10 Opiniões: Os Chiefs são explosivos, os Bengals são bons

[dropcap size=big]A[/dropcap] coluna 10 opiniões é a forma de você rapidamente se inteirar sobre os principais assuntos da semana na NFL.

Postada toda quarta-feira com Henrique Bulio, inclusive durante a temporada regular da NFL e uma forma de você rapidamente ficar informado! Confira aqui o índice completo da coluna.

AAAAAAAAAND we’re back! Se você me segue no Twitter, percebeu que estou um pouco ausente – fim de namoro, problemas pessoais, enfim, tudo conspirou pra que a coluna precisasse de uma semana de pausa. Porém, assim como a vida tem de seguir, a coluna também não pode parar, principalmente com a volta da NFL.




  1. Futebol é um esporte que eu amo tanto quanto futebol americano e, felizmente, eu consigo jogar regularmente. Por ter jogado tênis a minha vida inteira, meu condicionamento físico sempre foi ímpar, e eu sempre aguentei correr muito. Agora, eu sempre joguei pela ponta, e por aguentar correr muito, sempre voltei pra marcar.

Na teoria, marcar não é minha função principal. Na prática, é algo que eu tenho de fazer da melhor forma possível para ajudar o time. Agora, com toda essa baboseira, dê uma olhada nessa jogada.

Case Keenum faz um rápido lançamento em direção ao flat, onde Phillip Lindsay tem caminho livre perto da sideline. Isso é o que você verá no box score; o que não aparecerá nas estatísticas é o fantástico trabalho de DaeSean Hamilton com um bloqueio que permite a Lindsay um caminho livre até a end zone.

Um aspecto subestimado de todo bom wide receiver é sua capacidade de bloqueio. Recebedores naturalmente são divas, e bloquear pode ser chato e maçante para quem está acostumado a ser o foco do ataque e receber a bola. Hamilton é um calouro selecionado na quarta rodada, e Lindsay é um calouro que nem mesmo selecionado no Draft foi. E, mesmo assim, eles foram importantes para a vitória dos Broncos no último domingo.

2. Ainda falando sobre detalhes mais pessoais, lá em junho o Curti fez essa coluna falando sobre Patrick Mahomes II, quarterback do Kansas City Chiefs que assumiria a titularidade pós-troca de Alex Smith. Existem argumentos defendendo o jogador (meus) e argumentos não tão defensórios assim, do Deivis – que, agora, também faz parte da nossa equipe.

O que não está presente na coluna é a quantidade de discussões que tivemos sobre Mahomes ao longo da inter temporada, e a grande maioria das posições acompanhava o Deivis. Pois bem, chegou a primeira semana, e os números do jogador não foram lá tudo isso: 15/27, 256 jardas, 4 touchdowns, nenhuma interceptação, 127.5 de passer rating. Fraquíssimo, certo? Qualquer quarterback consegue isso. Claro.

Agora, eu não estou dizendo que Mahomes já é elite e vai ser perfeito. Mas existia razão para acreditar que ele transformaria o ataque dos Chiefs numa máquina explosiva com a abundância de playmakers que existem em Kansas City, e domingo mostrou que existe sim razão para crer nisso. Eu acho que os Chiefs terão o ataque mais divertido da NFL em 2018, muito por conta de possuir um quarterback que consegue ser efetivo fora do pocket e lançar bolas longas com precisão. Combine isso com a velocidade de Tyreek Hill e Sammy Watkins, o talento de Kareem Hunt e Travis Kelce, uma mistura de açúcar, tempero e tudo que há de bom e a mente brilhante de Professor Utônio Andy Reid e pronto, está criada a máquina.

3. Khalil Mack teve uma das estreias mais impressionantes que eu já vi; não existe overpay em um jogador assim. O segundo quarto especificamente falando foi uma coisa brilhante, aonde se destacam três jogadas: na primeira, Mack vence o right tackle Bryan Bulaga (uma constante ao longo da noite, diga-se) com uma speed rush em volta do protetor e força Rodgers a se mover no pocket, encontrando Roy Robertson-Harris de frente e sofrendo o sack que o tiraria do resto do primeiro tempo.

Na segunda delas, os Packers tem a bola numa 3rd and goal na linha de nove jardas. Mack recebe o primeiro contato do recebedor Davante Adams na linha de scrimmage, vence o duelo particular contra Bulaga e simplesmente rouba a bola das mãos do quarterback DeShone Kizer. Mack forçou o fumble e recuperou-o imediatamente.

A terceira delas, restando somente 50 segundos no cronômetro, veio quando Robertson-Harris conseguiu chegar em DeShone Kizer mais rápido do que o tempo necessário para a realização de um screen pass. Com a pressão, Kizer soltou a bola, que foi recuperada por Mack e levada até a end zone, ampliando o placar antes do intervalo para 17-0. Os Bears não venceram o jogo, sabemos; porém, foi uma estreia para recordar para o agora defensor mais bem pago da história da NFL.

