Panthers de volta e Seahawks patinando: como está a disputa na NFC

Com vários confrontos dentro da conferência, a segunda semana da temporada regular serviu para mostrar que a Conferência Nacional (NFC) ainda está totalmente aberta – e que alguns favoritos precisam melhorar bastante ao longo do ano. Por ser início de temporada, visivelmente existem muitos erros bobos e mentais que atrapalham o ritmo ofensivo e defensivo. Mesmo assim, já é possível desenhar quem deve brigar para jogar em janeiro.

A principal queda da semana fica por conta do Seattle Seahawks e sua linha ofensiva. Russell Wilson não conseguiu ter tempo durante a partida contra os Rams e viu o ataque marcar apenas três pontos. Foram apenas cinco jardas ganhas por jogada e um desempenho pífio em 3rd down – apenas 30% de primeiras descidas conquistadas. Visivelmente existe um grave problema ofensivamente e é preciso repensar a linha ofensiva, caso contrário a franquia fica, num cenário catastrófico, até mesmo ameaçada de perder até mesmo uma vaga via Wild Card.

Positivamente, a conferência viu o Minnesota Vikings ter uma atuação muito boa defensivamente e segura ofensivamente. Com esta atuação, os Vikings se colocariam no primeiro grupo dentro da NFC, mas a lesão de Adrian Peterson serviu para segurar um pouco os ânimos. Com o running back ficando de fora dos gramados de três a quatro meses, ainda é preciso ver como este ataque terá que se adaptar (novamente) a uma importante perda. Certamente Sam Bradford, Stefon Diggs e Jerick McKinnon vão ter que assumir os papéis principais da unidade.

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Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana.

16. Los Angeles Rams (1-1) 

Jeff Fisher contra Seattle: 5-4. Jeff Fisher contra os outros: 23-33. O técnico principal sabe como pressionar Russell Wilson e parar Pete Carroll como ninguém. Mesmo assim, o seu time tem sérios problemas. O ataque de Los Angeles é (tanto estatisticamente quanto na análise tática) o pior da liga e a estatística que persiste é que o “Los Angeles” Rams não marca um touchdown desde 24 de dezembro de 1994. Já a defesa conseguiu ganhar o jogo por conta de estar enfrentando uma das linhas ofensivas mais fracas no momento. Foi uma boa vitória, só que não adianta ter uma reação exacerbada: os Rams continuam sendo o pior time da NFC principalmente por causa de seu terrível ataque.

15. San Francisco 49ers (1-1) 

A vitória contra Los Angeles animou um pouco os torcedores, mas a realidade veio a tona no jogo contra os Panthers. San Francisco foi dominado, tanto ofensiva quanto defensivamente, pelo seu adversário e não teve chances de sair com a vitória. Claramente falta muito talento para este elenco, principalmente no lado ofensivo. Blaine Gabbert é um bom protótipo de quarterback para este ataque de Chip Kelly, só que ele continua tomando decisões equivocadas ao longo das partidas – e, consequentemente, entregando a bola para o adversário.

14. Chicago Bears (0-2) -1

Os Bears deste ano lembram muito o Baltimore Ravens do ano passado. Ambos tinham expectativas altas na intertemporadas e viram o seu desempenho cair drasticamente assim que tudo começou. Além disso as contusões servem para atrapalhar ainda mais um time extremamente desleixado com a bola em mãos – basta ver a quantidade de turnovers no Monday Night Football. Some a contusão de Cutler (ele deve perder entre três e quatro jogos, o que não deve deixar tantos torcedores chateados) com a tabela difícil pela frente e fica fácil ver que o início de Chicago pode ser um desastre. A defesa parece muito bem treinada, só que já começa a perder peças chaves e deve piorar ao longo das próximas semanas – Eddie Goldman, um nose tackle extremamente underrated, vai ficar fora por um mês. Péssimo início para os Bears.

