seus últimos jogos – muito por conta da lesão nas costas, que limita muito um quarterback -, por mais que Foles tenha sido o MVP do Super Bowl, por mais que Wentz já tenha sofrido uma grave lesão em 2017… enfim, você entendeu que nenhum argumento é bom o suficiente para justificar uma mudança de rumo: o quarterback do futuro do Philadelphia Eagles é Carson Wentz, e não Nick Foles.

2. Precisamos muito falar sobre o trabalho de Kyle Shanahan nos 49ers. Eu sei, somente dez vitórias desde o início da temporada passada, e os 49ers não pareceram realmente competitivos desde que o treinador assumiu. Como tudo na vida, as estatísticas precisam de contexto, e o trabalho de Shanahan é extremamente admirável desde que ele tomou às rédeas em San Francisco.

Se Nick Mullens parece um jogador competente quando em campo, mérito do treinador. Se Matt Breida e George Kittle tem sido eficientes mesmo chegando à NFL como desconhecidos, méritos do treinador. Se os 49ers conseguiram bater os Seahawks no último domingo mesmo num ano em que o time poderia ter desistido, méritos do treinador. Com a volta de Jimmy Garoppolo e mais recursos investidos na montagem do elenco, os 49ers se projetam como uma ameaça ao domínio dos Rams na NFC West: esse é um time com potencial.

3. Ao menos um time extremamente forte ficará de fora dos playoffs na AFC. Dentre Baltimore (8-6, #2 em DVOA defensivo), Pittsburgh (8-5-1, #5 em DVOA ofensivo) e Indianapolis (8-6, top 12 em ambos os DVOAs), um desses estará de fora da pós-temporada, já que Los Angeles ou Kansas City ocuparão a primeira designada ao wild card. O vencedor da AFC North tem vaga assegurada, e o vice estará na briga com os Colts (e os Titans, não tão fortes assim) pela seed 6.

Se nos últimos anos discutíamos sobre como a conferência americana ficava sobre o domínio dos Patriots e a conferência nacional era muito mais forte – inclusive, era essa a expectativa da temporada atual -, os papéis se inverteram de maneira inimaginável, já que várias das equipes da NFC parecem estar jogando abaixo de seu potencial.

4. Ainda sobre times extremamente fortes, o único da NFC parece ser… Chicago? As falhas dos Rams parecem cada vez mais evidentes, com uma defesa contra o jogo terrestre bastante suspeita e Jared Goff dando claros sinais de ineficiência na segunda metade da temporada. Já nos Saints, Drew Brees tem estado não muito preciso nas últimas semanas, mas a principal dificuldade é no escasso grupo de recebedores – Michael Thomas é a única exceção.

Campeões da NFC North e colados na briga pela bye week, os Bears estão voando no momento atual, com a melhor defesa da liga e um ataque que, se não explosivo, tem feito o suficiente para assegurar as vitórias do time. Matt Nagy é meu favorito ao posto de treinador do ano, e se Chicago conseguir mesmo a semana de folga na rodada de wild card, esse time é meu palpite na NFC.

5. O ano é 2020. James Conner está de greve por um novo contrato. Os Steelers já tem seu substituto em Jaylen Samuels. Pittsburgh não precisa se preocupar com o futuro da posição após a saída de Le’Veon Bell por ter em James Conner um jogador bastante eficiente – e muito mais barato no contrato de calouro. Quando Bell, que fez holdout ao longo de toda essa temporada, atingir o mercado em março, o time estará bastante satisfeito economizando seu espaço na folha salarial.

Só que, além de Conner, os Steelers possuem outro ótimo running back no elenco, e isso ficou provado com a exibição do calouro Jaylen Samuels (19 carregadas, 142 jardas, 7.5 ypc) contra o New England Patriots. Não que a defesa contra o jogo terrestre dos Patriots seja um primor, mas a atuação do corredor na ausência de Conner foi bastante animadora. É possível afirmar que Bell não fará tanta falta assim.

