Os 5 melhores jogadores de linha ofensiva no Draft 2016

Se você gosta de ver o trabalho de pés, mãos e equilíbrio dos graúdos jogadores de linha ofensiva, o Draft 2016 é para você.

Com talentos de primeira grandeza na primeira rodada e escolhas com grande potencial em rodadas mais tardias, os centers, guards e tackles selecionados na última semana de abril prometem um bom desempenho na NFL.

A classe do Draft 2016 se destaca pela qualidade de seus offensive tackles. Dessa forma, quatro dos cinco melhores jogadores de linha ofensiva deste ano são tackles, os homens responsáveis por proteger o backfield e, consequentemente, o quarterback de ameaças que venham por fora. Sem mais delongas, vamos aos nomes.

5 – Cody Whitehair, guard – Kansas St. 

Sua ética profissional e sua experiência jogando de right tackle, left tackle e guard destacam o jogador de Kansas State. Apesar de ser mais baixo que o prototípico offensive tackle, com 1,93 m, sua perfomance como left tackle foi digna de All-Big 12 em 2015. O jogador se destaca pelo seu excelente controle de corpo. Sua força física aliada ao sólido trabalho de pés e compreensão dos ângulos necessários para isolar defensores fazem de Cody Whitehair o melhor prospecto de guard neste Draft.

Sua principal fraqueza está no alcance dos seus braços, considerado abaixo da média para jogadores internos de linha ofensiva. Caso o guard não consiga manter a distância do jogador de linha defensiva, a proximidade e força dos pass rushers pode comprometer a integridade do bloqueio. Outra questão normalmente levantada sobre Whitehair está no seu hábito de jogador numa two point stance, isso é, sem nenhuma mão encostando no chão. Na NFL, o jogador precisará mostrar a capacidade de partir de um three point stance, da posição na qual sua mão encosta no chão e gerar força no interior da linha ofensiva.

As fraquezas de Whitehair podem ser corrigidas com seu trabalho: apesar da questão do alcance ser uma limitação física, sua técnica apurada, capacidade de criar ângulos precisos e sua força bruta podem compensar por esse atributo. A versatilidade do jogador também o colocam como uma valiosa opção para times que precisam de profundidade na linha ofensiva.

4 – Taylor Decker, offensive tackle – Ohio State

Com 2,00 m, 140 kg e eleito o melhor jogador de linha ofensiva da Big Ten, Taylor Decker tem as características mentais necessárias para ser bem sucedido na NFL. Dentro de campo, o jogador é dono de grande força e um posicionamento de mãos acima da média, conseguindo chegar bem ao segundo nível. Seu histórico como jogador de basquete no high school sem sombra de dúvidas ajudou no controle de corpo do offensive tackle.

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Em contrapartida, Decker tem dificuldades em “jogar baixo”, isso é, manter seu centro de gravidade abaixado para imprimir força de baixo para cima contra os defensores. Sua tendência em se levantar rapidamente gera situações desfavoráveis para o jogador, que acaba sofrendo com rushers mais velozes. O tackle também tem problemas no controle da parte inferior do seu corpo, com pouca flexibilidade nos joelhos e trabalho de pés às vezes impreciso, buscando vencer seus adversários pela força bruta.

Apesar dos problemas técnicos de Taylor Decker com o trabalho de pés e as tendências de se levantar de imediato, o jogador dispõe de atributos mentais e ética profissional podem ajudar o jogador a aprimorar sua técnica e compensar pelos defeitos. Sua força e bom trabalho de mãos fazem do jogador um prototípico right tackle, com destaque ajudando o jogo corrido, mas seus defeitos – aliados à um alcance curto para seu tamanho – podem prejudicar Decker na proteção ao quarterback.

3 – Jack Conklin, offensive tackle – Michigan State 

Eleito All-Big Ten de forma unânime protegendo o quarterback Connor Cook, Jack Conklin é um offensive tackle extremamente técnico. O jogador é extremamente hábil em se recuperar numa situação adversa. Diversas vezes quando batido por um pass rusher, Conklin mostrou velocidade e técnica para se recuperar no bloqueio, um atributo valioso quando falamos de enfrentar os melhores speed rushers da NFL. Quando o jogador coloca as mãos no adversário, é extremamente difícil para o defensor se livrar do bloqueio pela grande força nas palmas que Conklin demonstra.  Outro atributo positivo de Conklin é sua inteligência. Quando precisa chegar ao segundo nível da defesa para realizar os bloqueios, ele o faz sem criar corredores de ataque para linebackers e safeties.