13. Washington Redskins (0-2) -4

O temerário dos cenários caóticos parece estar ocorrendo em Washington: Kirk Cousins vem sendo extremamente errático com a bola em mãos e não existe combate ao jogo terrestre adversário. Some isso com um backfield que não inspira muita confiança e fica fácil compreender o buraco que Washington se encontra. Além disso, a franquia agora deve ter uma decisão contra os Giants: será muito difícil se recuperar de um início 0-3 com duas derrotas dentro da divisão. Antes favoritos, o time está no pior momento da NFC East e a situação está crítica. Tem muito talento, mas falta execução.

12. Philadelphia Eagles (2-0) +2

Enquanto Carson Wentz roubou os holofotes contra Chicago, é preciso colocar estas duas vitórias em perspectiva: foram dois triunfos contra equipes extremamente problemáticas e que começaram 0-2. O torcedor deve se lembrar de 2012, quando o início 3-1 transformou-se em um ano de 4-12, culminando na quarta escolha geral no Draft. Não acho que o mesmo se repetirá, só que também fica difícil acreditar que este time vai lutar até o fim pelo título da divisão. O grupo de cornerbacks não inspira nenhuma confiança e a linha ofensiva vai sofrer muito com a suspensão de Lane Johnson.

11. New Orleans Saints (0-2) -1

Os últimos dois jogos resumiram os últimos anos: dentro de casa um ataque forte e uma defesa fraca. Fora de casa um ataque que não consegue pontuar e uma defesa que aparece com turnovers. Os Saints continuam apresentando os mesmos erros e as mesmas deficiências, motivo pelo qual estão 0-2 e com chances reduzidas de jogar em janeiro.

10. Atlanta Falcons (1-1) +2

Apesar de ser contra um time da AFC, a vitória dos Falcons foi surpreendente. Após cruzar os EUA, a equipe jogou com uma postura ofensiva contra os Raiders e conseguiu manter o jogo apertado até disparar no placar no final do jogo. Tevin Coleman teve um bom jogo e foi peça fundamental para aliviar a pressão sob Matt Ryan e, com isso, o ataque produzir. Já a defesa continua sem conseguir pressionar os adversários e precisa melhorar para Atlanta começar a pensar em algo maior.

9. Dallas Cowboys (1-1) +1

Dak Prescott está pegando fogo. O calouro bateu um recorde inusitado (passes tentados antes de ser interceptado pela primeira vez no nível profissional) e parece ser um bom projeto para o futuro. Já Ezekiel Elliott foi melhor do que em sua estreia, só que sofreu dois fumbles durante o jogo devido ao descuido com a bola – claramente ele está tendo um início de carreira um pouco lento. Defensivamente Dallas não é brilhante, mesmo assim se aproveitou da atuação errática de Cousins e conseguiu uma importante vitória fora de casa. Neste ritmo, a franquia ainda estará na briga pelo título da divisão quando Tony Romo voltar – e, se isso acontecer, eles tornam-se os favoritos pelo título da NFC East.

8. Tampa Bay Buccaneers (1-1) -2

Os Bucs voltaram à Terra. O jogo contra Arizona serviu para mostrar que a franquia está no caminho correto, mas ainda falta muito para poder ser uma ameaça na NFC. Jameis Winston precisa ser mais consistente e a defesa ainda carece de talentos, principalmente em sua secundária. A derrota acachapante deve ser uma lição importante para a sequência do campeonato, só que mesmo assim é preciso lembrar que a NFC South não é das divisões mais disputadas – o que pode proporcionar uma briga pelos Playoffs via Wild Card.

7. Detroit Lions (1-1) 

Os Lions possuem talento, mas precisam aprender a finalizar os seus jogos. Contra os Titans ocorreu a mesma história do que contra os Colts, só que o final foi diferente. A equipe para de produzir (tanto defensiva quanto ofensivamente) no segundo tempo, começa a oscilar muito e permite aos adversários encostarem no placar em jogos que pareciam ganhos – claramente está faltando bons ajustes durante o intervalo. É preciso ter mais consistência.

