Nenhuma equipe viveu um primeiro terço de temporada tão bipolar quanto Pittsburgh. Se por um lado os Steelers não tomaram conhecimento de times como Redskins, Chiefs e Jets, por outro foram verdadeiramente atropelados pelos Eagles e Dolphins. Neste domingo, a franquia da Pensilvânia viajou até a ensolarada Flórida e perdeu para Miami por 30 a 15, protagonizando uma das maiores “zebras” do ano até aqui, dada a fragilidade apresentada pelos Dolphins nas últimas semanas.
Pittsburgh teve um dia para esquecer em todos os aspectos imagináveis. A defesa cedeu mais de 200 jardas terrestres para um único jogador e não conseguiu pressionar Ryan Tannehill. Já o ataque apresentou um nível muito abaixo do que estamos acostumados, decepcionando torcedores e jogadores de Fantasy ao redor do mundo. Le’Veon Bell correu apenas 10 vezes para 53 jardas e Antonio Brown recebeu quatro passes (39 jardas). Roethlisberger lançou 189 jardas, um touchdown e duas interceptações – números infinitamente mais modestos em relação ao que foi visto nas últimas partidas. Para piorar, o quarterback ainda sofreu uma contusão no joelho.
Big Ben precisou deixar o campo por uma campanha após um scramble feito no segundo quarto. Ele retornou na sequência, porém, terminado o jogo, foi confirmada uma ruptura no menisco do joelho esquerdo. Felizmente, a lesão não é tão séria quanto poderia ter sido e o tempo de recuperação é especulado entre uma e três semanas, ou seja, existe uma boa chance de Roethlisberger estar de volta logo depois da bye week dos Steelers na semana 8. O próximo compromisso da equipe é em casa contra os Patriots.
Coisas boas podem acontecer quando você protege seu quarterback
A chave para o sucesso dos Dolphins foi a linha ofensiva. A criticada unidade, que já havia cedido 17 sacks (11 nas últimas duas partidas), contou com seus cinco principais nomes pela primeira vez em 2016 e Tannehill finalmente conseguiu ser protegido, sendo pressionado em apenas cinco dos seus 32 dropbacks (nenhum sack). Além disso, o grupo também ajudou Jay Ajayi a correr para 204 jardas e dois tounchdowns – esta foi a primeira vez que ele passou das 100 jardas terrestres no mesmo jogo. Miami somou 222 jardas terrestres totais, tornando-se a segunda equipe a atingir a marca diante de Pittsburgh desde 2001.
Fora a boa proteção, Tannehill também teve a vida facilitada por conta do esquema baseado em passes curtos escolhido pelo time: ao todo, 24 dos seus 31 lançamentos viajaram menos de 10 jardas pelo ar. Deste modo, o signal caller fez o simples, não comprometeu, ficou longe dos turnovers e terminou o dia com a sua melhor apresentação da temporada. Outro que teve uma partida especial foi Byron Maxwell. O cornerback foi testado oito vezes, cedendo quatro recepções e 29 jardas. Marcando Antonio Brown, discutivelmente o melhor wide receiver da liga, Maxwell permitiu três recepções e 23 jardas.
Miami dominou Pittsburgh durante todo o jogo, cumprindo a regra básica da cartilha para vencer ataques explosivos: controlar o relógio. Os Dolphins seguraram a bola por 36 minutos contra 23 dos Steelers, fazendo Big Ben ficar muito tempo sentado no banco e impossibilitando que o ataque adversário adquirisse ritmo. O placar de 30 a 15 poderia ter sido até maior, se não fossem os dois field goals desperdiçados por Andrew Franks.
Implicações para os Playoffs
À primeira vista, o resultado deste duelo específico não parece ter tido tantos desdobramentos assim em relação à corrida para os Playoffs. Os Dolphins conquistaram seu segundo triunfo do ano e ainda precisavam resolver muitos problemas antes de serem considerados ameaça à alguma coisa. Já os Steelers continuam com uma vantagem de uma vitória na AFC North, pois todos os times da divisão perderam na semana 6. Entretanto, o revés diante de Miami pode atrapalhar Pittsburgh na busca pelos dois primeiros seeds da Conferência Americana.
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