Draft

Os 5 Piores Quarterbacks da História da NFL

No domingo passado, Ryan Fitzpatrick enfrentou a boa defesa dos Chiefs e terminou com uma das piores partidas que tivemos notícia nos últimos tempos. Se você é torcedor do New York Jets ou simplesmente alguém que o escalou no seu time de fantasy, com certeza sofreu com cada uma das seis interceptações lançadas por ele.

O quarterback também acertou apenas 45% dos seus passes, não anotou nenhum touchdown e ainda encerrou o dia com um rating de 18,2. Ninguém lançava seis interceptações em um único jogo desde 2007 (o atual recorde da NFL é sete), quando Peyton Manning conseguiu a façanha diante dos Chargers. Ademais, os analistas do site Pro Football Focus consideraram a performance de Fitzpatrick a pior que eles já viram.

A tarde trágica vivida por Ryan serviu como fonte de inspiração para o tema deste texto: os cinco piores quarterbacks da história da NFL. Não, “Fitzmagic” não entrou na lista final, assim como outras figurinhas carimbadas das páginas de memes, como Tony Romo, Eli Manning, Jay Cutler etc. Tim Tebow também ficou fora, para tristeza (ou alegria) de muitos. Procuramos ir mais longe, cavando até o verdadeiro fundo do poço dos signal callers. Confira e veja porque você não deveria reclamar tanto daquele quarterback meia boca que pelo menos ganha cinco ou seis partidas por ano no seu time. Ah, e em tempo, temos uma camiseta especial em homenagem a boa parte deles (clique aqui para ver :D)

#5 Joe Pisarcik, New York Giants e Philadelphia Eagles (1977 – 1984)

Pisarcik atuou nos dois rivais da NFC East, porém seu momento de maior “destaque” foi jogando por New York entre 1977 e 1979. Neste período, ele foi titular em 27 jogos, vencendo oito e perdendo 19. Pior do que isso, completou apenas 44,5% das suas 650 tentativas de passe, tendo lançado 17 touchdowns e 43 interceptações com a camisa dos Giants. Os quarterbacks mais acionados da atualidade costumam lançar na casa dos 600 passes por temporada, então, como base de comparação para o feito de Pisarcik, imagine alguém de agora com algo próximo de 40 interceptações em um único ano.

Não podemos esquecer que os signal callers de antigamente tinham estatísticas bastante inferiores em relação aos de hoje em dia, pois o futebol americano era um esporte muito diferente e bem menos desenvolvido em termos aéreos, mas os números de Joe são péssimos de verdade. Além disso, ele acabou protagonizando um dos lances mais bizarros e famosos da história da NFL. No dia 19 de novembro de 1978, os Giants estavam vencendo os Eagles com poucos segundos restantes no relógio. Pisarcik precisava apenas ajoelhar para gastar o tempo e assegurar o triunfo. Ao invés disso, ele tentou fazer um handoff para fullback Larry Csonka, a bola escapou, Philadelphia recuperou o fumble e correu até a end zone para virar o placar. A jogada ficou conhecida como “Miracle at the Meadowlands”.

#4 Akili Smith, Cincinnati Bengals (1999 – 2002)

Conforme já explicamos neste outro texto sobre os grandes busts do Draft, Smith foi uma das decepções dos Bengals na década de 1990. Draftado com a terceira escolha geral do recrutamento de 1999, o quarterback nunca conseguiu fazer nada de muito bom na NFL, encerrando sua melancólica passagem pela liga com um singelo record de 3-14, cinco touchdowns e 13 intercepções lançadas e um passer rating de 52,8. Akili provavelmente é mais malvisto em Cincinnati do que qualquer atleta atual dos Steelers, o que não é pouca coisa.

#3 Chris Weinke, Carolina Panthers e San Francisco 49ers (2001 a 2007)

Weinke é uma espécie de Brandon Weeden que deu errado ou algo do tipo. Após uma bela carreira na universidade de Florida State, a qual resultou inclusive em um Heisman Trophy conquistado, ele foi selecionado pelos Panthers na quarta rodada do Draft de 2001. O detalhe é que Chris tinha 28 anos quando foi escolhido, assim como aconteceu com Weeden em 2012 (daí vem nossa comparação).

Em Carolina, Weinke estabeleceu o recorde de mais derrotas consecutivas por um quarterback titular (17). No seu ano de calouro, disputou 15 partidas e perdeu 14. Ao todo, venceu dois confrontos com a franquia e perdeu 17, somando 15 touchdowns, 26 interceptações e uma média de 54,4% de passes certos. O signal caller ainda começou um jogo como titular em San Francisco, contudo também saiu de campo derrotado. Chris atualmente é o treinador de quarterbacks do Rams. Algumas pessoas mais maldosas dirão que esta é uma das razões para a vocação terrestre do ataque da equipe.

