Carr foi genial e os Raiders venceram de novo, mas a atuação contra os Bucs preocupa

Seja você um torcedor fanático ou apenas um simpatizante dos Raiders (do time e não da “grife de roupas”), 2016 é o ano para voltar a ser feliz e se animar com uma das franquias mais tradicionais da NFL. Após anos de miséria, problemas e histórias vergonhosas, Oakland soma um record de 6-2 e está empatado na liderança da AFC West na metade da temporada regular. Além disso, a equipe parece finalmente ter encontrado seu tão sonhado franchise quarterback, graças a um jovem chamado Derek Carr.

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Sim, as coisas estão dando certo para os Raiders como não davam há tempos, contudo ainda é preciso segurar um pouco da empolgação – a partida diante de Tampa Bay nos mostrou o porquê. Embora tenha saído de campo vitorioso e visto Carr ter uma das melhores performances individuais da história da liga, o time também demonstrou uma indisciplina inacreditável, a qual quase comprometeu um triunfo que deveria ter saído de maneira bem mais fácil contra um adversário inferior. No final, a vitória por 30 a 24 a poucos minutos do fim da prorrogação foi um risco bastante evitável.

Faltas, faltas e ainda mais faltas

O confronto contra os Buccaneers só durou mais de 73 minutos por causa dos erros mentais de Oakland. O time quebrou o recorde da NFL de mais faltas cometidas em um único jogo com o total de 23 penalidades aceitas para uma perda de 200 jardas. Além de voltar seus próprios avanços pelo campo, o número absurdo de faltas deu inúmeras chances extras para Tampa Bay mover a bola no ataque. Por exemplo, a campanha que resultou no touchdown de Jacquizz Rodgers foi estendida quatro vezes por conta de penalidades. Ademais, o drop de Amari Cooper nos segundos finais do tempo regulamentar e os dois field goals desperdiçados por Sebastian Janikowski, um com o relógio zerado e o outro no início da prorrogação, também atrapalharam.

Estes tipos de erros podem custar caro em duelos contra equipes superiores, é preciso ser quase perfeito para vencer a defesa de Denver ou os Patriots, por exemplo. Falta de disciplina é um problema sério e não tão simples de ser resolvido – lembrando que os Raiders já eram os mais indisciplinados da liga, então a partida de domingo não foi uma exceção. E é por isso que o triunfo sobre os Bucs ao mesmo tempo que anima também deve fazer coçar a cabeça. Vejamos o que vai acontecer no próximo Sunday Night Football, quando Oakland receberá os Broncos.

Mas vamos falar de coisa boa. Vamos falar de Derek Carr

Não é sempre que você perde 200 jardas em penalidades e ainda assim ganha o jogo. Isso só aconteceu no domingo porque Carr teve a atuação de sua vida, acertando 40 de 59 passes para 513 jardas (recorde da franquia), quatro touchdowns e nenhuma interceptação. O quarterback deu mais um show de belos lançamentos e calma em momentos decisivos. O passe para Mychal Rivera empatar a partida saiu com cerca de 1:30 restante no cronômetro. Já o lançamento da vitória recebido por Seth Roberts foi feito em uma quarta descida para três jardas, faltando menos de dois minutos para o término da prorrogação – méritos também para Jack Del Rio, que teve coragem para arriscar em vez de simplesmente chutar o punt. A performance mágica de Carr apenas confirmou o que todo mundo já sabia: ele está jogando como um quarterback de elite em 2016. Não por acaso, Derek começou a figurar nas listas de candidatos ao prêmio de MVP – ainda correndo por fora, é verdade.

Outro nome que merece destaque é Khalil Mack, defensor selecionado junto com Carr no Draft de 2014. Em sua melhor partida do ano, o linebacker totalizou dois sacks, quatro hits, sete tackles (dois para perda de jardas) e um fumble forçado, o qual foi recuperado pelos próprios Buccaneers. O wide receiver Amari Cooper também brilhou com 12 recepções, 173 jardas e um touchdown.

Já Tampa Bay teve outra atuação inconsistente dos dois lados da bola

Por sua vez, a equipe da Flórida seguiu com a sua rotina de inconsistência. A defesa cedeu 626 jardas totais os Raiders, enquanto o ataque conseguiu apenas 270. Jameis Winston não foi interceptado nenhuma vez, mas em compensação sofreu com a precisão de seus passes, completando apenas 16 de 32 tentativas. O maior problema foram os lançamentos em profundidade, quando ele com frequência errou por muito os recebedores (um passe completo em seis tentativas que viajaram mais de 20 jardas pelo ar). O resultado diante de Oakland mostrou de novo que os Buccaneers (3-4) ainda têm um longo caminho até pleitearem de verdade uma vaga na pós-temporada.

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