6. New York Giants (2-0) +2

O jogo contra os Saints foi totalmente oposto do que se esperava – o duelo foi defensivo. Contra uma equipe inferior e dentro de casa, os Giants quase perderam por causa do descuido constante com a bola. Mesmo com vários turnovers, a defesa teve uma apresentação surpreendente e conseguiu garantir a vantagem do, agora, líder da NFC East – junto com os Eagles. Para ajudar ainda mais, a derrota de Washington para Dallas foi extremamente benéfica (para os Giants) na corrida pelo título da divisão. Ganhar de Washington na próxima semana pode colocar o adversário em um grande buraco, confirmando o favoritismo da franquia de New York.

5. Seattle Seahawks (1-1) -3

A queda livre de Seattle tem uma simples explicação: o trabalho da linha ofensiva. Uma das frases mais clichês do futebol americano (“o jogo se ganha nas trincheiras”) aplica-se perfeitamente neste caso: sem uma melhora da unidade, Russell Wilson e companhia não conseguirão produzir durante as partidas. O problema não é só individual ou de entrosamento, e sim uma mistura dos dois. Falta coesão e talento. Tudo bem que Jeff Fisher possui uma capacidade incrível de neutralizar Wilson, só que desta vez ele não foi desafiado. Os Rams conseguiam pressionar a todo momento Wilson e não deram espaços para Thomas Rawls correr. Sem mudanças no grupo, Seattle vai ficar pelo caminho e periga até mesmo de ficar fora da corrida pelos Playoffs no fim do ano.

4. Minnesota Vikings (2-0) +1

Os Vikings poderiam estar um pouco mais altos, só que a notícia de que Adrian Peterson terá que operar colocou ainda mais dúvidas sobre o ataque – ficará de três a quatro meses fora. Sam Bradford teve uma boa estreia, porém agora terá que ser o centro do ataque – o que não é nada bom para um quarterback que acabou de chegar. Com a provável queda de produção do backfield da equipe, espera-se um ataque mais pragmático e que vai colocar ainda mais pressão nesta boa defesa. O início foi melhor do que o imaginado, só que Minnesota agora precisará se recompor da perda de sua principal estrela.

3. Green Bay Packers (1-1) -2

Não adianta esconder, o ataque não está funcionando. Ainda não dá para saber se a decisão de cortar Josh Sitton foi a melhor no curto prazo, visto que a linha ofensiva foi o ponto negativo na partida contra os Vikings. Contra um front seven realmente forte, a linha deixou a desejar e atrapalhou a produção de Aaron Rodgers e Eddie Lacy. Até agora o ataque, assim como no ano passado, não funcionou tanto quanto poderia. Foi uma derrota crucial dentro da divisão que vai complicar Green Bay na luta pelo título da divisão.

2. Arizona Cardinals (1-1) +2

Como dito no último ranking, não adianta se desesperar com a estreia e achar que estava tudo errado. Em casa, os Cardinals dominaram completamente um bom time dos Bucs. Seja pressionando Jameis Winston, funcionando o jogo terrestre ou com Larry Fitzgerald jogando muito bem, a franquia se posiciona para ser uma das favoritas na NFC. Atualmente é o único time que mostrou em campo ter possibilidade de desafiar o Carolina Panthers.

1. Carolina Panthers (1-1) +2

Dominante. A atuação de Carolina mostrou, mais uma vez, o quão dominante a franquia pode ser ao longo do ano. Quando o time relaxou e os 49ers encostaram no placar, os Panthers começaram a jogar novamente e ficaram com uma larga vantagem. O front seven vem atuando bem, Josh Norman não fez falta até aqui e Newton tem mais alvos para trabalhar – principalmente com a volta de Kelvin Benjamin. É o time a ser batido no momento na NFC.

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