Conheça o cara que pode ser o Tom Brady do Draft 2016

Tom Brady tem uma das histórias mais fascinantes dentro do futebol americano. Na universidade de Michigan, o jogador chegou a ser a sétima opção na posição de quarterback, lutando por espaço para demonstrar seu valor. 199ª escolha do Draft de 2000, o jogador hoje goza do status de um dos melhores signal callers de todos os tempos. Depois de 15 temporadas no New England Patriots, nas quais conquistou quatro Super Bowls, três nomeações de MVP em Super Bowls, dois prêmios de MVP na temporada regular, além de seis títulos da Conferência Americana, o camisa 12 continua a demonstrar ética profissional impecável, vontade de vencer e parece nunca perder o ritmo.

Com a aproximação do Draft de 2016, uma pergunta paira no ar: entre as discussões sobre os quarterbacks Carson WentzJared GoffPaxton LynchConnor Cook, há algum jogador que esteja em situação similar àquela que Brady se encontrava antes do Draft de 2000?

Nenhum deles; um jogador que se encaixa nesse perfil vem da mesma universidade pela qual Tom Brady jogou. Jake Rudock, de 23 anos, não deve ser escolhido nas primeiras rodadas – há quem especule, ainda, que o jogador possa sequer ser selecionado. Entretanto, dois elementos impulsionam o jovem signal caller à possibilidade de uma carreira no nível profissional: o esquema no qual ele jogou e os tutores que ele teve durante sua carreira universitária.

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Os tutores, o treinamento e o esquema

Jake Rudock veio via transferência de Iowa para disputar a titularidade da posição em Michigan, depois que o técnico Kirk Ferentz o informou que C.J. Beathard seria o titular na temporada de 2015. Jim Harbaugh, então recém nomeado head coach de Michigan e ex-técnico do San Francisco 49ers, disse a Rudock que ele já tinha outros nomes na disputa por espaço, mas adoraria que o signal caller fosse e disputasse a posição.

Disputa essa que Rudock venceu. Demonstrando uma ética profissional exemplar e dedicação à disputa pela posição, o quarterback desbancou os companheiros Shane MorrisWilton Speight e assumiu a titularidade da equipe. Sob o comando de nomes que trabalharam na NFL desenvolvendo quarterbacks, como o próprio Harbaugh e Jedd Fisch, ex-coordenador ofensivo do Jacksonville Jaguars, Rudock era a engrenagem de um ataque pro-style – ou seja, uma das raríssimas exceções em filosofia ofensiva do College Football, tão lotado de spread. O signal caller estudou as fitas de quarterbacks da NFL, desde Colin Kaepernick até Aaron Rodgers, além de Tom BradyBlake Bortles  Matthew Stafford Peyton Manning para aprender conceitos de jogadas e trabalho de pés. Isso não só permitiu que Rudock assimilasse as jogadas já observando o nível profissional, mas também aprendesse como as defesas da NFL se comportam diante daquelas situações.

Os atributos mentais de Rudock

A temporada de Jake Rudock foi um sucesso. Foram 249 passes completados, de 389 tentados, para 3.017 jardas, 20 touchdowns e nove interceptações. Mais importante do que os números, entretanto, foi o desempenho e o domínio do jogo que o jovem jogador demonstrou. Muitas vezes o camisa 15 chamava as jogadas e fazia audibles – alterações na linha de scrimmage – com apenas uma palavra. Dominar uma linguagem de nível profissional é um diferencial, uma vez que a maioria das universidades não as implementa. Além disso, o quarterback mostrou talento em realizar as leituras e estabelecer o ritmo do ataque.

Brady Quinn, ex-quarterback de diversas equipes na NFL, comandou Rudock no East-West Shrine game e rasgou elogios à capacidade do jogador. Quinn disse que de todos os três nomes que ele dispunha naquela partida, o nome de Michigan tinha uma grande facilidade em aprender os sistemas e a linguagem, e estava um passo a frente dos seus colegas de posição. De acordo com o ex-quarterback, Rudock é o tipo de mente que irá triunfar em qualquer sistema, e que apesar dele não ter o braço mais forte do Draft, ele dispõe do porte físico e do braço forte o suficiente para ser produtivo em qualquer lugar.

Pode ser que Jake Rudock não seja selecionado em abril durante o Draft em 2016. Entretanto, a capacidade do jogador em comandar um ataque pautado no nível profissional, sua facilidade em assimilar esquemas ofensivos e seu desenvolvimento sob a batuta de duas mentes com experiência na NFL fazem dele um nome que oferece profundidade na posição para qualquer equipe. Mais: ele apresentou constante evolução no ano passado. Ele será Brady? Não, isso a gente não pode afirmar com certeza. Mas há traços em comum que vão além de terem jogado pela mesma universidade – como demonstramos acima. Não custaria nada gastar uma escolha de sexta rodada nele – como foi feito pelos Patriots há 16 anos.

O camisa 15 de Michigan em 2015 tem o potencial para ser uma ótima alternativa no banco de reservas, e, quem sabe, dada a devida oportunidade, possa despontar como signal caller titular de uma franquia na NFL, tal como fez seu companheiro de alma mater fez em 2001 após a lesão de Drew Bledsoe na Semana 2 daquela temporada.

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