Os 5 duelos individuais que podem decidir partidas na Semana 6

O Thursday Night Football já deixou as coisas mais quentes na AFC West nessa Semana 6 da NFL. Apesar da série de lambanças dos times especiais do San Diego Chargers, a franquia conseguiu sua segunda vitória na temporada contra os badalados e atuais campeões, Denver Broncos. A torcida do Oakland Raiders sorri, agora com o caminho aberto para liderar a divisão no domingo, assim como Kansas City, que podem dar mais um passo para encostar nos atuais campeões do Super Bowl.

Para esta semana, muitos encontros interessantes apimentam a rodada do futebol americano. Confrontos interessantes, decisivos e importantes para as pretensões das equipes na temporada de 2016, que, apesar de estar distante do fim, começa a tomar forma nas próximas duas, três semanas. Sem mais delongas, vamos aos matchups mais interessantes da Semana 6 da NFL!

1 – O primeiro touchdown de Alshon Jeffery virá nas costas de Jalen Ramsey?

A partida entre Chicago Bears e Jacksonville Jaguars tem alguns elementos bastante interessantes. Antes de falar de Alshon Jeffery contra a quinta escolha geral do Draft 2016, preciso ser direto: Brian Hoyer tem sido um titular muito mais sólido do que Jay Cutler – tanto em estatísticas quanto como líder dentro de campo. Em três semanas como titular, o ex-Texan passou para pelo menos 300 jardas nos três encontros, com dois touchdowns em cada partida e apenas um turnover, em um fumble – ou seja, nenhuma interceptação (coisa rara para a futura ex-namorada dos torcedores dos Bears).

Agora, a defesa do Jacksonville Jaguars não tem cedido muitas jardas aéreas, apesar de ter cedido bastante touchdowns. Com uma média de 217.5 jardas por partida cedidas, o time do norte da Flórida tem a 7ª melhor marca nesse quesito, mas a 25ª em touchdowns aéreos cedidos (8). Bom, um desses lados tem que ceder. Honestamente, acredito mais numa boa partida de Hoyer do que um shutdown da defesa dos Jaguars.

Vamos ao matchup título: Alshon Jeffery contra Jalen Ramsey. Olha, se alguém tem sido decepcionante essa temporada é o camisa 17 do Chicago Bears. Visivelmente jogando com problemas físicos, o jogador não conseguiu estabelecer seu ritmo com Brian Hoyer – em três partidas foram 13 recepções em 18 targets e 193 jardas, isso contra matchups pra lá de favoráveis, como o Detroit Lions e Indianapolis Colts. Torço pela recuperação de Alshon Jeffery na temporada, mas não acredito que ela comece domingo – Jalen Ramsey tem sido um sólido cornerback para os Jaguars, se destacando na cobertura.

2 – Ezekiel Elliott contra a defesa terrestre do Green Bay Packers

Falando em calouros, Elliott mostrou que é de fato uma força no backfield do Dallas Cowboys. O jogador em 15 tentativas teve 134 jardas e dois touchdowns no atropelamento sobre o Cincinnati Bengals no último domingo. Agora, a quarta escolha geral do Draft 2016 enfrenta o Green Bay Packers, que tem sido extremamente sólida contra a corrida. Falamos sobre esse duelo em texto especial sobre, alias, clique aqui para ler.

Os tetracampeões do Super Bowl cederam apenas 171 jardas pelas trincheiras em quatro partidas na temporada, contando com atuações de destaque de Mike Daniels (sempre ele) e Nick Perry. Com uma secundária sofrendo com problemas físicos, veremos se Elliott vai parar nesse front seven ou se essa defesa era só fogo de palha – considerando que enfrentou o jogo terrestre dos Jaguars, Lions, Vikings sem Peterson e Giants.

3 – O duo de running backs do Atlanta Falcons vai até Seattle

Devonta Freeman e Tevin Coleman tem sido essenciais para a campanha 4-1 do Atlanta Falcons até agora. Se havia dúvida até a partida contra o Denver Broncos – no Colorado – não há mais: o plano de jogo praticamente anulou o pass rush dos Broncos e explorou os seus running backs no jogo aéreo. Passando para os backs no flat, os outside linebackers não chegavam a tempo em Matt Ryan.

Na Semana 6, mais uma dura partida: o Seattle Seahawks no Century Link Field.

Apesar de achar ainda um matchup ruim para Freeman e Coleman, eu não tenho mais dúvidas na capacidade de Dan Quinn em planejar um esquema para bater os campeões do Super Bowl XLVIII. Até porque se tem alguém que conhece as particularidades dessa defesa é o próprio Quinn, uma vez que ele foi um dos responsáveis a moldar a unidade, como técnico de linha ofensiva e coordenador defensivo da franquia, nos anos de 2009, 2010, 2013 e 2014. Promessa de “zebra”, se é que podemos falar isso do ataque mais explosivo da NFL.

4 – Colin Kaepernick: a volta do quarterback contra os ascendentes Bills

O Buffalo Bills engatou e bateu o Los Angeles Rams no último domingo, depois de vencer o Arizona Cardinals e o New England Patriots – lá em Foxboro, por 16 a 0, mantendo os anfitriões sem nenhum ponto no placar em casa pela primeira vez na era de Bill Belichick. Nessas três partidas, nove turnovers, cedendo 323 jardas totais em média, entre aéreas e terrestres. Rex Ryan parece ter encontrado o ritmo desta defesa e o cenário não parece ideal para a volta de Colin Kaepernick.

O divisor de opiniões Kaepernick chega para ser titular de uma equipe que desesperadamente precisa de ajuda na posição. Gabbert foi o primeiro quarterback que não teve uma melhora no seu desempenho sob o sistema de Chip Kelly, o que pode significar das duas uma: ou o sistema mudou, ou o ex-Jaguar não tem lá um teto de talento alto. Para todos os fins, eu fico com a segunda opção.

A tendência de todas as jogadas de Chip Kelly parecerem, por concepção, uma option ajuda consideravelmente as forças de Colin Kaepernick. As leituras são limitadas; não há como pedir para um signal caller nesse sistema que faça uma progressão complexa à la Peyton Manning. Essencialmente, o que Kelly traz para o campo é de alguma forma similar ao que Jim Harbaugh fez com o jogador nos seus tempos de San Francisco 49ers: um jogo terrestre forte e uma exigência menor do quarterback. É isso que Kaepernick precisa para ser bem sucedido – e ele pode ser nesta temporada uma luz de melhora neste ataque, mas a Semana 6 pode ser sombria para o camisa 7 se ele tiver que passar a bola.

5 – A hora e a vez de Lamar Miller mostrar ao que veio 

O destaque para esse duelo é simples: é a hora de Lamar Miller mostrar seu faro pela end zone. Foram cinco semanas de muitos toques na bola (118, entre recepções e corridas, média de 23.6 por partida) e baixa produção.

O Houston Texans tem tido uma das piores taxas de conversão em touchdowns na red zone (36,36%, 31ª marca da NFL), e nenhum deles foi para o running back. Em que pese enfrentar duras defesas – como a do Minnesota Vikings na última semana -, chegou a hora do camisa 26 finalmente pontuar. O matchup é mais que favorável, contra a porosa defesa do Indianapolis Colts, que cede em média 109 jardas terrestres para o jogo terrestre adversário.

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