Power Ranking, NFC: Vikings dominantes e calouros colocando seus times em destaque

A terceira semana da Conferência Nacional (NFC) teve dois confrontos importantes para entender a dinâmica do poder. De um lado, Rams e Bucs fizeram um jogo que serviu para mostrar a falta de capacidade de Dirk Koetter em pensar nos últimos dois minutos de jogo – e de Jameis Winston em lembrar onde fica a linha de scrimmage. Tampa Bay começou muito forte e agora dá demonstrações que está longe de ser favorito a algo. Já o jogo entre Minnesota Vikings e Carolina Panthers serviu para definir quem é o melhor time da NFC – e os Vikings dominaram facilmente toda a partida.

Além destes confrontos, a NFC Leste viu a sua estrutura mudar completamente. Enquanto os Eagles empregaram a maior derrota de Pittsburgh desde a década de 80 (se colocando muito bem no ranking), Washington e New York fizeram um duelo aéreo em que Eli Manning acabou saindo (justamente) criticado por falhar. Até mesmo Dallas, que era apontado como fora da corrida, está forte e tem totais chances de sair com o título da divisão.

O destaque negativo fica por conta do momento desastroso que o Arizona Cardinals está passando. A franquia está oscilando muito, não consegue ser consistente em campo e precisa repensar o seu combate ao jogo terrestre. Além disso Carson Palmer teve uma das piores partidas da carreira e fez com que os Cardinals despencassem no ranking.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana.

16. Chicago Bears (0-3) -2

Não tem muito mais o que falar sobre Chicago. Não foi só a lesão de Jay Cutler que acabou com o time – ninguém ganha com Brian Hoyer. O combate ao jogo terrestre se desmontou com a lesão de Eddie Goldman (6,5 jardas por carregada pelo meio) e a franquia parece ter jogado a toalha no meio da temporada. O time tem tantos substitutos – a maioria por causa de lesões – desconhecidos que parece que estamos jogando Madden em 2045 no franchise mode quando não reconhecemos nome algum.

15. San Francisco 49ers (1-2) 

Na NFL não basta você ser um gênio ofensivo/defensivo. Os melhores técnicos são aqueles que sabem ajustar as suas equipes – e isto é totalmente o oposto do que Chip Kelly sabe fazer. O fã da marinha entrou na liga e parecia que seria inovador, ousado e adaptável – como foi em Oregon. Kelly está sendo totalmente o oposto. Mesmo com Blaine Gabbert passando para incríveis 100 jardas aéreas (e usando a Read Option sem ninguém no backfield), ele não consegue cogitar a ideia de colocar Colin Kaepernick em campo.

O pior é não mudar a sua estratégia. Tudo bem que tempo de posse é uma estatística supervalorizada, porém quando o seu ataque fica, em média, 1:20 minutos em campo por drive, é melhor repensar os seus conceitos. A defesa fica o jogo inteiro em campo e não dá para ganhar. Candidatos ao topo do Draft e, se continuar assim, não fará muito sentido manter Kelly como técnico principal.

14. New Orleans Saints (0-3) -4

Drew Brees é espetacular e merece ir para o Hall da Fama. Ele consegue carregar o ataque nas costas, mas não dá para pedir para ele carregar o ataque e a defesa.

Não há combate ao jogo terrestre, ao jogo aéreo e isto vai provocar turnovers ofensivos – ainda mais com o jogo terrestre não encontrando um ritmo. O jogo contra Atlanta, no horário nobre, serviu para escancarar todos os problemas dos Saints – e não são poucos.

13. Tampa Bay Buccaneers (1-2) -5

Um minuto e quarenta e três segundos no relógio com dois timeouts. Bola na linha de 45 jardas do campo de defesa. Isto é o tempo mais do que necessário para ganhar o jogo ou perder a bola por turnover on downs.

