5 duelos que podem decidir partidas na Semana 7

Dos confrontos apontados na semana passada, vimos que a defesa terrestre do Green Bay Packers foi quem cedeu no confronto contra Ezekiel Elliott, que Lamar Miller fez as pazes com a end zone e Jalen Ramsey impediu que Alshon Jeffery anotasse seu primeiro touchdown em 2016.

Para o domingo da Semana 7 que se aproxima, destacamos seis duelos que podem ser decisivos para as partidas – e, depois, algumas considerações sobre Fantasy Football para ajudar seu time.

1 – Sam Bradford vai se vingar do Philadelphia Eagles?

Acompanhamos bem de perto todo o drama de Sam Bradford no Philadelphia Eagles nos primeiros meses de 2016. Os Eagles trocaram o céu e a terra pela segunda escolha geral do Draft, Bradford não gostou, não foi treinar, enrolou o quanto podia – não atendia nem os telefonemas do time. Depois, foi trocado para o Minnesota Vikings depois da lesão do titular do time da NFC North, Teddy Bridgewater.

Os Vikings decidiram apostar num quarterback que pode segurar as pontas do ataque enquanto a defesa serve de pilar principal para a campanha do time – e tem dado certo, tendo em vista o retrospecto de 100% da equipe na temporada. E agora, Sam Bradford tem uma motivação especial para a partida de domingo.

Em que pese a narrativa da vingança e Lei do Ex, o que permitirá o desenvolvimento – ou não – de Sam Bradford reside no duelo entre a linha defensiva do Philadelphia Eagles e a linha ofensiva do Minnesota Vikings. A defesa do time da Pennsylvania tem se mostrado melhor que a encomenda. Com destaque para a linha defensiva, em especial Brandon Graham e Fletcher Cox, que somam 7 dos 13 sacks da equipe na temporada, enfrentarão um time que perdeu os dois tackles titulares pela temporada.

A esperança é que Alex Boone e o center Joe Berger segurem a barra no miolo da linha ofensiva, já que nas pontas da unidade, Jeremiah Sirles, T.J. Clemmings e o recém-contratado Jake Long não são as opções mais seguras para proteger Bradford. O sucesso do ex-Ram e ex-Eagle depende bastante da força dos seus tackles substitutos. Apenas para complementar, mesmo se a defesa de Philadelphia conseguir restringir a atuação de Sam Bradford, acho improvável que o calouro Carson Wentz consiga surpreender uma defesa que já parou Aaron Rodgers, Eli Manning e Cam Newton.

2 – O ataque aéreo do Kansas City Chiefs: se não for agora, não vai mais

Eu sinto quase dor física quando vejo Alex Smith tentar um passe de mais de 10 jardas. Até porque, sejamos sinceros, ele não tenta – das 190 tentativas aéreas do camisa 11, apenas 46 foram de 11 jardas para cima. Dos 128 passes completos de Smith na temporada, apenas 24 foram na mesma faixa. Ou seja: se você está atrás no placar, Alex Smith não é o cara para virar.

Ele é um excelente game manager, de fato. Agora, se você tem pretensões de ir para a pós-temporada com uma chance real de vitória, precisa rechaçar a visão de que seu ataque é unidimensional. E é contra o New Orleans Saints, dentro de casa, que o 19º ataque em jardas aéreas e 27º em touchdowns pelo ar pode mostrar que tem mais do que o duo Spencer Ware-Jamaal Charles.

A defesa do New Orleans Saints tem sido, surpreendendo absolutamente ninguém, uma mãe. Cedendo uma média de 33.6 pontos por partida, pior marca da liga, uma média de 301.6 jardas aéreas por jogo (31ª pior marca da NFL), o Kansas City Chiefs precisa se aproveitar disso e mostrar que precisa mais do que uma sólida defesa corrida para parar o time.

Embora eu veja um script da partida na qual os donos da casa consigam se distanciar no placar, o time precisa mostrar que consegue resolver pelo ar.

3 – Geno Smith, o titular contra o Baltimore Ravens

Ryan Fitzpatrick tem sido atroz com o torcedor do New York Jets, para ser gentil. Nas últimas quatro semanas, foram 828 jardas, dois touchdowns e “apenas” 10 interceptações. Eu entendo você querer o quarterback experiente que pode guiar seu time às vitórias. Chegou no ponto, infelizmente, que ter Fitzpatrick em campo era mais arriscado que seguro para os Jets. E chegou a hora de Geno Smith mostrar seu valor.

quarterback que tem 36 interceptações e 27 touchdowns na carreira enfrenta a quinta defesa que mais forçou turnovers (11) na temporada, e que tem um turnover differential, isto é, o saldo de turnovers forçados e recuperados, de três positivos. É uma prova de fogo para o signal caller que precisa mais do que nunca engrenar neste ataque. Ao meu ver, se Geno Smith não mostrar serviço em duas partidas, vale a pena colocar Bryce Petty ou Christan Hackenberg para ganhar experiência – da mesma forma que Cody Kessler se manterá o titular lá em Cleveland, mesmo com Josh McCown voltando à forma.

