Os duelos individuais que podem decidir Vikings e Packers no SNF

Neste domingo à noite, temos o primeiro capitulo, em 2016, do embate que deve decidir a Divisão Norte da Conferência Nacional.

O Minnesota Vikings, atual campeão da NFC North, inaugura seu novíssimo estádio (U.S. Bank Stadium) recebendo o rival Green Bay Packers. No ano passado, as duas equipes batalharam pelo título da divisão até a semana 17, quando os Vikings saíram vitoriosos do confronto direto em pleno Lambeau Field.

Agora, ainda no início da temporada 2016, as duas equipes chegam ao primeiro embate com 1 vitória e nenhuma derrota. O resultado do jogo deste domingo pode ter impacto duradouro nos destinos de Vikings e Packers ao final do ano. As equipes vêm em momentos diferentes.

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Enquanto Green Bay busca retomar a potência de seu ataque com o retorno do wide receiver Jordy Nelson (que perdeu toda a temporada passada), Minnesota tenta lidar com a incerteza na posição de quarterback, após a contusão de Teddy Bridgewater e a troca por Sam Bradford. Do outro lado do jogo, a forte defesa dos Vikings e a jovem (e desfalcada) secundária dos Packers terão papel fundamental no resultado da partida.

Hoje, aqui no Pro Football, faremos uma prévia deste grande jogo, focando nos embates específicos entre jogadores e unidades que deverão “pesar a balança” do confronto para um lado ou para o outro.

Quando a bola estiver com Green Bay

Talvez este seja o momento de decisão da partida. Cada equipe com sua unidade mais forte, em confronto direto.

1- Pressão sobre Aaron Rodgers

A defesa dos Vikings é muito forte, com front 7 e secundária muito eficazes. Entretanto, contra um quarterback como Aaron Rodgers, não se pode deixar muito tempo para que ele “escaneie” a defesa, achando um recebedor livre. A chave, neste caso, é gerar pressão sobre Rodgers, prefencialmente sem lançar mão do blitz, com jogadores extras na pressão, o que pode desfalcar a cobertura. Desta forma, um confronto chave deve ser o dos defensive ends Everson Griffen, Danielle Hunter e Brian Robison com os tackles dos Packers Bryan Bulaga e David Bakhtiari (que acaba de renovar seu contrato, tornando-se um dos mais bem pagos da posição na liga).

2- Jordy Nelson, Randall Cobb e o “respeito” da secundária

O até então temido ataque aéreo dos Packers deu um grande passo para trás em 2015, muito por conta da contusão de Jordy Nelson, que perdeu toda a temporada. O que vimos a partir de então foi que as defesas perderam o “respeito” pelos recebedores de Green Bay. Utilizando um safety sempre próximo à linha de scrimmage (8 jogadores no box), os adversários dificultavam muito o jogo corrido de Eddie Lacy e companhia, “desafiando” os recebedores a conseguir separação dos jogadores da secundária. Sem Nelson e com Randall Cobb sobrecarregado e também com problemas físicos, a estratégia foi bem-sucedida, limitando o ataque dos Packers. Agora em 2016, com Nelson e Cobb de volta à forma, veremos de que maneira a secundária dos Vikings lidará com o corpo de wide receivers dos Packers. Se Cobb e (principalmente) Nelson conseguirem abrir espaços na secundária, os Vikings serão obrigados a puxar o segundo safety para a cobertura em profundidade (2 deep), facilitando inclusive o jogo terrestre de Green Bay.

Quando a bola estiver com Minnesota

1- “All Day”

Desde 2007, quando o running back Adrian Peterson entrou na liga, que o ataque dos Vikings vai até aonde Peterson o leva. Quando o corredor está bem, o ataque flui bem. Em um momento no qual a posição de quarterback e o ataque aéreo do Vikings se encontram sob dúvidas, a performance de Asrian Peterson torna-se ainda mais importante. Na primeira semana da temporada, Peterson teve dificuldades em estabelecer um bom ritmo, chegando a apenas 31 jardas contra o Tennessee Titans. Ainda é cedo para dizer se este resultado reflete apenas uma situação momentânea, relacionada ao foco dos Titans em parar o jogo corrido, até pelas limitações do quarterback dos Vikings Shaun Hill, ou se estamos diante do início da decadência de Adrian Peterson.

Na posição de running back, é frequente vermos quedas abruptas de produção após os 30 anos de idade. Entretanto, com Peterson, é difícil duvidar de sua capacidade de recuperação. No jogo de domingo, o confronto direto com a linha defensiva dos Packers, particularmente com o ótimo Mike Daniels, promete ter papel fundamental na determinação da equipe vencedora.

2- Ataque aéreo dos Vikings X Secundária dos Packers – “confronto de fraquezas?”

Até o momento da publicação deste artigo, ainda não há definição sobre quem será o quarterback titular do Minnesota Vikings. Shaun Hill, que jogou semana passada contra os Titans, tem limitações importantes de força no braço, facilitando a cobertura e prejudicando até a eficácia do jogo corrido. Já Sam Bradford chegou há pouco mais de duas semanas nos Vikings, certamente ainda não estando adaptado ao sistema do coordenador ofensivo Norv Turner. Bradford, entretanto, dá à equipe dos Vikings muito mais alternativas no jogo aéreo. Com boa precisão e força nos passes, o quarterback é capaz de “esticar” o campo muito mais do que Hill. Seu ponto fraco é a pouca mobilidade no pocket e dificuldade de lidar com a pressão.

Ainda que não haja definição sobre quem começará jogando contra os Packers, Sam Bradford treinou com o time titular durante esta semana, sendo mais provável que seja o escolhido. Mesmo com sua clara superioridade com relação a Shaun Hill, a pouca familiaridade de Bradford com seus companheiros e com o playbook deve atrapalhar o ataque de Minnesota.

Por outro lado, a secundária dos Packers não deve contar com o cornerback Sam Shields, que sofreu uma concussão no jogo da semana 1 contra o Jacksonville Jaguars. Sem seu jogador mais experiente, a unidade contará com muitos jogadores jovens, inclusive os cornerbacks Quentin Rollins e LaDarius Gunter, que falharam muito contra os Jaguars. Por outro lado, a equipe ainda conta com jogadores em ascensão, como o safety HaHa Clinton-Dix e o cornerback Damarious Randall.

O confronto entre o jogo aéreo dos Vikings e a secundária dos Packers pode ser um encontro de pontos fracos das duas equipes, mas com potencial para gerar surpresas dos dois lados.

O Palpite

De acordo com os “matchups” descritos aqui, é fácil imaginar que teremos um jogo equilibrado. No fim das contas, o peso da idade pode estar aparecendo em Adrian Peterson e, sem um jogo corrido eficaz, é difícil imaginar que o jogo aéreo funcione adequadamente. Ainda que seja provável que a defesa dos Vikings dificulte a vida de Aaron Rodgers e do ataque dos Packers, Green Bay deve conquistar uma vitória apertada sobre seu rival de divisão. Packers 20 x 16 Vikings.

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