Previsões 2016: Os cenários otimistas para seu time nesta temporada da NFL

Todo torcedor adora pensar nos extremos: o que pode acontecer quando tudo dá errado ou certo. Super Bowl, chegar aos Playoffs ou ter o jovem talento recuperado, não importa. Cada time tem um teto e chegar nele faz com que o futuro torne-se mais promissor ainda.

O que está abaixo não é necessariamente o que vai acontecer, é só um guia onde a gente foi otimista (da mesma forma que fomos pessimistas até não poder mais no texto de previsões catastróficas). Até porque não teria como todas as 32 franquias serem uma lindas e maravilhosas, alguém tem que ir mal. Este texto faz parte de uma série de 3: previsões realistas, previsões catastróficas e previsões otimistas. Certo?

Após falarmos do calendário, cenários catastróficos e quais perguntas precisam ser respondidas, nada melhor do que saber quais são os cenários ideais para cada um. Afinal, todo mundo sonha e quer ter um ano inesquecível, que coroe um trabalho de longo prazo ou que seja o passo rumo ao objetivo em comum: conquistar o Super Bowl.

Claro que o cenário otimista-padrão para todo mundo seria vencer o Super Bowl, mas aí este texto não teria sentido nenhum. A gente simplesmente iria colocar “Super Bowl” em todos os parágrafos. Então optamos por ser otimistas mas sem sonhar absurdos. Já no primeiro cenário otimista você vai entender – Dak Prescott joga bem substituindo Tony Romo, por exemplo. No cenário otimista dos Patriots, o time fica como cabeça-de-chave número 1 na Conferência Americana mesmo com Brady suspenso nos quatro primeiros jogos. Não dá para ser otimista colocando os Browns nos Playoffs, por exemplo – o time joga na mesma divisão de Steelers e Bengals, nem no Madden isso é possível.

Vamos lá então.

NFC East


Dallas Cowboys: Talvez a lesão de Tony Romo seja benéfica para o futuro dos Cowboys. Dak Prescott mostra mais do que o suficiente em campo para se acreditar no futuro dele na liga. Com a atuação do calouro sendo consistente, Dallas resolve manter Romo fora dos gramados até o início de novembro, esperando uma recuperação completa e desenvolvendo ainda mais o seu calouro. No final, os Playoffs são apenas um detalhe: ver o futuro em campo e a perspectiva de não ter que sofrer para achar outro quarterback para o futuro vale muito a pena. A equipe neste cenário ideal, mesmo com problemas no pass rush, briga até o final do ano pelo título da NFC East.

Philadelphia Eagles: Carson Wentz está entrando na pior situação possível. Foram poucos snaps na pré-temporada e ele já tem que começar como titular. Aparentemente, o recorde de Peyton Manning (mais interceptações como calouro) está ameaçado. Sendo otimista, porém, Wentz mostra uma postura incrível em campo e consegue fazer um trabalho decente, mantendo a equipe com 6-8 vitórias. Na realidade, o cenário mais otimista da franquia não envolve o seu próprio elenco, mas sim outro time: seria perfeito se o Minnesota Vikings tivesse uma temporada esquecível, rendendo uma escolha alta de primeira rodada.

New York Giants: O tão criticado investimento defensivo (muito dinheiro para grandes dúvidas) acaba dando frutos e os Giants brigam pela divisão diretamente com Washington. O ataque de Ben McAdoo (que já foi citado tanto aqui no site) novamente explode e vira top five na liga. No fim, os Giants estão novamente nos Playoffs e seu pass rush está funcionando muito melhor do que o esperado. Apesar do otimismo parar aqui, vale lembrar que a combinação pass rush e ataque aéreo eficiente sempre deram certo para a franquia na pós-temporada – Tom Brady que o diga.

Washington Redskins: Independente do bicampeonato da NFC East (que é muito mais difícil de acontecer do que se pensa), Washington vai ter uma temporada perfeita se Kirk Cousins provar que não é um Nick Foles 2.0. Comandando a unidade ofensiva mais talentosa dos últimos anos em Landover, Cousins coloca-se dentro do top 15 entre os signal callers e vai ganhar muito dinheiro na intertemporada. Além disso, a defesa de Washington começa a produzir em alto nível, principalmente com o calouro Su’a Cravens destacando-se e sendo citado ao defensive rookie of the year. Uma temporada assim colocaria Washington como um dos times do futuro da NFC.

