Previsões 2016 – Aquelas com ousadia que provavelmente a gente vai errar feio

Dos mesmos editores que lhe trouxeram o sucesso “Acabou a Dinastia” em 2014, vamos falar sobre previsões ousadas. Em inglês, como você vê nos sites americanos, as chamadas “bold predictions”. Ou, em português, a pura ousadia e alegria que o pessoal tanto gosta.

A gente vai acertar essas previsões? Vish, difícil. O bacana aqui é arriscar e continuar acertando os ponteiros para a temporada 2016 da NFL. Previsões num esporte competitivo como o futebol americano profissional é no mínimo difícil. Diria quase impossível – vide minha previsão falha em 2014 dinamitando a temporada dos Patriots após a derrota para os Chiefs.


De toda forma, colecionamos bons acertos neste site também. Quando disse no ano passado que Colin Kaepernick provavelmente seria reserva no ataque de Chip Kelly, pareceu ousado – mas acabou se concretizando. Em 2012, dissemos que os Saints sem Sean Payton – suspenso por conta do Bountygate – não iria para os playoffs. Foi completamente absurdo na época, o time vinha de campanha com 13 vitórias em 2011. Mas, acertamos.

Entendem o que queremos dizer? O objetivo aqui não é falar “oh, como o ProFootball é zica das galáxias fazendo previsões”. Não, longe disso. A NFL é competitiva demais para tanto. Ninguém poderia apontar, fora os torcedores, que os Panthers seriam campeões da Conferência Nacional após Kelvin Benjamin se machucar na pré-temporada. Menos ainda os Cardinals em 2008, quando chegaram até o Super Bowl XLII em ano mágico de Kurt Warner. Os Rams em 1999 e os Patriots em 2001, com os quarterbacks titulares se machucando, jamais seriam considerados pela imprensa especializada como um favorito ao título – mas venceram o Super Bowl.

Já enrolamos demais e fizemos esta defesa preliminar caso a gente erre tudo aqui. Se acertarmos, tampouco iremos nos gabar. O objetivo aqui é debater sobre futebol americano. Vamos lá, então?

Antonio Brown vai bater o recorde de recepções em uma única temporada do Marvin Harrison e o recorde de jardas de recepção em uma única temporada do Calvin Johnson, por João Maurício Souza

Em 2015, Brown já ficou a 8 recepções e 131 jardas de ambos os recordes. A lesão de Ladarius Green e as suspensões de Le’Veon Bell e Martavis Bryant fazem com que, ao menos no começo da temporada, Brown seja o único recebedor capaz de fazer a diferença neste ataque. Ele será o ponto focal ofensivo e, se Ben Roethlisberger jogar todas as partidas, ele deverá atingir estes números. Brown tem uma média de 13,5 jardas por recepção em sua carreira, o que indica que 10 recepções a mais do que ele teve ano passado devem ser suficientes para que Brown ultrapasse tanto Harrison quanto Calvin Johnson.

Kaepernick foi para o banco, mas volta, por João Henrique Macedo

Colin Kaepernick reassume a posição de titular dos Niners durante a temporada. Com atuações medianas, mas com sua nova faceta de líder com consciência social, o quarterback melhora o desempenho da equipe. Ainda assim, San Francisco fica fora dos playoffs.

Blake Bortles passará das 5.000 jardas aéreas, por Gabriel Moralez

Bortles deu um salto de produtividade gigante de 2014 para 2015, então por que duvidar que ele possa fazer isso de novo nesta temporada? Com mais experiência, uma dupla de wide receivers extremamente prolífica (Allen Robinson e Allen Hurns), um bom tight end (Julius Thomas) e um coordenador ofensivo fã de passes em profundidade, o quarterback tem quase tudo o que é preciso para lançar 5.000 jardas aéreas em 2016 – talvez falte apenas uma linha ofensiva mais confiável.

Robert Griffin III vai se firmar como titular do Cleveland Browns, por João Henrique Macedo

Livre das contusões e bem orientado por Hue Jackson, Griffin terá uma boa temporada em Cleveland. Abandonando o read option, utilizando sua velocidade para abrir espaços pro jogo aéreo, priorizando passes intermediários e longos, o quarterback conseguirá reiniciar sua carreira. Vale lembrar a diferença que Hue Jackson fez no desempenho de Andy Dalton nos Bengals.

Oakland Raiders ganha a AFC West, por Eduardo Miceli

Com uma intertemporada excelente sob o ponto de vista defensivo, o Raiders conta com um elenco forte nos dois lados da bola. A defesa conta agora com uma secundária mais sólida aliada a um pass rush forte. A linha ofensiva é top 3 da NFL, Derek Carr mostrou que tem as intangíveis e tem armas para receber e correr (Cooper, Crabtree, Walford, Murray).

