Power Ranking, AFC: A AFC West é a divisão mais forte da NFL

Após domingo, as equipes da Conferência Americana terão jogado metade da temporada. Desfalques (DeMarcus Ware, Ben Roethlisberger, Tom Brady nos quatro primeiros jogos) a parte, a tendência que esperávamos antes da temporada começar – Patriots, Steelers e Broncos sendo o carro-chefe da conferência – se observou.

Embora alguns achassem que os Broncos seriam destronados na AFC West – confesso que isso até passou pela minha cabeça – as previsões apocalípticas para a posição de quarterback do Denver Broncos não se confirmaram.

De toda forma, o que se confirmou foi que a AFC West teria um salto em relação ao ano passado. Os Raiders lideram a divisão em empate de campanha junto com Denver. O Tira-Teima será no Sunday Night Football da Semana 9. Kansas City tem uma vitória contra Oakland, vem ganhando força no backfield e ainda há esperança de Justin Houston voltar em algum momento. O San Diego Chargers, depois de implodir seguidas vezes, conta com nova força no pass rush para evitar que isso continue acontecendo – e Joey Bosa vem funcionando.

No máximo três dos times acima vão para os playoffs – o que é uma pena. São três times que vem fazendo campanhas interessantes. A playoff picture da AFC, nesse sentido, parece um pouco mais desenhada após a primeira metade da temporada. Os Patriots devem levar a AFC East, uma certeza anual tal qual pagar impostos. A AFC North, a menos que os Steelers caiam absurdamente de rendimento sem Roethlisberger – e Landry Jones não jogou mal contra New England – deve sair para Pittsburgh. A AFC South, bom, é uma bagunça. A AFC West parece ser a divisão, no todo, mais forte – posto que era da AFC North na primeira metade da década.

A partir de semana passada dividimos o Power Ranking da Conferência Americana para 4 redatores. A AFC West fica com Eduardo Miceli, a East com João Maurício Souza, a North com Gabriel Moralez e a South com João Henrique Macedo. Este que vos escreve fica com a edição e a “cabeça” dos textos.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana. Ao final do texto também está a classificação por divisão que não reflete os standings da NFL, mas a ordem do PR. Agora também colocamos as chances de Playoffs (em porcentagem e entre parênteses) com os dados do Football Outsiders.

  • Maior Subida: Colts +3, Chargers +3, Bengals +3
  • Maior Queda: Ravens -5
  • Subiram:
    • Chiefs, Raiders, Chargers, Colts, Dolphins, Broncos, Bengals
  • Caíram: 
    • Steelers, Bills, Texans, Ravens, Titans
  • Mantiveram-se na mesma posição: 
    • Browns, Jaguars, Jets, Patriots
  • Times de Folga na Conferência Americana: Nenhum

16- Cleveland Browns (0-7) – (0,1%) – 

Sério, a única coisa mais deprimente que o último episódio de “The Walking Dead” é a situação dos quarterbacks de Cleveland. Contra os Bengals, Cody Kessler sofreu uma concussão, deixou a partida e deu lugar a Kevin Hogan – o calouro ex-Stanford tornou-se o sexto quarterback do time em 2016. Hogan até fez estrago correndo com a bola, mas, por outro lado, demonstrou todas as suas deficiências como passador. 

Junte a isso uma péssima atuação defensiva pelo ar e pelo chão e veremos porque os Browns foram amplamente dominados por Cincinnati. O calvário de Cleveland continua e a franquia segue como favorita na corrida pela primeira escolha geral do Draft 2017.

15- Jacksonville Jaguars (2-4) – (20,4%) –

O dono dos Jaguars, Shad Khan, apostou no General Manager David Caldwell e no técnico Gus Bradley, mesmo após alguns anos ruins. Bradley, por sua vez, apostou em Blake Bortles, mesmo após anos irregulares e com elevado número de erros.

Depois de um começo ruim em uma temporada que prometia tanto, não parece haver dúvida que esta é a última chance de Gus Bradley nos Jaguars (e talvez de Blake Bortles também). Vamos ver o que a equipe consegue fazer para evitar que esta chance seja desperdiçada.

14- New York Jets (2-5) – (0,7%) –

Todd Bowles decidiu promover Geno Smith para a vaga de titular, pois as atuações de Ryan Fitzpatrick estavam afundando seu ataque. Como esperávamos para um quarterback que sai do pocket para correr “porque sim”, Geno Smith lesionou seu joelho e Ryan Fitzpatrick veio do banco para conduzir o time a sua segunda vitória na temporada. Tem coisas que só acontecem com os Jets.

Mas, independente da vitória, Fitzpatrick já mostrou que não é a resposta para a posição. Sei que a perspectiva de ter Bryce Petty como titular não é das mais animadoras, mas o time precisa avaliar do que o jovem quarterback é capaz, e um confronto contra o Cleveland Browns é a ocasião ideal para este tipo de experimento.

