Acaba a queda de Connor Cook – veja este e os outros destaques do 3º dia do Draft

Reza a lenda que o terceiro dia do Draft da NFL – compreendido pela quarta, quinta, sexta e sétima rodada – é metaforicamente falando um tiro ao alvo com os general managers acertando na sorte. Longe disso. Sempre é possível encontrar talentos que sejam adequados ao plantel. Um jogador esnobado por outro time pode fazer pleno sentido em seu sistema – a queda, portanto, se transforma em barganha. Claro: há muito de sorte no Draft, sobretudo nas rodadas finais. Mas muitas vezes nelas que acabamos testemunhando os verdadeiros diamantes aparecendo. Antonio Brown, Tom Brady e Richard Sherman foram todos escolhidos na quinta rodada ou em diante – o que hoje estaria configurado como “terceiro dia” de recrutamento.

Sem dúvidas, o maior destaque do último dia do Draft 2016 foi a seleção de Andrew Billings. Com a 24ª escolha da quarta rodada, o Cincinnati Bengals escolheu o enorme defensive tackle de Baylor. Considerado pela maioria dos analistas de draft como um dos melhores jogadores da posição nessa classe – em nosso draft simulado no podcast, ele foi selecionado pelos mesmos Bengals, mas na primeira rodada – Billings caiu tanto no Draft por não ser considerado um jogador capaz de contribuir no pass rush, mesmo tendo registrado 7.5 sacks em seus dois anos como titular na universidade. Contra a corrida, entretanto, Billings é fenomenal, e utiliza seu tamanho (141 kg) e força (31 repetições de supino no Combine) para controlar os jogadores de linha ofensiva adversários e pressionar o pocket. Entretanto, com apenas 21 anos, recém completos, Billings ainda tem muito a aprender na NFL, e terá um grande mentor em Geno Atkins, um dos melhores pass rushers da posição. Andrew Billings chega para, eventualmente, se tornar o sucessor de Domata Peko que, com 31 anos, vem vivenciando uma queda drástica em suas performances.

Além de Billings, os Bengals também trouxeram o guard Christian Westerman, de Arizona State. O ex-Sun Devil cedeu apenas um sack em 2015 e, ainda que não seja tão eficiente no jogo corrido quanto é em jogadas de passe, é um jogador talentoso, que poderia ter sido escolhido bem mais cedo.

O Cincinnati Bengals sai desse draft com mais uma boa atuação e jogadores capazes de contribuir por muitos anos entre os titulares.

Acaba a queda de Connor Cook – veja outros destaques importantes

Com a primeira escolha da quarta rodada, o Oakland Raiders selecionou o quarterback Connor Cook, um dos cinco mais talentosos da posição nessa classe. A preocupação a respeito da capacidade de liderança de Cook fez com que alguns times evitassem escolher Cook. Bom para os Raiders, que agora têm um jovem talentoso reserva para seu jovem talentoso titular.

Outro destaque interessante para o terceiro dia vai para o New England Patriots. A equipe entrou no Draft precisando de um wide receiver capaz de esticar o campo em rotas longas e achou mais um candidato à posição em Malcolm Mitchell. O recebedor de Georgia registrou um tempo de 4’45’’ nas 40 jardas e apresenta uma esperança pro torcedor dos Patriots, que tem visto tantos jogadores selecionados para essa função fracassarem.

Ainda do lado ofensivo, dois dos prospectos mais completos da posição de running back foram selecionados com as escolhas 134 e 136. Kenneth Dixon foi para Baltimore, enquanto Devontae Booker foi escolhido pelos Broncos. Ambos são ótimos corredores, eficientes em todos os aspectos do jogo e chegam para competir pela vaga de titular em backfields com a situação indefinida. Aposto nos dois terminando a competição como titulares.

Dando sinais durante toda a offseason de que queriam um quarterback para “pressionar” Tyrod Taylor, o Buffalo Bills selecionou Cardale Jones, de Ohio State. Será que ele novamente ganhará a posição de um quarterback bom na corrida?

Cleveland não para de draftar wide receivers – e o alemão desembarca em Minnesota

Buscando uma renovação total do seu corpo de recebedores, o Cleveland Browns selecionou CINCO wide receivers no sábado, que chegam pra fazer companhia a Corey Coleman, sua escolha de primeira rodada. Hue Jackson terá bastante trabalho para ensinar o estilo de jogo profissional para essa turma toda. A estratégia de focar os recursos em uma mesma posição também foi aplicada na defesa, com as chegadas de Joe Schobert e Scooby Wright III, que perdeu quase toda a temporada 2015 com uma lesão no menisco. Com um estilo de jogo baseado mais na técnica e na leitura do ataque adversário do que em sua capacidade atlética, Scooby pode ser um bom reforço contra jogadas de corrida.

Uma das histórias de maior destaque dessa offseason, o wide receiver alemão Moritz Boehringer foi escolhido pelo Minnesota Vikings com a 180º escolha geral. Boehringer se saiu bem nos testes atléticos, mas terá que se adaptar rapidamente a um nível de jogo muito superior ao que estava acostumado para ter uma chance de conquistar um espaço no plantel dos Vikings.

Ainda falando em recebedores, o Los Angeles Rams tentou suprir uma de suas necessidades e escolheu Michael Thomas de Southern Miss. Um especialista em passes contestados, Thomas chega para reforçar um dos piores corpos de recebedores da Liga e tentar facilitar a adaptação de Jared Goff.

Mas não foi só sobre receivers: pós muito tempo buscando um slot receiver confiável, o Chicago Bears pode ter encontrado o jogador ideal para a posição em Daniel Braverman. O wide receiver de Western Michigan é um dos melhores jogadores da posição no slot e quebra muitos tackles após a recepção.

Ainda é cedo para sabermos se algum desses jogadores se juntará à lista de diamantes descobertos nas rodadas finais de drafts, mas ao menos eles nos trazem histórias interessantes para ficarmos de olho durante os training camps.

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