4. Eu acho que Ben Roethlisberger e os Steelers vão se recuperar do péssimo desempenho ofensivo no próximo domingo. Foi uma semana estranha com relação as atuações de vários quarterbacks consolidados – Roethlisberger, Stafford e Ryan tiveram jogos horríveis. Os Steelers tiveram o primeiro jogo sob o comando de Randy Fichtner no ataque, contra um time em total ascensão. Não foi bom, mas…

A secundária dos Chiefs é terrível há algum tempo. Kansas City bateu o rival Los Angeles com um grande desempenho do ataque, contudo, a quantidade de oportunidades desperdiçadas pelos Chargers deve estar pesando na cabeça da equipe até hoje. A oportunidade de melhora para Pittsburgh vem nesse domingo – se você gosta de apostar, o over no total de pontos desse duelo é uma boa.

5. Os Texans possuíam um jogador relativamente competente na linha ofensiva e, agora que Seantrel Henderson está fora da temporada, eu temo por Deshaun Watson. O que eu falei no preview dos Texans permanece verdade: eu não acredito que a linha ofensiva seja boa o suficiente para que o ataque produza. Agora que Seantrel Henderson não atuará mais em 2018 por conta de lesão, a unidade parece ainda mais fraca do que já era. Houston tem um problema de grandes proporções na proteção ao seu quarterback.

6. Eu estou botando minhas fichas em DeForest Buckner como All-Pro. Esqueça por um minuto a narrativa de que a linha ofensiva dos Vikings não é tudo isso (o que de fato não é) e foque em Buckner, o defensive lineman dos 49ers que vem demonstrando um first step insano desde sua chegada a liga. Mesmo com a derrota de San Francisco, seus 2.5 sacks deram a tônica do que promete ser uma temporada de reconhecimento do fã casual, que ainda sabe pouco do jogador. Sabendo que, dentre outras, ele tem encontro duplo com as fracas linhas de Arizona e Seattle, eu acho que Buckner quebrará a barreira dos 15 sacks em 2018, será o melhor jogador da defesa dos 49ers e terá honras de All-Pro ao fim do ano.

7. Hey, os Bengals talvez sejam melhores do que achávamos. Contra os Colts em Indianapolis no último domingo, Cincinnati conseguiu limitar Andrew Luck a um número baixo de jardas por passe, impor um jogo terrestre producente por conta da ótima atuação de Joe Mixon e forçar dois turnovers cruciais para o resultado da partida – um próximo a red zone, um fumble retornado para touchdown. Andy Dalton teve um jogo bastante satisfatório e, com os Ravens chegando a Ohio para o Thursday Night Football também vitoriosos na abertura da temporada, o time se isolará na liderança da AFC North se vencer.

8. Eu acho que eu estou bem mais positivo com relação ao ano dos Dolphins depois de ver a versão 2018 de Ryan Tannehill. Miami venceu um time competente dentro de casa em seu primeiro jogo da temporada, utilizando bem seus três times e aproveitando as chances dadas num jogo bastante ruim de Tennessee. Os Dolphins não são insanamente talentosos, mas jogam numa divisão não tão complicada e possuem uma tabela não tão complicada. A chance de começar o ano com três vitórias consecutivas é real: Miami visita o rival New York e recebe Oakland nos próximos dois domingos.

9. Pode parecer impossível, mas não caia no overreaction da semana 1. Os times se preparam meses e meses para a temporada, e um jogo não é nem de perto o suficiente para se tomar impressões definitivas como “Solomon Thomas é um bust” “Roethlisberger precisa aposentar” e “Matt Ryan é fraco”, como pintaram no Twitter desde a abertura na última quinta-feira. Calma, amiguinhos.

10. A partir de agora, esse último item será o de prêmios da semana de uma forma mais underground, eu diria. As categorias estão listadas abaixo:

Melhor jogada da semana: O touchdown de 75 jardas de Aaron Rodgers para Randall Cobb no fim da partida entre Chicago Bears e Green Bay Packers, no Sunday Night Football. Rodgers, nitidamente limitado por conta de seu joelho, liderou um comeback de 20 pontos marcado por essa jogada, que deu a liderança no placar contra o rival e consolidou a vitória dos cabeças de queijo.

Pior jogada da semana: Restando 8 minutos no cronômetro e com os Raiders perdendo por 23 a 13 para os Rams, Derek Carr se assustou com a pressão no pocket e jogou a bola para o alto. Não havia nenhum recebedor de Oakland num raio de cinco jardas e, pior ainda, Corey Littleton estava sozinho e fez muito provavelmente a interceptação mais fácil que você verá na sua vida. Foi um jogo horrível do quarterback encapsulado por essa jogada.

Jogada subestimada da semana: O bloqueio de DaeSean Hamilton no jogo entre Seattle Seahawks e Denver Broncos que levou ao touchdown de Phillip Lindsay – o mesmo citado no item 1.

Bem-vinda de volta, NFL.

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