Fora isso, a divisão tá equilibrada. Denver ainda tem a defesa boa, mas o ataque tá nas mãos de um quarterback inexperiente, Trevor Siemian. Kansas City tem o problema-com-teto-de-produção chamado Alex Smith e Jamaal Charles voltando de lesão, não tem muito como depositar as fichas neles. E San Diego pode ter reforçado o front seven mas teve perda importante na secundária – Eric Weddle – e a linha ofensiva ainda carece de reforços – idem pro corpo de recebedores.

Rob Gronkowski e Martellus Bennett marcam pelo menos 20 touchdowns em 2016, por Antony Curti

Não precisamos lembrar que os Patriots eram uma verdadeira máquina de guerra quando havia pacotes de formações com Gronkowski e Aaron Hernandez. Este não está mais na NFL por ter sido preso, mas Bill Belichick deu um jeito de remontar esse monstro de duas cabeças.

Considerando que Brady está suspenso pelos quatro primeiros jogos e, com isso, seu substituto (o inexperiente Jimmy Garoppolo) deve se valer ainda mais de seus tight ends, em teoria os dois devem ser os maiores responsáveis pelos touchdowns aéreos de New England em 2016. Será um inferno marcar ambos na red zone.

O Tennessee Titans terá o melhor ataque terrestre da NFL em 2016, por Antony Curti

Esta não é tão ousada assim, mas considerando que temos Adrian Peterson num ataque sem Teddy Bridgewater e Todd Gurley com sabe Deus quem em Los Angeles, dá para dizer que não é tão manjado assim dizer isso. Os Titans estão tentando emular o que era o ataque do Pittsburgh Steelers no início dos anos 2000 – mais ou menos até quando Ben Roethlisberger se tornou um quarterback mais sólido.

Naquela época, o backfield era composto de Jerome Bettis com a força e Willie Parker (a partir de 2004) com a velocidade. Nos Titans, teremos o mesmo arquiteto daquele plano de jogo dos Steelers: Mike Murlakey, hoje técnico nos Titans, era o coordenador ofensivo de Pittsburgh no início da década passada. Ele saiu em 2003, mas a tendência continuou por lá.

Hoje, os Titans têm essa versão do “raio e trovão” com algo mais próximo de “trovão e muito trovão”, dado que DeMarco Murray e o calouro Derrick Henry são físicos – mas o último, mais ainda do que Murray. Não dá para dizer que os Titans chegam nos playoffs, mas dá para apontar que Mariota dificilmente passará mais de 20 vezes por jogo. O ataque terrestre será a tendência em Nashville e tem tudo para ser o melhor da NFL em 2016.

Minnesota Vikings fica fora dos Playoffs, por Jean Souza 

Com um início lento de Sam Bradford, se adaptando com um playbook totalmente novo, os Vikings começam a enxergar as possibilidades de playoffs mais longe. Quando o ataque aéreo começa a melhorar, Bradford se machuca novamente e ninguém consegue ganhar uma partida com Shaun Hill under center. O 9-7 não consegue garantir a vaga.

O Green Bay Packers terá a melhor campanha da temporada regular e o melhor ataque da NFL em 2016, por Antony Curti

Tá todo mundo saudável. Os Vikings perderam seu quarterback. Os Packers têm o calendário mais fácil da NFL. Nem é tão ousado falar isso se você for pensar. O último ponto é o que me chama atenção: Green Bay joga contra os #2 da NFC, a NFC East e a AFC South – fora Lions e Bears duas vezes. A tendência aqui é no mínimo 10 vitórias.

… E em sentido contrário, vai para os Playoffs, por João Henrique Macedo

Sam Bradford começará muito mal o ano (até pela pouca familiaridade com o sistema ofensivo de Minnesota), mas, assim como em 2015, melhorará muito na segunda metade da temporada, levando os Vikings aos playoffs.


Carolina Panthers não passa de 8 vitórias (#ousado e vamos ser #xingados), por Eduardo Miceli

Os rivais de divisão se reforçaram para este ano, Saints trouxe novas peças defensivas e ofensivas, Tampa Bay tem um defensive back de qualidade e mais um ano de desenvolvimento de Winston, Falcons reforçou a linha ofensiva e a defesa.  Mais importante que isso, o calendário é um pesadelo. Se ano passado eles atropelaram dentro da divisão, eles pegaram ainda a AFC South e a NFC East. Os jogos difíceis eles venceram, verdade, mas uma delas contra um Green Bay sem linha, sem recebedor e sem defesa.

