O que esperar de Ravens, Cowboys e Colts em 2016 após o atípico ano de 2015?

Os torcedores do Baltimore Ravens, Indianapolis Colts e Dallas Cowboys querem esquecer a temporada de 2015. As três equipes somaram 17 vitórias e acumularam 31 derrotas – isso porque o desempenho dos Colts foi 8-8.

Os fãs, torcedores e analistas estão acostumados a ver essas três franquias disputando vagas na pós-temporada, aparecendo em Super Bowls e conquistando troféus. O Dallas Cowboys conquistou três títulos em quatro anos durante a década de 90, e, apesar do jejum recente, dispõe de talento ofensivo para alcançar a pós-temporada. O Baltimore Ravens, em 20 temporadas na NFL, tem 100% de aproveitamento no maior jogo do futebol americano e nove aparições nos playoffs. O Indianapolis Colts, por sua vez, se acostumou com o padrão Peyton Manning de qualidade por mais de uma década, e a chegada de Andrew Luck à equipe manteve o status do time de um dos mais perigosos da liga.

Lesões: o denominador comum para explicar 2015

O denominador comum das temporadas abaixo da média das equipes é um só: lesões de jogadores chave. As três equipes tiveram que lidar com a perda de seu quarterback titular em algum momento da temporada – e isso só para falar do signal caller.

O Dallas Cowboys teve o primeiro baque logo na primeira semana da temporada regular. Destaque ofensivo ao lado de Tony Romo, o wide receiver Dez Bryant quebrou um osso do pé durante a estreia da temporada na vitória contra o New York Giants. Apesar da recuperação veloz, o camisa 88 retornou apenas na sétima semana – sem contar com o seu quarterback, lesionado desde a segunda semana, com uma lesão na clavícula.

Indubitavelmente, a perda de Tony Romo e Dez Bryant tirou muito da capacidade ofensiva da equipe do Texas. Romo vinha de uma brilhante temporada em 2014, descontinuada pelo seu período de afastamento forçado. Apesar da linha ofensiva de elite, o conjunto de running backs da equipe e a perfomance abaixo da crítica dos reservas Brandon Weeden, Matt Cassel e Kellen More não mantiveram o time no páreo para a pós-temporada.

O efeito cascata de lesões abalou as estruturas do Baltimore Ravens. Se considerarmos a disputada divisão na qual a equipe se encontra – com Pittsburgh Steelers e Cincinnati Bengals sempre firmes na disputa pela pós-temporada – a perda de qualquer jogador pode impactar imediatamente as chances de um time. No caso dos bicampeões do Super Bowl, a situação foi catastrófica: os Ravens bateram o recorde de jogadores na injured reserve na era John Harbaugh. Além de Joe Flacco, os wide receivers Steve Smith, Breshad Perriman, os running backs Justin Forsett e Lorenzos Taliaferro, os jogadores de linha defensiva Terrell Suggs, Christ Canty e mais outros 13 nomes encerraram a temporada mais cedo.  Pior: Suggs se machucou na Semana 1 contra Denver e isso desestabilizou completamente o pass rush do time. Sem titulares – e muitos reservas – disponíves, o Baltimore Ravens não teve como manter o alto nível que os torcedores se acostumaram a ver.

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Já o Indianapolis Colts se manteve na briga pela divisão pela fragilidade da AFC South contra adversários externos. Se excluirmos os jogos dentro da divisão entre as equipes, os Texans, Colts, Jaguars e Titans somaram apenas 13 vitórias contra equipes de fora da AFC South, e compartilharam 27 derrotas. Portanto, um time que conta com um quarterback do talento de Andrew Luck comandando a equipe, ela sempre estará no páreo se os rivais não demonstrarem alto desempenho dentro de campo. O problema foi que o camisa 12 sofreu com diversos problemas físicos durante a temporada – inclusive teve que lidar com um rim lacerado, lesão típica de uma batida de moto (ou após um tackle de Danny Trevathan, ex-Denver Broncos e hoje no Chicago Bears).

Dessa forma, Luck foi limitado a sete jogos na temporada, com poucos touchdowns e muitas interceptações. O Indianapolis Colts até demonstrou ritmo sob a batuta do veteraníssimo Matt Hasselback, mas as dificuldades da linha ofensiva em permitir o estabelecimento do jogo corrido e a falta de um pass rush eficiente deixaram a equipe fora da pós-temporada.