6. Com um novo coordenador ofensivo, não durma com relação ao potencial dos Vikings. Na coluna da semana passada, falei sobre como a saída de DeFillippo foi melhor tanto para o time, tanto para o coordenador, já que o casamento claramente não estava dando certo. Com a promoção de Kevin Stefanski de treinador de quarterbacks para o posto de coordenador ofensivo, o que se viu foi Minnesota com desenhos muito melhores, vindos de alguém que teve participação importante no bom ataque do time na temporada passada. Somando à isso a excelente defesa que os Vikings possuem e sabendo que o time ainda tem boas chances de se classificar como wild card – atualmente, detentores do seed 6 -, os comandados de Mike Zimmer podem estar se preparando para se tornarem uma boa ameaça em janeiro.

7. A experiência Josh Allen das últimas semanas tem sido bastante animadora. Por um lado, tem sido exatamente o que se espera: jogadas que te deixam maravilhado combinadas com jogadas que lhe fazem questionar “o que diabos Allen estava pensando?”. Porém, é notável que ele tem evoluído semanalmente, e aliado com sua capacidade de correr com a bola – algo que não era esperado no processo pré-Draft -, claramente os Bills tem algo para se moldar. O próximo passo: diminuir a inconsistência em suas tomadas de decisão.

8. Você realmente não deveria perder os dois jogos de sábado. Sim, o prospecto de Washington e Tennessee não é o mais agradável em termos de nível, entretanto, são dois times que estão vivíssimos na briga pelo wild card em suas respectivas conferências e uma derrota praticamente mina as chances de pós-temporada de qualquer um deles.

No jogo seguinte, os Chargers, melhor time da NFL no momento e que brigam diretamente pela liderança da AFC West com os Chiefs, recebem os Ravens, que brigam tanto pelo wild card quanto pelo título de divisão – e que possuem uma das duas melhores defesas da liga. Esse é provavelmente o melhor jogo não só do sábado, mas da rodada inteira.

9. O Pro Bowl não é importante, mas alguns jogadores foram mais do que prejudicados pela não-indicação. Darius Leonard não é apenas um candidato ao prêmio de calouro defensivo do ano: é um candidato ao prêmio de All-Pro. Jason Kelce tem sido disparadamente o melhor center da liga, e Chris Jones tem 14 sacks na temporada sendo um defensive tackle. Essas três não-indicações ao jogo festivo simplesmente não fazem sentido algum.

10. Sessão semanal de prêmios, semana 15

Melhor jogada da semana: Perdendo por 28 a 27, restando menos de 10 segundos no cronômetro e logo após anotar o touchdown, Anthony Lynn tinha de decidir dentre chutar o extra point para levar o jogo à prorrogação ou arriscar a conversão de dois pontos para surpreender os Chiefs em pleno Arrowhead Stadium. Com o momento do jogo à favor dos Chargers e para evitar que a bola voltasse as mãos de Patrick Mahomes, Lynn chamou a conversão, que ocorreu num passe completo para Mike Williams e garantiu o triunfo de Los Angeles por 29 a 28 no Thursday Night Football.

Pior jogada da semana: Com os Rams perdendo por 30 a 23 para os Eagles no Sunday Night Football e com a bola na linha de 26 jardas do campo de ataque restando apenas 20 segundos e nenhum timeout restante, Jared Goff lançou um passe curto em direção à Todd Gurley, que estava próximo a sideline. Numa decisão inexplicável, Gurley tentou cortar Avonte Maddox e seguir dentro do campo, onde foi derrubado. O tempo continuo correndo, e Los Angeles teve de realizar um spike com urgência para tentar um último passe na end zone. Não daria certo, e o time sairia derrotado por Philadelphia.

Jogada subestimada da semana: Não se pode deixar de comentar a interceptação e o retorno incrível de Donte Jackson na tentativa de conversão de dois pontos por parte dos Saints no último Monday Night Football, apesar da derrota dos Panthers por 12 a 9. O calouro cortou a linha de passe perto da sideline e arrancou com velocidade inigualável até a end zone: New Orleans arriscou a conversão buscando estender a diferença para um touchdown; com o retorno, a diferença ficou em apenas um field goal.

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