4 – A defesa dos Cardinals contra a linha ofensiva do Seattle Seahawks

Meu duelo favorito dos cinco, a defesa do Arizona Cardinals tem reencontrado seu ritmo. Calais Campbell e Chandler Jones tem sido excelentes na linha defensiva, a dupla de safeties é uma das mais fortes da NFL e Patrick Peterson é, ao meu ver, o melhor cornerback em atividade. Todo esse poder de fogo contra uma linha ofensiva que é porosa, para ser gentil.

Apenas para ilustrar, se analisarmos as notas que o site americano Pro Football Focus atribui à linha ofensiva do Seattle Seahawks, apenas o center Justin Britt está acima de 70. Estas notas levam em consideração o desempenho em snaps corridos e aéreos. Os outros quatro companheiros de Britt estão abaixo da média – no ensino médio, ficariam de recuperação direto.

Se considerarmos que Russell Wilson não está com a mesma mobilidade – lesões no tornozelo e joelho limitam o quarterback – será uma noite dura para o jogar lá em Arizona. Se levarmos em conta, ainda, as tendências de utilizar muitas blitzes da defesa dos Cardinals, a linha ofensiva dos Seahawks precisa aparecer para manter o time na partida.

5 – Eli Manning precisa encontrar o equilíbrio contra o Los Angeles Rams

O New York Giants é a terceira equipe que mais tenta jogadas aéreas, em termos percentuais. 65,77% dos snaps ofensivos são jogadas nas quais Eli Manning tenta procurar seus recebedores. Isso é compreensível, especialmente com a lesão de Rashad Jennings e Shane Vereen. Agora, com Jennings de volta, o time precisa reencontrar seu equilíbrio.

Da mesma maneira que o Kansas City Chiefs, fica fácil para o seu adversário defender contra você se ele sabe que você vai passar em praticamente 6 em 8 jogadas. Quando equilibrou os snaps terrestres e aéreos, na Semana 1, Eli Manning teve seu melhor passer rating da temporada, 110.3, além de ter sido uma das partidas na qual passou para mais de um touchdown (3). Ele só foi repetir esse feito contra o Baltimore Ravens na última semana, também com 3 touchdowns, com a volta de Jennings.

Equilíbrio é fundamental para qualquer ataque. Mesmo que o ataque seja pautado no jogo aéreo, ter a ameaça do jogo corrido deixa a defesa em xeque. E quando você enfrenta Aaron Donald, Robert Quinn e Dominique Easley, você quer deixar a defesa em dúvida.

Cobertura completa da Semana 7: 

Jogo rápido para a Semana 7 do Fantasy Football

1 – Se você tem medo de escalar Spencer Ware, não tenha. Andy Reid já disse que Jamaal Charles ainda não está pronto para uma “carga completa” neste final de semana. Além disso, o New Orleans Saints tem cedido 4.3 jardas por tentativa no jogo corrido, além de ter cedido 11 touchdowns terrestres – pior marca da NFL.

2 – Kyle Rudolph é um dos meus tight ends favoritos para a semana. A narrativa de que a defesa dos Eagles é boa contra a posição (2ª em jardas por jogo para a posição) não me engana. O time enfrentou Gary Barnidge recebendo de Robert Griffin III, um Chicago Bears que perdeu Jay Cutler e não tinha game plan para Hoyer, o Detroit Lions sem Eric Ebron e o Washington Redskins – sem Jordan Reed. Além disso, Sam Bradford gosta de ativar seu tight end: nas partidas de Rudolph com o ex-Ram, já são 29 targets e 17 recepções para 171 jardas e 3 touchdowns em quatro partidas.

3 – Ainda falando de tight endsVernon Davis é uma excelente opção. Na ausência de Jordan Reed, o veterano anotou seu primeiro touchdown em dois anos no último domingo. Contra o Detroit Lions, que cedeu 7 touchdowns em sete semanas para a posição, Davis pode ser o seu tight end neste domingo. Outro nome interessante é Jack Doyle, do Indianapolis Colts, que já mostrava produção com Dwayne Allen saudável – com Allen lesionado, Luck deve procurar ainda mais o jogador.


4 – Jacquizz Rodgers é uma das melhores opções de running back. Com 35 toques no Monday Night Football na Semana 5 e a ausência de Doug Martin, o veterano deve fazer a festa na defesa do San Francisco 49ers, que cede em média 174 jardas terrestres por partida.

5 – Se você está jogando a roleta de wide receivers do San Diego Chargers, eu apostaria em Tyrell Williams. Com Travis Benjamin sendo marcado por Desmond Trufant, Tyrell Williams deve achar espaço no slot, uma função que os Falcons não tem defendido com tanta eficiência.

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