Debate: Qual o melhor quarterback da classe? Goff ou Wentz?

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Felizmente já batemos nossa segunda meta: a coluna “Debate”, que visa expor dois pontos de vista diferentes. Ainda há muitas metas a serem batidas – confira todas aqui e quais são seus benefícios ao assinar o site

Voltando a esta coluna e explicando como ela funcionará: muitas vezes um assunto tem várias saídas em termos de opinião e é difícil expor a visão do site de modo uníssono. Assim, pensamos numa coluna com um assunto polêmico e na qual dois redatores possam dar pontos de vista diferentes. Não necessariamente opostos, mas diferentes.

Para começar os trabalhos, a pergunta que não quer calar: dois times com necessidade de quarterback têm as duas primeiras escolhas. Quem o Los Angeles Rams tem que escolher? Qual deles é o melhor? Jared Goff (California) ou Carson Wentz (North Dakota State)? Confira a opinião de nossos redatores e decida por você mesmo.

Carson Wentz tem o físico ideal para a posição e coloca a bola em janelas precisas

Por Eduardo Miceli

No reencontro do time com a Califórnia, o Los Angeles Rams quer mostrar que não está para brincadeiras. A equipe realizou uma troca pela primeira posição do Draft de 2016, buscando um jogador para ser o rosto do time nesse novo/velho mercado. Agora, paira a questão: qual quarterback deve ser escolhido? A resposta é o talento vindo de North Dakota State – Carson Wentz.

A situação de quarterbacks nos Rams em 2015 foi abaixo da crítica, para ser gentil. Nick Foles e Case Keenum alternaram momentos ruins numa temporada ofensiva salva apenas pelo running back calouro Todd Gurley. O time precisa, e logo, de um signal caller para assumir as rédeas da equipe.

Com 1,96 m e 101 kg, o ex-camisa 11 de North Dakota State apresenta o porte físico ideal para jogar a posição. Apesar de não ter o braço mais forte do Draft, Wentz consegue colocar a bola nas janelas apertadas que enfrentará na NFL, graças a sua mecânica polida, bom trabalho dentro do pocket e toque na bola. Além disso, o signal caller é inteligente observando a pressão do front seven adversário, improvisando com as pernas quando necessário, fazendo jogadas para avançar a qualquer custo. A cereja no bolo consiste na sua ética profissional, essencial no nível profissional, que manterá o quarterback envolvido de corpo e alma no desenvolvimento do seu jogo.

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O esquema no qual Carson Wentz jogou na universidade colocou o jogador em diversas formações utilizadas no nível profissional. Essa experiência em um ataque pro style é um dos sinais distintivos do jogador: ele tem capacidade de entrar em campo na primeira semana da temporada de 2016. Naturalmente, como todo quarterback recém-saído do Draft, Wentz é um prospecto que deve se desenvolver apropriadamente, mas o seu conhecimento de formações profissionais faz a transição da faculdade para a NFL mais suave.

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Suas características de jogo também o fazem a melhor escolha para o Los Angeles Rams. Para uma equipe que precisa desesperadamente de um quarterback, um jogador que consegue realizar os lançamentos em janelas apertadas, que se porta bem no pocket, com um release alto e precisão nos passes é a opção ideal. Os Rams precisam de um jogador que possa impactar a produção aérea da equipe desde a primeira semana, e é por isso que Carson Wentz cabe tão bem nessa nova fase da equipe: ele é mais preparado para o nível profissional.

Sem sombra de dúvidas, parte da motivação do Los Angeles Rams para trocar pela primeira escolha do Draft 2016 foi a necessidade de mostrar ao que veio. É absolutamente natural esperar que eles selecionem o seu projeto de franchise quarterback, e este prospecto precisa ser eficiente desde o dia um. Ao lado de um running back extremamente promissor que entrará em seu segundo ano, a chegada do signal caller para o futuro simboliza a nova era do Los Angeles Rams. Considerando os atributos, o estilo de jogo e a experiência universitária, resta claro: Carson Wentz é o quarterback mais apto desde o dia um a começar a mudar o ataque e o futuro do Los Angeles Rams.

Goff ganha de lavada

Por João Maurício Souza

A controvérsia entre Wentz e Goff para mim é inexplicável. Claro, Wentz é maior e mais atlético, mas seus pontos positivos param por aí. E tamanho e atleticismo não são bons dados para prever o sucesso de um quarteback na NFL. Produtividade no nível universitário, por outro lado, é. E nesse ponto, Goff ganha de lavada.

Já abordamos as características que fazem de Goff o mais preparado prara a NFL entre os dois, mas ele é também o que possui mais chances de sucesso.

Em 37 partidas, Goff completou 62,3% de seus passes, alcançando 12.195 jardas e 96 touchdowns, com 30 interceptações. Em sua temporada final, ainda como terceiro anista, sua performance foi quase impecável, com 4714 jardas e 43 touchdowns. Goff ainda foi eficiente, com 64,5% de passes completos e 8,9 jardas por tentativa. E tudo isso atuando por Cal, e enfrentando os fortes adversários da conferência Pac-12, uma das melhores da NCAA.

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Vejamos, então, como Carson Wentz se saiu. Para começar, é importante lembrar onde Wentz jogou. North Dakota State é uma universidade integrante da conferência Missouri Valley, participante da FCS, que, em termos práticos, é a segunda divisão da NCAA.

Em 4 anos jogando por North Dakota State, somou 5515 jardas e 45 touchdowns. Isso são só 801 jardas e dois touchdowns a mais do que Goff conseguiu apenas no ano passado, em 13 jogos. Wentz atingiu esses números em 42 partidas, enquanto enfrentava oponentes como Montana, Weber State, South Dakota State e Jacksonville State. Se você não é fã de futebol americano universitário, esses são adversários nem um pouco assustadores.

Goff, enquanto isso, lançou para 360 jardas e 2 touchdowns contra Oregon, um time que disputou a final da NCAA naquele ano. Em 2015, Goff teve menos de 295 jardas em apenas uma partida. Já Wentz, superou essa marca apenas uma vez. Jogando por North Dakota State! Enfrentando talvez um ou dois defensores que chegarão à NFL!

Eu sinto muito, mas esse não é o perfil de uma primeira escolha geral do Draft. Pelo menos não o de uma bem sucedida. Goff é um prospecto interessante, com um perfil que lembra muito o de Teddy Bridgewater. Wentz é uma aposta com grandes chances de dar errado, e o fato dele estar sendo considerado na metade inicial da primeira rodada é uma evidência do desespero das franquias que ainda não possuem seu quarterback. O fato dele estar sendo considerado na primeira escolha geral é algo que beira o surreal. Boa sorte, Philadephia Eagles. Vocês vão precisar.

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