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O principal defeito de Conklin é justamente seu trabalho de pés. Considerado por muitos analistas como abaixo da média na hora de fincar sua posição após o contato inicial, esse defeito pode comprometer a proteção quando enfrentar speed rushers ou spin moves. Apesar disso, sua técnica de mãos e habilidade de recuperação fazer de Jack Conklin um excelente nome desde seu primeiro dia para jogar de right tackle na NFL. Com evolução técnica e ganho de flexibilidade no trabalho de pés, o ex-jogador de Michigan State pode se encaixar como left tackle na franquia que vier a selecioná-lo.

2 – Ronnie Stanley, offensive tackle – Notre Dame 

Considerado a melhor escolha após o primeiro colocado, Ronnie Stanley dispõe de excelente alcance e velocidade de mãos. Com 1,98m e 145 kg, seu porte físico é ideal para ancorar qualquer um dos lados da linha. É extremamente técnico, e se algum defensor se livra do seu bloqueio, ele consegue reestabelecer o contato. Por ser capaz de manter a calma contra pass rushers e vencer os adversários pela técnica, dificilmente ele acaba sendo vencido por fora da linha. É ágil em mudar direção e abrir espaços no segundo nível para jogadas terrestres, sendo uma arma de primeira linha tanto em situações de passe quanto corrida.

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O principal problema de Stanley é que o offensive tackle não dispõe da mesma força bruta que os outros já mencionados nesse texto. Apesar de ser dono de uma técnica excelente, pode encontrar problemas quando enfrentar um defensor físico. Se o ex-Fighting Irish não conseguir estabelecer sua base a tempo de lidar com a força bruta de um defensive end, pode comprometer a integridade do pocket.

Apesar da sua força e colaboração no jogo corrido terem sido uma preocupação sobre o jogador ao final de 2014, Ronnie Stanley demonstrou uma grande evolução nestes atributos em 2015. Considerado um prospecto a ser selecionado nas primeiras 12 rodadas, o offensive tackle é um talento de primeira grandeza que pode ser a âncora de uma linha ofensiva na função de left tackle no nível profissional.

1 – Laremy Tunsil, offensive tackle – Ole Miss

O melhor prospecto de linha ofensiva é Laremy Tunsil. Beirando 1,96 m, 140 kg e grande alcance, o tackle é prototípico para a função. Discutivelmente o melhor prospecto do Draft, gerando questionamento se ele deve ser a primeira escolha overall do Draft 2016 – até, naturalmente, a troca entre Tennessee Titans e Los Angeles Rams – Tunsil é o sonho de qualquer equipe que precise de talento para proteger seu quarterback.

Seu trabalho de pés é excepcional, e sua mobilidade jamais compromete a estabilidade e seu equilíbrio. Todo o trabalho de corpo é brilhante, desde a sua movimentação, posicionamento de corpo e uso das mãos. Seu alcance aliado à sua força física fazem dele um jogador difícil de bater por fora. Os instintos dentro de campo de Laremy Tunsil adicionam ainda mais à lista de qualidades do jogador: é capaz de identificar blitzes e chegar ao segundo nível sem comprometer a integridade do pocket. Essa aptidão a chegar no segundo nível e enfrentar linebackers faz de Tunsil um recurso inestimável para o jogo corrido.

A principal preocupação com o prospecto de Ole Miss são as lesões. Em nenhuma das suas três temporadas o jogador conseguiu participar de todas as partidas. Problemas no joelho e bíceps fizeram o tackle perder jogos importantes em 2013 e 2014.  Apesar desse histórico, Laremy Tunsil é de um talento tão grande para a posição, com uma técnica tão apurada, que é difícil imaginar ele sendo selecionado depois da terceira escolha overall do Draft 2016. Uma estrela em potencial que pode elevar a capacidade ofensiva de uma franquia para o próximo nível.

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