E mesmo assim os Bucs conseguiram perder a partida por falta de tempo no relógio – Dirk Koetter teve o seu momento Andy Reid. O pior é que a equipe morreu com um timeout sem chamar e, mais incrível ainda, é que o outro timeout foi pedido com o relógio parado. O ataque tentou compensar uma atuação defensiva muito ruim, principalmente dos safeties – foram três touchdowns cedidos de mais de 40 jardas. A franquia está em queda livre e precisa reagir rápido se quiser brigar na NFC South – ainda mais agora com Carolina fragilizada (em comparação a 2015) no início de temporada.

12. Los Angeles Rams (2-1) +4

Poucos esperavam os Rams começando o ano 2-1. Com o ataque acordando contra uma fraca defesa, L.A. fez, de longe, a melhor partida do ano e conseguiu sair com a vitória – um pouco por causa da falta de cuidado com o relógio do adversário.

No lado defensivo, pouca gente está dando a atenção que Aaron Donald merece. Ele destruiu constantemente o pocket de Jameis Winston e, novamente, foi o melhor jogador em campo. O defensive tackle está jogando em um nível altíssimo. Com JJ Watt possivelmente fora da temporada, Donald emerge como potencial favorito a Jogador Defensivo do Ano.

11. Washington Redskins (1-2) +2

Jogos dentro da divisão são sempre os melhores para acompanhar, principalmente pelas mudanças estratégicas que os técnicos principais fazem para sair com a vitória.

Desesperado, a ideia de Jay Gruden foi muito arriscada: entrar em uma disputa aérea com Eli Manning e esperar erros do adversário. Deu certo. Manning lembrou os seus tempos de símbolo de páginas de memes e falhou nas horas decisivas. Com os Browns pela frente, Washington tem condições de conseguir duas vitórias seguidas e se preparar para a sequência de Ravens e Eagles.

10. Detroit Lions (1-2) -2

O placar final conta muito pouco do que foi o jogo. Os Lions foram dominados defensivamente pelos Packers e, com o ataque começando devagar, viram o jogo ficar praticamente impossível de se alcançar. A equipe não consegue jogar os 60 minutos de uma maneira consistente e isto explica o início ruim.

O ataque parece mais dinâmico sem Calvin Johnson, só que comete erros mentais fáceis de se arrumar. Um time disfuncional que parece longe da briga na NFC Norte.

9. Dallas Cowboys (2-1)

Vitória fácil contra um adversário extremamente fragilizado. Dak Prescott e Ezekiel Elliott fizeram o necessário para controlar o jogo e não sofrer nenhum ameaça de um Bears destruído. A vitória não reforça nada muito grande e a sequência fácil continua com os 49ers fora de casa na semana que vem. Depois disso é o momento de ver do que este time é capaz, visto que não será fácil enfrentar Cincinnati Bengals e Green Bay Packers.

8. Arizona Cardinals (1-2) -6

Os Cardinals em seu pior momento na era Bruce Arians. Em um esforço coletivo dos três níveis (ofensivo, defensivo e Special Team), Arizona fez uma péssima partida e foi controlado. A linha defensiva foi dominada no jogo terrestre e comprometeu toda a atuação defensiva.

No lado ofensivo, Carson Palmer vive um período de piñata de tantos hits que leva teve a sua pior atuação em algum tempo e – erros mentais dominaram a unidade. Arizona está oscilando demais e não consegue ser consistente – não é a toa que caiu tanto em nosso ranking.

7. New York Giants (2-1) -1

Esqueça o óbvio por um momento (Manning falhando no momento decisivo) e foque em um problema que vem aparecendo: a falta de sacks.

No ano são apenas quatro, sendo dois conquistados pela unidade que viu a chegada de Olivier Vernon e outros. Além disso, Jason Pierre-Paul jogou 100% dos snaps defensivos, Olivier Vernon 90%, Johnathan Hankins 87% e Damon Harrison 61%. Não existe rotatividade e, se continuar assim, isto vai pesar no final da temporada.