Esse ano, eles pegam a AFC West, que tem pelo menos três times fortes – Denver e Oakland fora de casa, NFC West que é forte tirando os 49ers, pegando Seattle mordido fora e Rams duro na defesa fora.

… e, em sentido contrário, os Panthers vencem a NFC South com um pé nas costas, por Antony Curti

Mais por falta de competitividade na divisão do que por mérito de Carolina. Entendo que os torcedores queiram repetir a campanha de 15 vitórias, mas o calendário é embaçado neste ano. Mas, ao mesmo tempo, 11 ou 10 vitórias são suficientes para ganhar a divisão. O maior mérito dos Panthers é saber a chave do sucesso contra os adversários divisionais – é por isso que lá pela semana 14, a equipe já estará como matematicamente campeã da divisão.

Carson Wentz vai a campo antes de estar maduro e o resultado não é o adequado, por Jean Souza

Carson Wentz vai para o banco no meio da temporada: O plano de Philly em começar com Wentz acaba sendo um tiro no pé. O calouro, devido à mecânica mal formada, acaba por sofrer muitas interceptações em passes mais altos do que deveriam. Após os Eagles estarem praticamente eliminados, Doug Pederson resolve poupar um pouco o calouro e coloca Chase Daniel para terminar a temporada.

Mesmo sem Brady, os Patriots fazem 3-1 no início da temporada, por Antony Curti

Sim, a primeira partida deve ser derrota para os Cardinals – dado que Arizona é forte candidato ao Super Bowl. Mas, no mais, não é como se Miami e Buffalo em casa fossem desafios tão grandes. Afinal de contas, Brady a parte, o elenco dos Patriots é forte e Bill Belichick é um dos melhores técnicos da história.

Sendo menos ousado e mais pé no chão, diria que a chance real dos Patriots é de 2,5 vitórias (sim, eu sei que não tem casa decimal, mas a realidade fica entre 2 e 3). Como precisamos ser ousados, 3.

Aaron Donald será o Defensive Player of the Year, por Gabriel Moralez

O reinado defensivo de J.J. Watt chegará ao fim em algum momento e quando isso acontecer Aaron Donald será um ótimo candidato para assumir o trono. Apenas em duas temporadas como jogador profissional, o defensive tackle já se firmou como um dos principais nomes da NFL, tendo inclusive terminado 2015 com uma nota perfeita no site Pro Football Focus. Além de ser eficiente contra o jogo corrido, Donald é acima da média no pass rush e por isso é uma força tão dominante nas trincheiras.

Ezekiel Elliott será o Offensive Rookie of the Year, E O LIDER EM JARDAS TERRESTRES DA NFL, por João Maurício Souza 

Ezekiel Elliott é um dos melhores prospectos da década na posição de running back. A linha ofensiva de Dallas é a melhor da NFL, e uma das melhores vistas em um bom tempo. A única competição de Elliot no backfield de Dallas são Alfred Morris, que se mostrou ineficiente na maior parte de sua carreira em Washington, e um decrépito Darren McFadden.

O próprio McFadden teve 4.6 jardas por corrida na temporada passada. Nas 3 temporadas anteriores, ele teve 3.4, 3.3 e 3.3. Se a linha ofensiva dos Cowboys conseguiu fazer ele parecer tão melhor, imagine o que fará com um jogador superior a ele em todos os aspectos.

Quanto ao risco do Elliot ter que dividir carregadas, os Cowboys gastaram a quarta escolha geral nele. Com isso, o salário dele já é top 10 entre running backs. Se você vai fazer esse tipo de investimento em um jogador de uma posição que, em geral, não é muito longeva, você tem que utilizar ele ao máximo. Além disto, Elliot é um jogador completo, que se sai bem como recebedor e bloqueador, o que garante que ele também estará em campo em jogadas de terceira descida. Jerry Jones sabe que tem uma janela curta com Tony Romo e quer ganhar agora. E Elliott aumenta muito as chances de que isto aconteça.

Vikings terão uma das cinco melhores defesas da liga, por Gabriel Moralez

Minnesota possui uma defesa jovem e com grande potencial para se tornar uma das melhores da NFL em um futuro próximo. Nomes talentosos como os linebackers Anthony Barr e Eric Kendricks, o defensive end Everson Griffen e o safety Harrison Smith podem fazer isso acontecer já em 2016. Além disso, o head coach Mike Zimmer também é conhecido por ser uma boa mente defensiva. Por fim, ainda existe a expectativa de que Trae Waynes, cornerback escolhido na primeira rodada do Draft de 2015, comece a contribuir mais com o time.

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