As eleições majoritárias dos Estados Unidos são diferentes das brasileiras em muitos aspectos. Num deles, o candidato a presidente com mais votos não será necessariamente o eleito: tudo depende de quantos Estados ele conquistar e o número de votos que cada Estado representa no colégio eleitoral – bom, isso se chama federalismo.
Além disso, também nessa toada de federalismo e maior autonomia aos condados e Estados, na cédula de votação em cada região por vezes aparecem coisas um tanto estranhas ao eleitorado brasileiro. Na Califórnia, por exemplo, os eleitores puderam votar acerca da legalização da maconha para fins recreativos. Ainda na Califórnia, especificamente no Condado de San Diego, os eleitores puderam decidir um pouco acerca do destino dos Chargers em San Diego.
Em plebicito, o eleitorado votou contra o financiamento público de um novo estádio em San Diego. A proposta foi vencida por 57% a 43%. 169 mil pessoas votaram contra e 127 mil votaram a favor. De acordo com a legislação estadual da Califórnia, a proposta para passar precisaria de maioria qualificada. Não apenas maioria (51%), mas 2/3 dos votos em favor – dado que seria criada um imposto próprio para financiar o estádio novo. No caso, o imposto seria referente à rede hoteleira, na qual os hóspedes da região pagariam um pouco mais para se hospedar na região.
O dono dos Chargers, Dean Spanos, tem até 15 de janeiro para tomar uma decisão. Na data em questão, “vence” o prazo para ele decidir se juntar aos Rams em Los Angeles ou não. Caso decida por não se juntar, o direito passa para os Raiders – que estão bem próximos de Las Vegas, aliás. “Em termos do que vem agora para os Chargers, acho que é muito cedo para dar uma resposta”, disse Spanos em carta aberta nesta quarta. “Nós vamos ser diligentes e exploraremos opções, mas nenhuma decisão será tomara até que a temporada acabe”, completou.
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