6. Atlanta Falcons (2-1) +6

O que surpreendente positivamente em Atlanta, até aqui, é o trabalho do backfield (e talvez do ataque como um todo). Tevin Coleman e Devonta Freeman formaram uma monstro de duas cabeças extremamente prolífico que tirou completamente a pressão sob Matt Ryan.

Isto transformou este ataque que foi dominante até aqui na temporada regular. Atlanta tem chances na temporada, só que precisa que a sua defesa melhore ainda mais. Até agora de dez idas do adversário até a sua red zone, oito drives terminaram em touchdown. No ano foram 10 touchdowns cedidos contra duas interceptações e apenas três sacks. A franquia não vai conseguir sustentar o bom momento se o lado defensivo não melhorar significativamente.

5. Carolina Panthers (1-2) -4

É impossível ganhar uma partida quando o seu quarterback é amassado dentro de campo – e foi isso que aconteceu com Cam Newton. Neste momento, aliás, Newton é o quarterback que sofreu mais hits nesta temporada (dado alarmante).

Mesmo assim, os Panthers mostraram poder defensivo para se manter no jogo e ter uma chance até o final. As duas derrotas vieram contra duas defesas que estão em um momento histórico (Minnesota e Denver) e Carolina sabe que pode dar a volta por cima e sair com o título da divisão – ainda são os grandes favoritos.

4. Philadelphia Eagles (3-0) +8

Os Eagles estarão nesta posição no final do ano? Muito provavelmente não, principalmente por conta da suspensão de Lane Johnson que começará a valer a partir de agora – ele já não deve jogar na semana cinco. Apesar disso, a franquia merece a quarta posição pelo que apresentou contra o Pittsburgh Steelers. Brandon Graham (que quase chegou a ser um bust) e Fletcher Cox estão jogando em um nível de All-Pro – são seis sacks, dois tackles para perda de jardas, dois fumbles forçados e um fumble recuperado para a dupla. Com tanta pressão no front four, a defesa está jogando em alto nível e dando toda a tranquilidade necessária para Carson Wentz se desenvolver. Jim Schwartz está fazendo um trabalho formidável até aqui.

3. Seattle Seahawks (2-1) +1

Os Seahawks subiram muito mais pela derrota das outras forças da NFC do que pela sua atuação. Contra um 49ers sem inspiração, não foi preciso nem mesmo que Russell Wilson ficasse em campo durante toda a partida.

O resultado serviu para trazer um pouco de tranquilidade para quem estava sofrendo com desconfianças. O objetivo agora é saber o grau do estiramento do ligamento de Wilson, quanto isto o limitará em campo e se irá prejudicá-lo muito ao longo do ano. A título de curiosidade, talvez possamos ver “quão cover de Russell Wilson” o calouro Trevone Boykin será.

2. Green Bay Packers (2-1) +1

Assistir o ataque dos Packers é uma das coisas mais frustrantes no futebol americano. Tem muito potencial, jogadores bons e um quarterback excepcional, mas a franquia não consegue mais repetir os resultados de outrora. Contra os Lions, este ataque dominou a primeira parte do jogo e depois… parou de jogar.

Mike McCarthy, o Celso Roth de verde e amarelo, sempre parece optar pela ideia de “jogar para não perder” e dificulta algo fácil. Este time poderia ganhar tudo no ano se o seu técnico apenas aproveitasse Aaron Rodgers e parasse de querer garantir resultados.

1. Minnesota Vikings (3-0) +4

Defesa dominante? Sim. Ataque que não comete turnovers? Sim. Domínio nas trincheiras? Sim. Os Vikings amassaram os Panthers com uma performance de elite defensiva. Cam Newton foi para o chão oito vezes e lançou três interceptações. É a melhor defesa da NFC e, consequentemente, o melhor time.

O ataque continua funcional e Sam Bradford fez o necessário: não perdeu oportunidades de pontuar nem entregou a bola para o adversário. Nesta fórmula de defesa dominante e ataque funcional, este time tem tudo para ir muito longe na temporada.

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