NFC South

New Orleans Saints: Na que pode ser uma das últimas temporadas de Drew Brees na Louisiana, não existiria coisa melhor do que ver este ataque quebrando recordes e sendo comparado ao Denver Broncos de 2013. Só que, como aquele Broncos, os Saints não vão muito longe. Dependendo da melhora defensiva poderia acontecer da equipe entrar nos Playoffs via Wild Card, mas a esperança não é muito grande. Mesmo assim, New Orleans apaga as péssimas impressões dos últimos anos e permite que o seu ídolo tenha um último momento na liga digno de ser lembrado por todos.

Tampa Bay Buccaneers: A oportunidade de derrotar o Carolina Panthers durante a temporada regular e com um ataque dentro do top 10 da liga seria perfeito para a temporada. O ano torna-se melhor ainda se Jameis Winston continuar a evoluir, calando os críticos e mostrando que a decisão foi acertada no ano passado – em escolhê-lo ao invés de Marcus Mariota. Talvez chegar aos Playoffs ainda seja cedo demais, visto que o Wild Card na NFC é extremamente concorrido. Um ano positivo ofensivamente pode colocar os Bucs no mesmo grupo de Washington: os times do futuro na Conferência Nacional.

Atlanta Falcons: Mudando de posição agora para inside linebacker, Beasley deveria ser a solução para o fraco pass rush da franquia e não foi no primeiro ano. Poder mudar a carreira dele e torná-lo um sólido linebacker já seria uma grande vitória para a franquia. Os Falcons não possuem uma defesa capaz de permitir uma séria briga para jogar em Janeiro. Mesmo assim, um ataque mais funcional e um pass rush voltando a aparecer poderia colocar a franquia em posição de ameaçar em 2018.

Carolina Panthers: Ano passado foi por pouco e os Panthers podem voltar ao Super Bowl em 2017. A saída de Josh Norman vai ser sentida, obviamente, conquanto a volta de mais alvos para Cam Newton podem impulsionar ainda mais este ataque para 2016. Grandes favoritos na NFC Sul, os Panthers podem acabar se consolidando como o time a ser batido na Conferência Nacional – entrando no seleto grupo formado por Green Bay Packers e Seattle Seahawks.

NFC Norte

Detroit Lions: O melhor cenário possível para Detroit seria chegar a uma conclusão logo do que fazer. A franquia, após chegar aos Playoffs em 2014, parece que está em um limbo, sem saber muito para onde ir. Matthew Stafford não contará com o seu alvo preferido e ainda tem a figura de Jim Caldwell no banco. Ter uma temporada animada com Stafford sendo consistente seria o ideal. O record pouco importa, ele será positivo se o time parar de patinar e seguir para alguma direção.

Minnesota Vikings: Em uma hipótese realista, Sam Bradford tem totais condições de substituir a mesma produção de Teddy Bridgewater. No melhor cenário possível, ele pode ter a melhor temporada da carreira. Um jogo terrestre que ele nunca teve e um plano de jogo que visa trabalhar dentro das dez primeiras jardas – perfeito para o seu estilo de jogo. Neste cenário, o bicampeonato divisional é totalmente possível, bem como ter um desempenho satisfatório na pós-temporada.

Chicago Bears: Os Bears devem se juntar aos Eagles na tarefa de secar o Minnesota Vikings ao longo do ano. Querendo ou não, esta franquia está se transformando no azarão para a vaga do Wild Card, ainda mais depois da lesão de Teddy Bridgewater. A contratação de Josh Sitton deve reforçar ainda mais esta linha e coloca Chicago definitivamente na disputa pela vaga em Janeiro – que vai ser conquistada no melhor cenário possível. O maior adversário do ano não será os Packers: são os Vikings.

Green Bay Packers: Nos últimos anos a falta de agressividade proporcionaram momentos tristes para o torcedor. No último jogo de Janeiro, McCarthy foi bem menos conservador e o resultado quase veio. Se ele mudou e está mais agressivo, os Packers vão poder chegar bem na pós-temporada, com Aaron Rodgers saindo com o seu segundo anel e com Green Bay tendo um dos melhores ataques da temporada regular.

NFC West

Seattle Seahawks: Aqui é simples: no melhor cenário, a defesa e a linha ofensiva, contestada no ano passado, funcionam e Seattle ganha a divisão e vira favorito para chegar ao Super Bowl novamente. Na realidade, muito provavelmente um vai dar certo e o outro não. Mas é inegável que, fora a linha ofensiva, os Seahawks têm um dos elencos mais completos da liga e o otimismo aqui seria ser campeão do Super Bowl.