#2 JaMarcus Russell, Oakland Raiders (2007 – 2009)

JaMarcus foi a primeira escolha geral do Draft de 2007 porque Al Davis, ex-general manager e dono de Oakland, gostava de priorizar aspectos físicos. O prospecto de LSU era alto, forte e tinha uma força no braço acima da média, logo despertou o interesse do dirigente. Infelizmente ele também possuía uma completa falta de interesse em ser jogador de futebol americano, pois carecia de profissionalismo e força mental para atuar na NFL.

Russell ficou com os Raiders por três temporadas antes de ser mandado embora – a franquia até hoje é motivo de chacota por causa dele, sobretudo por ter assinado um contrato de 61 milhões de dólares (32 milhões garantidos). No total, somou sete vitórias e 18 derrotas, lançando 18 touchdowns e 23 interceptações. O fundo do poço foi em 2009, quando estava visivelmente fora de forma e acabou com números patéticos (48% de passes completos, três touchdowns e 11 interceptações). “JaMarcão”, como ficou carinhosamente conhecido pelos seus fãs no Brasil, ainda tentou voltar para a liga, mas nenhum time se mostrou disposto a lhe dar uma nova chance.

#1 Ryan Leaf, San Diego Chargers e Dallas Cowboys (1998 – 2001)

Ryan Leaf superou a categoria de bust para se tornar praticamente uma lenda. Ele é o cara que disputou a atenção com Peyton Manning no período pré-Draft, colocando dúvidas na cabeça de general managers, analistas e torcedores. Ele é o equivalente ao “7 a 1” do futebol americano, ou seja, um fracasso tão gigantesco que virou motivo de riso e entrou para o folclore do esporte.

Selecionado com a segunda escolha geral do Draft de 1998, o quarterback chegou aos Chargers com a missão de acabar com os anos de miséria da equipe. O que ele fez, entretanto, foi aumentar a agonia dos torcedores. Leaf foi o fiasco completo: desempenho ruim em campo, falta de comprometimento, lesões, brigas com companheiros de time e a imprensa. Seus números como titular em San Diego são terríveis: quatro vitórias, 14 derrotas, 13 touchdowns e 33 interceptações. Ele inclusive conseguiu o feito de terminar uma partida com um mísero passe completado em 15 tentativas – semana 3 de 1998, contra o Kansas City Chiefs.

Em 2001, Ryan ganhou uma chance nos Cowboys depois de ser cortado pelos Chargers, porém fui muito mal de novo. Após deixar o futebol americano, teve problemas com drogas e com a justiça, chegando inclusive a ser preso diversas vezes nos últimos anos.

Menção Desonrosa: Johnny Manziel, Cleveland Browns (2014-2015)

A aventura de “Johnny Football” na NFL foi uma coisa tão bizarra que fez até mesmo a carreira do Adriano Imperador parecer um conto de fadas. Manziel foi escolhido por Cleveland na primeira rodada do Draft de 2014, a frente de nomes como Teddy Bridgewater e Derek Carr. Dentro de campo, o quarterback mostrou alguns poucos bons flashes e vários erros típicos de um jogador que não estava pronto para se tornar profissional. Sua curta passagem de dois anos pelos Browns se encerrou com duas vitórias, seis derrotas, sete interceptações e sete touchdowns.

Os maiores problemas, contudo, ficaram reservados para fora dos gramados. Johnny colecionou histórias de festas, bebedeiras e todo o tipo possível de atitudes imaturas. A mais insólita de todas aconteceu no começo deste ano, quando ele supostamente usou um nome falso e um disfarce com uma peruca loura para ir à um cassino em Las Vegas. O caso pelo menos rendeu uma bela camiseta. Se um quarterback deve ser o rosto e o representante máximo de uma franquia, Manziel foi o responsável por jogar o nome dos Browns na lama. A única coisa positiva da sua passagem por Cleveland foi este “tributo” de despedida feito por algum torcedor bem humorado – é claro que a trilha sonora é uma música da cantora Adele.

Brincadeiras à parte, a trajetória de Manziel é bem triste, principalmente porque ele falhou em conseguir ajuda mesmo se internando em uma clínica de reabilitação. Ele acabou cortado em março, após ser acusado de agredir sua ex-namorada. Aos 23 anos, é difícil vê-lo recebendo uma nova oportunidade na NFL.

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