O contrato de Griffin mostra que os Browns podem estar pensando em não escolher um quarterback na primeira rodada.

E o carrossel de quarterbacks em Cleveland ganhou um novo componente: Robert Griffin III. Selecionado na segunda escolha geral de 2012 (após Washington quase vender a alma para os Rams), Griffin era free agent e precisava recomeçar a carreira. Para ele, o melhor lugar seria aquele em que tivesse oportunidades de ser titular. E, aparentemente, os Browns estão dando esta chance ao atleta.

Dois anos, 15 milhões de dólares, sendo 6,75 milhões garantidos – que incluem os 3,5 milhões da assinatura de contrato. Olhando mais a fundo, isto significa que o contrato, em sua essência, é de um ano e 6,75 milhões de dólares. Analisando-o, o valor pago pelos Browns é correto e seria para um quarterback reserva de primeiro escalão. Então a conclusão é simples: Griffin será o tampão, e posteriormente o reserva, de um calouro escolhido com a segunda escolha geral. Certo? Nem tanto assim.

Primeiramente, quando se escolhe um signal caller tão alto significa que ele vai ser o rosto da sua franquia. O front office busca contratar um veterano que ensine algo ao calouro e que seja útil em sua adaptação. E em nada disso Griffin se encaixa. Primeiramente, seu estilo de jogo é bem diferente do que se espera de Carson Wentz e Jared Goff. Além disso, Hue Jackson deve implementar um ataque parecido com o do Cincinnati Bengals, o que deve ser um belo aprendizado para o veterano – visto que não se encaixa tanto ao seu estilo de jogo. A mudança de ares que o signal caller precisava não era apenas para recomeçar, mas também reaprender.

Robert Griffin não deve ter sido contratado apenas para servir de tampão, mas sim para disputar a posição de titular.

Robert Griffin teve uma temporada boa – aquela em que as defesas da liga não estavam acostumadas com o read option. Depois de sua lesão no joelho, o jogador ficou mais preocupado em propagandas do que com a recuperação e acabou sendo engolido pela NFL. Não é como se os Browns estivessem contratando um Ryan Fitzpatrick, um Mark Sanchez ou um Matt Hasselbeck – veteranos que já mostraram o que são e podem ensinar algo ao calouro. Griffin pode ensinar como não ser um grande bust sendo escolhido na segunda escolha geral, mas não tanto assim sobre o jogo.

A mensagem passada não é que ele apenas está esquentando o lugar de titular para Goff ou Wentz, mas sim que ele está lá para disputar a posição e tentar reaver a sua carreira. Isso significa que o Cleveland Browns pode não estar muito contente com o que viu dos dois futuros quarterbacks calouros e está pensando em ir atrás de um projeto para desenvolver nas rodadas subsequentes. Na realidade, pode ser que Myles Jack, Laremy Tunsil e/ou Jalen Ramsey (os três maiores talentos da classe) encantaram de vez a todos da organização, que pensam em escolher um deles – o que traria mais imprevisibilidade ao Draft. Claro que estamos falando do Cleveland Browns e eles podem estar de olho em Ezekiel Elliott ou Paxton Lynch, porém a organização vem melhorando nos últimos anos e seria uma surpresa enorme eles cometerem tal erro.

Claro que a opção de estar fazendo uma cortina de fumaça ainda é válida e a franquia pensa que Griffin vai servir para ficar em campo caso o seu novo signal caller ainda não esteja preparado. Difícil, ainda mais que eles devem ter convencido Robert Griffin III que ele está lá para disputar a posição e tentar ser uma estrela novamente. Hue Jackson quer tentar de todos os lados possíveis achar o seu quarterback e isso significa que Cleveland vai escolher um jogador da posição no Draft. A dúvida que ficou no ar é: será na primeira rodada mesmo?

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