Leia também: Previsões 2016: Os cenários catastróficos para seu time nesta temporada

Los Angeles Rams: Depois da pré-temporada decepcionante, o melhor cenário possível seria que Jared Goff começasse alguns jogos e mostrasse sinais de sua qualidade e talento. O quarterback é o futuro desta franquia e se falhar vai ser preciso começar tudo do zero novamente. Em um cenário melhor ainda, os Rams demitiriam Jeff Fisher ao final do ano e buscariam um técnico de qualidade, que pudesse extrair o melhor deste elenco extremamente talentoso. Considerando que o Wild Card da Conferência Nacional é extremamente concorrido e Goff ainda não se provou o quarterback que os Rams precisam para ir à pós-temporada na difícil NFC West, é a situação otimista pensando no futuro.

San Francisco 49ers: Chip Kelly tem vários defeitos, porém uma qualidade de sua filosofia é como ele consegue extrair o máximo de seus quarterbacks. E se tem alguém que pode reviver a carreira de Blaine Gabbert (ou até mesmo de Colin Kaepernick) é Kelly. Gabbert é um cara até que atlético e que é o protótipo ideal para este ataque. Os 49ers devem passar longe dos Playoffs, no entanto seria um ótimo passo para a direção certa se eles conseguissem achar um signal caller para o futuro.

Arizona Cardinals: Com um backfield recheado, Carson Palmer melhor ainda do que no ano passado e com uma defesa agressiva (com Tyrann Mathieu voltando completamente saudável de lesão), as perspectivas para os Cardinals são altíssimas. Se tudo dê certo, as chances de voltar ao Super Bowl (quem sabe para uma revanche com o Pittsburgh Steelers) não são apenas otimistas: são reais.

AFC East


Buffalo Bills: Tyrod Taylor é um jogador de uma temporada ou um talento esquecido? Responder esta pergunta, com a resposta sendo a segunda alternativa, seria o ideal para este ano. Os três times da AFC East não chamados New England Patriots são verdadeiras incógnitas e podem ir do Wild Card ao top 10 do Draft do ano que vem. Tudo vai depender de como os seus quarterbacks vão se portar em campo. No caso de Buffalo, ter uma defesa melhor do que a catástrofe do ano passado – principalmente no pass rush, conquanto lesões tenham minado essas chances – seria positivo e otimista.

New York Jets: Não dá para saber se foi positivo ou não a volta de Ryan Fitzpatrick. Por um lado, ele vai oferecer as melhores chances para os Jets vencerem. Só que eles não vão longe no ano (um jogo de Wild Card seria o máximo) e a posição de signal caller ainda não está resolvida. Bryce Petty não tem os atributos necessários, Geno Smith é frustrante e Christian Hackenberg é uma bagunça. No melhor cenário possível a franquia volta aos Playoffs, mas a situação under center continua frustrante.

Miami Dolphins: Ryan Tannehill produzindo em alto nível, uma defesa agressiva e até mesmo o jogo terrestre sendo produtivo. Não é difícil imaginar este cenário, ainda mais com um novo técnico que é conhecido como guru ofensivo. Os Dolphins vão ter uma temporada decisiva para saber o que fazer com Tannehill. Na melhor das hipóteses ele finalmente mostra o porquê de ter sido uma escolha de top 10.

Leia também: Uma pergunta a ser respondida para cada uma das 32 franquias em 2016

New England Patriots: Os quatro jogos sem Tom Brady nem vão ser lembrados em Janeiro. A seed #1, mesmo com a suspensão, é completamente plausível e a caminhada nos Playoffs é facilitada. Os Patriots possuem um elenco qualificado o suficiente para chegar bem longe e, quem sabe, conquistar mais um anel para Brady.

AFC South

Indianapolis Colts: Os Colts possuem sérios problemas na linha ofensiva e é preciso muita evolução para ameaçar os Patriots ou os Steelers. Ganhar a divisão é extremamente plausível, bem como chegar até o Divisional Round. Passar daí? Somente se a linha ofensiva melhorar muito além do que o esperado. A defesa, idem.

Houston Texans: Com Brock Osweiler mostrando mais do que como titular em Denver, os Texans possuem totais condições de bater os Colts na corrida pelo título da AFC South. Além disso, Jadeveon Clowney começa a produzir e este front seven torna-se um dos mais perigosos da NFL. Vale a pena ressaltar que a AFC Sul, em pouco tempo, pode tornar-se uma das mais fortes da NFL. Antes saco de pancada, ela pode seguir os mesmos passos da NFC West e contar com quatro bons times nos próximos anos.