13- Baltimore Ravens (3-4) – (25,3%) -5

O que dizer de um ataque que totalizou seis jardas terrestres em uma partida? Provavelmente nada de muito bom. Certo, a linha ofensiva estava desfalcada (Yanda, um dos melhores guards da liga, não jogou) e a linha defensiva dos Jets é acima da média, porém nada justifica meia dúzia de jardas corridas em 60 minutos de futebol americano.

Para piorar, o quarterback Joe Flacco jogou com uma lesão no ombro, o que ajudou a comprometer ainda mais o seu rendimento inconstante de 2016. Enquanto Baltimore não consertar pelo menos alguns dos seus problemas ofensivos não tem como considerá-lo um candidato forte aos Playoffs. Os Ravens terão uma valiosa bye week pela frente para tentar arrumar a casa e encerrar a sequência de quatro derrotas consecutivas na semana 9 contra os Steelers.

12- Tennessee Titans (3-4) – (26,3%) -3

Os Titans não são uma equipe sem talento. Bons jogadores tanto no ataque quanto na defesa, além de um promissor quarterback. Entretanto, a insistência do técnico Mike Mularkey em formações fechadas, com poucas opções de recebedores abertos, tem dificultado a vida de Marcus Mariota – é justamente o completo oposto que ele tinha em Oregon, quando justificou ser segunda escolha geral do Draft.

Sem uma estrutura ofensiva mais equilibrada, é difícil imaginar os Titans indo muito longe. Tem havido evolução no ataque da equipe, porém ainda insuficiente para o salto necessário para brigar pelo título da divisão e por vaga nos playoffs.

11- Miami Dolphins (3-4) – (17,9%) +2

Após um péssimo começo de temporada, os Dolphins vêm de duas vitórias consecutivas, e a briga por uma vaga de wild card volta a ser uma possibilidade. O grande mérito desta reviravolta é do running back Jay Ajayi, que ultrapassou as 200 jardas terrestres em ambas as vitórias, e fez com que os torcedores nem se importassem com a notícia de que Arian foster se aposentou no meio da temporada.

O time está de bye nesta semana, mas da semana 9 em diante o único oponente realmente assustador no calendário dos Dolphins é o rival New England Patriots, na semana 17. Sim, existe esperança em Miami.

10- Houston Texans (4-3) (35%) -3

Se Houston ainda está em primeiro lugar da Divisão Sul da Conferência Americana, além de ter ganho o confronto direto com Indianapolis, por que os Texans estão atrás dos Colts no nosso ranking? A resposta é simples: Brock Osweiler. O quarterback dos Texans tem a pior nota dentre todos os da liga de acordo com o site de estatísticas e avaliação Pro Football Focus.

Além disso, a péssima performance nas partidas contra adversários fortes sugere um desfecho não muito bom para a equipe nesta temporada. Principalmente porque só um milagre fará com que os Texans tenham home field advantage a partir do Divisional Round dos playoffs (caso vençam, de fato, a divisão).

9- Indianapolis Colts (3-4) – (24,8%) +3

Mesmo ainda sem liderar a Divisão Sul da Conferência Americana, os Colts assumem o “primeiro lugar virtual” da divisão na Corrida para os Playoffs. Nesta semana, com uma ótima atuação do quarterback Andrew Luck, os Colts venceram os Titans e seguem despontando como principais favoritos ao título da divisão.

Apesar das trapalhadas da comissão técnica e da direção, vale notar. Claro que essa posição acima dos Texans só se concretizaria com vitória de Indianapolis no jogo de “volta” contra a trupe de Brock Osweiler. Caso contrário, os Colts conseguirão a proeza de perder a divisão mais ganha da liga. 

8- Cincinnati Bengals (3-4) – (28,4%) +3

Cincinnati enfrentou em casa uma equipe mais fraca tecnicamente e cheia de problemas, logo sua obrigação era vencer com autoridade. Embora tenha sofrido um pouco com as corridas de Kevin Hogan e Isaiah Crowell, o placar de 31 a 17 diante dos Browns mostra que o objetivo foi alcançado. O maior destaque vai para a atuação do ataque. Andy Dalton teve mais uma performance bastante sólida, Jeremy Hill somou 168 jardas terrestres e um touchdown em nove carregadas e A.J. Green conseguiu 169 jardas aéreas e outro touchdown.

Aproveitando-se das derrotas de Ravens e Steelers, os Bengals voltaram à briga pela liderança da AFC North. O próximo compromisso será contra os Redskins, em Londres, um duelo muito mais desafiador para medirmos a real força desse time. Segundo o RotoWorld, a expectativa é que a presença de Tyler Eifert seja maior na red zone lá em Londres. É essencial que o seja mesmo.


7- San Diego Chargers (3-4) – (29,3%) +3

E o tal do Joey Bosa é realmente bom, hein? (sim, a gente sabe que é, assistimos ele em Ohio State hehe). 20 pressões em cima do quarterback em apenas três partidas, apenas 23 pass rushers têm mais. Grande vitória contra o Atlanta Falcons, mostrando que a AFC West não tem cartas marcadas. 