Uma boa escolha no Draft, Romo e Bryant: a hora dos Cowboys

O Dallas Cowboys é um forte candidato a se recuperar da temporada de 2015 e conquistar a divisão em 2016. C0m a quarta escolha do Draft, a equipe tem a oportunidade de trazer um talento de primeira grandeza para sanar alguma deficiência da equipe. A chegada de sangue novo nas posições de linha defensiva ou cornerback seria uma valiosa adição para equilibrar os dois lados da bola.

Com Tony Romo, o ataque dos Cowboys é empolgante. Além do talento do camisa 9, a presença dele dentro do campo deixa sempre aberta a possibilidade de uma jogada de passe, mantendo a defesa em dúvida. Quando a defesa hesita, uma linha ofensiva do calibre da do Dallas Cowboys se estabelece e as engrenagens do ataque rodam. A chegada de Alfred Morris traz talento para fazer dupla com o propenso a lesões Darren McFadden. Correr atrás da linha ofensiva dos Cowboys é um sonho para qualquer running back, e ter duas ameaças reais no backfield desonera o jogo aéreo.

A grande questão fica por conta da saúde de Romo: nas últimas seis temporadas, foram apenas duas nas quais participou de todos as partidas. Com problemas crônicos nas costas e lesões distintas acumuladas, a franquia precisa capitalizar nos últimos anos do signal caller para brigar pelo Vince Lombardi.

Reforçar a defesa: apoiar Joe Flacco do outro lado da bola

A simples volta dos jogadores lesionados são reforços por si só para o Baltimore Ravens. A equipe poderá contar com Breshad Perriman e Steve Smith Sr. como wide receivers e terá seus running backs de volta. Isso já eleva o potencial competitivo da franquia, mas antes de qualquer coisa, Joe Flacco precisa ser protegido. Sem Kelechi Osemele, destaque da linha ofensiva da equipe, e com a idade de Marshal Yanda e lesões de Eugene Monroe, o time precisa reforçar a proteção ao quarterback para garantir a produção aérea e terrestre.

Além disso, para triunfar na AFC North, a defesa precisa estar na ponta dos cascos. Trazer um outside linebacker para contribuir no pass rush é imperativo, tendo em vista a idade avançada de Terrell Suggs e Elvis Dumervil. Da mesma forma, a secundária precisa reencontrar o nível normalmente associado ao Baltimore Ravens. A chegada de Eric Weddle é um ótimo reforço na posição de safety, mas mais talento na posição de cornerback é fundamental para a equipe segurar o ataque de elite do Pittsburgh Steelers e Cincinnati Bengals, e para conquistar a AFC North novamente após três anos de jejum.

Proteger Andrew Luck para conquistar a divisão

Ter Andrew Luck under center novamente é o sonho do torcedor do Indianapolis Colts. A produção ofensiva depende muito da performance da primeira escolha do Draft de 2012, portanto protegê-lo é uma prioridade. Trazer talento de linha ofensiva para deixar o camisa 12 trabalhar dentro do pocket é o caminho para o sucesso dos bicampeões do Super Bowl. Com os jovens T.Y. Hilton e Donte Moncrief recebendo passes, a produção aérea está praticamente garantida. Para o jogo corrido, a linha ofensiva precisa se reforçar: Frank Gore, apesar de sua monstruosa constituição física, não consegue vencer todos os bloqueios sozinhos. Para o ataque alcançar seu pleno potencial, construir estabilidade na linha ofensiva é essencial.

A essa altura do campeonato, é difícil prever como as reforçadas equipes da AFC South funcionarão dentro de campo. É importante que o Indianapolis Colts se prepare defensivamente para enfrentar o explosivo ataque do Jacksonville Jaguars, o combo Lamar Miller e Brock Osweiler do Houston Texans, além de Mariota e DeMarco Murray do Tennessee Titans. É essencial para o time triunfar trazer novos nomes no pass rush para abafar o quarterback e todo o backfield, além de sangue novo para a secundária, dando apoio para Vontae Davis. Sem defesa, a carga cai toda nos ombros de Andrew Luck, e, como vimos muitos bem em 2015, defesas sólidas vencem campeonatos.

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