A incrível história do Brasileiro que vai em busca do segundo título europeu em menos de dois meses

E se eu te falasse que o futebol americano está crescendo no Brasil a ponto de exportarmos jogadores? Parece um tanto quanto improvável se pensarmos que o esporte há menos de dez anos não tinha mais de 10 equipes jogando com equipamentos completos. O futebol americano nacional em 2006 era composto por equipes que jogavam na areia ou flag football. Era impensável que um jogador que aprendera o esporte aqui conseguisse espaço em ligas europeias, estabelecidas com times há anos. A história de Phelippe Dantas vai te impressionar porque é um marco no crescimento do esporte por aqui.

Ele começou a carreira no Natal Scorpions (atual ABC Scorpions) e América Bulls, no Brasil. Após, começou sua carreira internacional: em abril, o potiguar foi campeão português pelo Lisboa Devils. Depois do título em Portugal, ele vai em busca de mais um título nacional na Europa: o brasileiro Phelippe Dantas ajudou o Miskolc Steelers a chegar à final. O jogo será contra o Budapest Cowbells, no BVSC Stadion, em Budapeste, no próximo domingo (19). Na temporada regular, os Steelers terminaram com campanha 4-1, a mesma campanha dos Cowbell, porém, ficou na segunda colocação pelos critérios de desempate. A primeira divisão do campeonato húngaro é disputada por seis equipes: Budapest Cowbells, Miskolc Steelers, Eger Heroes, Nyíregyháza Tigers, Györ Sharks e Budapest Wolves.

No intervalo de dois meses, Dantas chega a sua segunda final em competições nacionais. Em conversa com o Pro Football, o brasileiro comentou que pretende voltar a Portugal após a temporada húngara, mas com os planos de retornar ao país da Europa Central no ano que vem. “Vou voltar para Portugal e jogar no Lisboa Devils, mas já está quase fechado para eu retornar próxima temporada para Hungria. Eles gostaram muito de mim. A temporada em Portugal começa novembro e a húngara em março, aí vai dar para jogar pelos dois times”, disse.

O idioma certamente seria um problema e tanto, já que o húngaro não tem quase nenhuma ligação com os idiomas latinos – obviamente mais fáceis para que brasileiros aprendam. Quanto a isso, Dantas confessou que ainda não domina o húngaro, mas que os colegas de equipe não o deixaram deslocado. “Está ótimo aqui. Todos me receberam muito bem. Só não domino a língua [húngaro], mas sempre tem alguém que sabe espanhol aí dá para entender “, conta. A parte que forma um importante paradigma para a futura “exportação” de brasileiros se dá na posição de Phelippe: ele joga como offensive tackle, uma das posições mais importantes no ataque.

A expectativa é que esse sucesso possa abrir portas para brasileiros em outras posições que não a de kicker. Como é amplamente sabido, Cairo Santos (kicker do Kansas City Chiefs) foi o primeiro brasileiro em um elenco de temporada regular na NFL. A irmã “menor”, CFL – do futebol canadense, jogo semelhante ao futebol americano – ainda não teve brasileiros jogando, mas é possível que o futuro nos reserve surpresas quanto a isso. A evolução do esporte no Brasil pode fazer com que tenhamos jogadores de ataque ou defesa num futuro próximo jogando na Europa – a exemplo de Dantas – e depois CFL. Quem sabe um dia, num futuro mais longe, a NFL também.

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