É coincidência que San Diego parou de “pipocar” ao final dos jogos? Não. Pass rush ao final das partidas é essencial para segurar uma vitória e a entrada de Bosa em campo mostra o porquê disso com bastante clareza.

6- Buffalo Bills (4-3) – (51,1%) -2

Na semana passada, escrevemos que o Buffalo Bills poderia estar em condições de desafiar o New England Patriots pela liderança da divisão na semana 8. Infelizmente para o torcedor dos Bills, os Dolphins tinham outros planos. A derrota para o rival de divisão interrompe a série de bons resultados dos Bills, e pode ter complicado a situação ofensiva da equipe, já que o running back LeSean McCoy agravou sua lesão na coxa. 

No lado defensivo, os Bills enfrentam seu primeiro grande desafio da temporada contra o rival New England Patriots, mas as coisas não parecem muito promissoras após a unidade ceder 28 pontos para o ataque de Miami. Uma derrota no domingo daria uma vantagem de três vitórias para os Patriots e tornaria o sonho dos Bills de voltar a vencer a AFC East uma tarefa bastante complicada.

5- Oakland Raiders (5-2) – (55%) +1

A defesa se mostrou mais firme na vitória contra o Jacksonville Jaguars, e a volta de Latavius Murray equilibra as coisas para Derek Carr neste ataque.

Um dado interessante: pela terceira vez em sua história, os Raiders estão 4-0 fora de casa, nas outras duas oportunidades, chegou ao AFC Championship Game, em 1977 e 2000. A expectativa é que Oakland comande o moinho da NFL nos próximos anos (falamos mais aqui).

4- Kansas City Chiefs (4-2) – (55,4%) +1

Papo de mãe: “não fez mais que a obrigação” em vencer a péssima defesa do New Orleans Saints em casa.

O ataque aéreo fez o feijão de arroz sem muito sal, mas o jogo corrido que impera lá em Missouri: Spencer Ware é o presente e o futuro desse time, e ao lado de Jamaal Charles, haja linha defensiva e linebacker para segurar.

3- Pittsburgh Steelers (4-3) – (58,3%) – 1

Sem Ben Roethlisberger, todo mundo já imaginava que Pittsburgh acabaria perdendo o duelo com New England. A boa notícia é que Landry Jones não jogou tão mal como muita gente esperava. Na verdade, mesmo saindo de campo derrotado, o jovem teve uma performance razoável – por exemplo, conectando alguns passes importantes em terceiras descidas longas. Se Chris Boswell, #steelerskickers, não tivesse errado dois field goals, talvez a partida terminasse bem mais apertada. No final, a sensação é que Landry pode conduzir o time à vitórias diante de equipes mais fracas, caso Big Ben fique algum tempo afastado.

Mesmo com duas derrotas consecutivas, os Steelers ainda lideram a divisão e por ora seguem como os favoritos na AFC North. A franquia terá sua bye week na semana 8.

2- Denver Broncos (5-2) – (76,5%) + 1

“Quando a primeira leitura não está lá, ele fica nervoso no pocket.” Palavras de Chris Harris Jr. sobre Brock Osweiler, que ficou limitado a nove pontos contra seu ex-time. Partida receita de bolo para o Denver Broncos, com a defesa para lá de eficiente e um jogo corrido forte, vendo C.J. Anderson passar das 100 jardas pela primeira vez em 2016. Bons ventos em Mile High!

1- New England Patriots (6-1) (95,7%) –

Durante a suspensão de Tom Brady, os Patriots eram, discutivelmente, o melhor time da AFC. Depois da volta de seu quarterback, não existe mais espaço para discussão. Se extrapolarmos os números de Tom Brady desde seu retorno para uma temporada inteira, o camisa 12 teria 5355 jardas, 43 touchdowns e nenhuma interceptação. O jogo terrestre também vai muito bem, obrigado. LeGarrette Blount atropelou a defesa de Pittsburgh, conquistando 127 jardas terrestres e dois touchdowns.

A defesa manteve o bom nível contra os Steelers, principalmente onde mais importa. Em quatro visitas à red zone – últimas 20 jardas do campo de New England – Pittsburgh obteve apenas 11 pontos. 

A caminho de um confronto divisional contra o rival Buffallo Bills, parece totalmente possível que os Patriots não percam mais nenhuma partida em 2016.


Por Divisão:

AFC East:

  1. New England Patriots
  2. Buffalo Bills
  3. Miami Dolphins
  4. New York Jets

AFC West:

  1. Denver Broncos
  2. Kansas City Chiefs
  3. Oakland Raiders
  4. San Diego Chargers

AFC North

  1. Pittsburgh Steelers
  2. Cincinnati Bengals
  3. Baltimore Ravens
  4. Cleveland Browns

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