13 December 2015: Pittsburgh Steelers wide receiver Antonio Brown (84) runs against the Cincinnati Bengals' Dre Kirkpatrick (27) and Shawn Williams (36) at Paul Brown Stadium in Cincinnati, Ohio. (Photo by John Sommers II/Icon Sportswire)

Preview – AFC Wild Card: Pittsburgh Steelers @ Cincinnati Bengals

Ainda que seja muito cedo para chamar a rivalidade de Steelers e Bengals do “novo” Steelers e Ravens, não há dúvidas que o confronto atingiu proporções pouco imaginadas em anos anteriores. Com declarações polêmicas de ambos os lados antes das partidas dentro da AFC North – como Adam “Pacman” Jones dizendo para Mike Tomlin mandar seu time “calar a boca” ou o safety Mike Mitchell, de Pittsburgh, dizendo que haveria sangue no jogo, mas que não seria o da sua equipe -, já há bastante combustível para essa decisiva partida. Com o placar “empatado” (uma vitória para cada na temporada), o jogo com certeza terá um tempero à mais.

O contexto em pós-temporada também é favorável para uma partida emocionante: Marvin Lewis quer finalmente acabar com a seca de vitórias em Playoffs de Cincinnati, enquanto Pittsburgh, equipe acostumada com sucesso na pós-temporada, amarga 5 anos sem vitórias em Playoffs.

Sem mais, vamos ao preview:

Quando os Steelers têm a bola

É sabido por todos o quão explosivo é o ataque de Pittsburgh. Ben Roethlisberger teve uma ótima temporada liderando o jovem setor, mas é difícil argumentar contra quem considere Antonio Brown o melhor jogador desse ataque. O recebedor liderou a liga com 136 recepções e foi o segundo com 1834 jardas – mesmo com Michael Vick e Landry Jones como quarterbacks durante quatro partidas – e deve ser o principal foco do ataque. Um ponto que favorece ainda mais Brown é a ausência de DeAngelo Williams da partida, com lesão no tornozelo. Curiosamente, na derrota ante Baltimore nos Playoffs ano passado, a equipe também estava sem seu running back titular. Com Fitzgerald Toussaint (quem?) assinalado para ser titular, espere um plano de jogo pass-heavy por parte dos hexa-campeões do Super Bowl.

Um dos matchups mais importantes da partida certamente será o da secundária de Cincinnati contra os recebedores de Pittsburgh. O esquema defensivo de Cincinnati – predominantemente esquema cover-2 que previne grandes jogadas do ataque – dificultou a vida da dupla Roethlisberger-Brown essa temporada. Ainda, o safety Reggie Nelson parece saber enfrentar o quarterback de Pittsburgh, tendo conquistado 3 interceptações contra ele apenas nessa temporada. Com o foco todo em Brown, jogadores como Martavis Bryant e Markus Wheaton serão chave. Bryant começou a temporada muito bem após cumprir sua suspensão, mas tem apenas duas recepções para 6 jardas nas últimas duas partidas, enquanto Wheaton tem produção inconsistente. De qualquer forma, a jovem dupla terá oportunidades para brilhar no sábado à noite.

Da mesma forma que o grupo de recebedores de Pittsburgh pode se beneficiar de um plano de jogo mais pass-heavy, o pass-rush de Cincinnati também terá oportunidades de dominar a partida. Diferentemente de Pittsburgh, Cincinnati não é dependente de mandar blitz para chegar aos quarterbacks adversários, com seus principais pass-rushers sendo Carlos Dunlap e Geno Atkins. A linha ofensiva de Pittsburgh tem feito um bom trabalho nessa temporada, mas em pós-temporada, num ambiente hostil, não podemos descartar a chance de eles perderem a batalha. É pertinente afirmar que o confronto do ataque de Pittsburgh contra a defesa de Cincinnati é muito equilibrado.

Leia também:

Hue Jackson, coordenador ofensivo dos Bengals, é um dos mais desejados para Head Coach em 2016

Mailbag/FAQ sobre a realocação para Los Angeles

Entenda como funciona o processo de realocação de Chargers, Rams e Raiders para Los Angeles

Quando os Bengals têm a bola

Sem Andy Dalton para essa partida, caberá a A.J. McCarron novamente liderar sua equipe. Enquanto McCarron tem mostrado que pode jogar com um playbook bastante estendido – coisa rara para quarterbacks reservas -, ele ainda tem alguns problemas recorrentes para lançadores inexperientes. O principal deles talvez seja segurar muito a bola, coisa que Pittsburgh pode (e deve) tomar vantagem. McCarron, como titular, tem levado mais sacks, em média, do que Dalton. Keith Butler, coordenador defensivo de Pittsburgh, consegue desenhar blitz exóticas e gosta de trazer defensive backs para realizar o pass-rush também, cabendo a Hue Jackson, coordenador ofensivo de Cincinnati, tentar minimizar os erros de McCarron. Nas últimas partidas, Jackson mostrou packages com Wildcat, formações com offensive tackles junto dos wide receivers, enfim, formações diferentes para deixar Pittsburgh com uma pulga atrás da orelha.

O que conta em favor de McCarron? A terrível defesa contra o passe dos Steelers. 30ª da NFL em jardas cedidas contra o passe, o setor terá que se superar para conter o ataque aéreo de Cincinnati. A.J. Green teve 132 jardas no último confronto das equipes, incluindo um touchdown de 66 jardas em cima do cornerback Antwon Blake. Blake, inclusive, quebrou recordes de jardas cedidas e tackles perdidos por um jogador de sua posição, segundo a Pro Football Focus. Outro grande – literalmente – fator na partida será Tyler Eifert, que deixou o último confronto após uma pancada faltosa de Mike Mitchell, a qual lhe rendeu uma concussão. A defesa de Pittsburgh é uma das melhores da red zone, portanto é claro que Eifert, com sua presença física, será um jogador importantíssimo. Se o jovem tight end conseguir dominar nessa área do campo, ele pode ser a diferença entre a vitória ou a derrota para Cincinnati.

No jogo terrestre, a batalha promete ser boa. Enquanto nem Jeremy Hill nem Giovani Bernard tiveram temporadas espetaculares, ambos se complementam muito bem. Bernard opera melhor em situações de passe e em formações shotgun, enquanto Hill é um corredor mais tradicional. A defesa terrestre de Pittsburgh tem feito um bom trabalho nessa temporada (5ª em jardas cedidas), mas isso pode ser por conta dos times não precisarem do jogo terrestre contra a equipe, que tem uma secundária muito questionável. De qualquer forma, times sem um jogo terrestre consistente dificilmente vencem nos Playoffs, principalmente quando têm um quarterback inexperiente liderando a equipe. Caso McCarron minimize seus erros e tire vantagem da fraca secundária de Pittsburgh – o que não é a coisa mais fácil do mundo para um jogador sem experiência de pós-temporada -, os Bengals têm boas chances de sair de casa com uma vitória. Caso contrário, a seca em Playoffs continua por pelo menos mais um ano.

Palpite: Pittsburgh Steelers 27 @ 24 Cincinnati Bengals.

Quer uma oportunidade para assinar nosso site? Aproveita, R$ 9,90/mês no plano mensal, cancele quando quiser! Clique aqui para assinar!
“odds