Jacksonville Jaguars: Este ano vai! Com Blake Bortles dando mais um passo importante em sua evolução e com uma defesa mais competente (impulsionada por um pass rush eficiente), os Jaguars podem se tornar os azarões na corrida pelo Wild Card na AFC – mesmo papel desempenhado pelos Bears na NFC. Este time, apesar dos records negativos, vem evoluindo bastante e 2016 é o ano para dar um salto incrível na produção.

Tennessee Titans: Os Titans não devem chegar aos Playoffs devido ao fraco desempenho defensivo, só que mesmo assim vai ser extremamente interessante acompanhar este backfield com Derrick Henry e DeMarco Murray, comandados por Marcus Mariota. Esta fundação ofensiva de muito trabalho de relógio, se associado com poucos turnovers, pode surpreender muito. Entre seis e oito vitórias, com a possibilidade de ameaçar em 2018.

AFC North

Baltimore Ravens: O ano atípico de 2015 foi resultado de inúmeras lesões, que começaram com Terrell Suggs. Apesar do nível do elenco ser melhor do que isso, Baltimore é a terceira força da divisão. A principal questão é como o corpo de recebedores, extremamente contestado, vai se comportar durante o ano. No cenário mais ideal possível, eles não comprometem e a franquia consegue se posicionar para ter um record positivo – lutando pela última vaga de Wild Card da conferência.

Pittsburgh Steelers: Big Ben, Le’Veon Bell e Antonio Brown. O ataque dos Steelers tem todo o potencial para ser o melhor da liga e compensar a defesa com problemas – principalmente após a ida de Bud Dupree para a Injury Reserve e secundária sendo a bagunça que foi ano passado. Se realmente este ataque funcionar tão bem quanto promete, ganhar a divisão é o de menos: chegar ao Super Bowl é totalmente possível.

Cleveland Browns: Existe algum cenário em que os Browns não acabem dentro do top 5 dos piores da temporada? Difícil encontrar. Mesmo assim, poder recuperar a carreira de Robert Griffin III e começar a sair da lama seria o ideal para 2016. E para recuperar a carreira dele será necessário que a tática de usar vários recebedores novatos precisa dar certo. Os Browns podem começar a sair do limbo, mesmo ganhando apenas cinco jogos.

Cincinnati Bengals: Hue Jackson não faz falta nenhuma e os Bengals novamente ganham a AFC North, mandando os Steelers para o Wild Card e dificultando ainda mais a vida deles. Os Bengals podem se consolidar na conferência, tornando-se um time perigoso e que pode ameaçar na AFC.

AFC West


Kansas City Chiefs: A saída de Doug Pederson não é sentida em nada, com Andy Reid incorporando um estilo mais equilibrado. Isso é suficiente para chegar, finalmente, ao título da AFC West e tentar passar pelo Divisional Round. Os Chiefs estão voando sob o radar e podem surpreender muito ao longo da temporada.

San Diego Chargers: Existe chances dos Chargers chegarem aos Playoffs? Muito poucas. A franquia tem sérios problemas tanto dentro de campo quanto fora de campo e o objetivo deve tentar diminuir este barulho todo e se preparar para 2018. Joey Bosa deve começar devagar, mas seria ideal que se tornasse a estrela defensiva no final da temporada regular, até porque a defesa contra o jogo terrestre é fraca mesmo se formos otimistas. O melhor cenário possível não acontece dentro de campo, mas sim fora com os Chargers ficando em San Diego.

Oakland Raiders: Se a evolução natural dos Raiders continuar, a franquia vai ameaçar o título da AFC West em 2016. Com um Broncos enfraquecido sem um quarterback confiável e com os Chiefs sem Pederson (sendo menos equilibrado), as chances aumentam de surpreender e voltar aos Playoffs desde 2003. Seria uma conquista tremenda para Derek Carr e companhia.

Leia também: Previsões 2016: O que esperar de modo realista para seu time nesta temporada

Denver Broncos: Trevor Siemian ou Peyton Manning (versão 2015), tanto faz. Esta pode ser a conclusão durante o ano? Difícil. Este ataque deve cair de produção, principalmente pela falta de sincronização entre recebedores e quarterback. Só que mesmo assim, com uma defesa histórica, os Broncos podem ganhar a divisão e fazer muito barulho na AFC. Basta um desempenho não comprometedor do signal caller e uma repetição do show defensivo do ano passado. É exatamente este cenário que John Elway quer.

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