Depois de polêmicas, NFL pode adotar câmeras na sideline para ajudar árbitros

Duas semanas e duas tretas: o “pisar fora ou não” ficou na boca do povo e pode ter definido destinos de partidas e, no primeiro caso que falaremos, até mesmo de uma temporada.

Depois do polêmico retorno de extra point dos Broncos contra os Saints ao final da partida, o Monday Night Football entre Houston Texans e Oakland Raiders reservou nova discussão. DeAndre Hopkins, recebedor dos Texans, teria pisado fora de campo numa recepção que, caso os árbitros não tivessem apitado, acabaria por se tornar touchdown. Como ele foi declarado fora de campo e, com o apito, a defesa “se entregou”, a jogada não seria revisável pela arbitragem.

No caso de Houston, efetivamente, não sabemos se a defesa poderia ter contido Hopkins ou não. Ou se aqueles pontos teriam realmente feito diferença. Na semana anterior, porém, a coisa foi pior. Will Parks parece ter pisado fora de campo no retorno de extra point que selou o destino da partida de seus Broncos contra os Saints. A chuteira branca de Parks e a sideline, também branca, fizeram com que o trabalho da arbitragem em rever e voltar atrás na marcação fosse bem mais difícil. E, como o fã de NFL há mais tempo sabe, é preciso 100% de certeza para que uma marcação seja revertida.

Pois bem, isso – da certeza – pode mudar para o ano que vem ou em algum momento mais próximo que imaginamos. A repórter da NFL Media, Judy Battista, conversou com três fontes no Comitê de Competitividade da NFL – o ente responsável por mudança de regras – e é possível que a partir da próxima temporada os árbitros recebam uma valiosa ajuda no processo de revisão.

Isto é: câmeras na linha de goal e na sideline, fixas, para que melhores ângulos possam ser usados pelos árbitros no processo de eventual revisão. “Eles têm conversado bastante nos últimos anos sobre colocar câmeras nas laterais e no fundo de campo, mas não haviam chegado a um consenso”, reportou Battista. “É um projeto grande e cada estádio é configurado de uma forma distinta, mas é algo que queremos implementar em algum momento”

De qualquer forma, vale lembrar, as câmeras só ajudariam no segundo caso. As jogadas que foram declaradas mortas pela arbitragem não seriam revisadas por conta de não sabermos como ela se desenrolaria caso a marcação fosse diferente. No caso da jogada seguir e a revisão ter o poder de matá-la, aí seria possível.

Explicando melhor e utilizando as palavras de Dean Blandino, vice-presidente de arbitragem da liga: “Uma vez que os árbitros mataram a jogada e marcaram o corredor como fora de campo, não podemos dar um avanço por meio de revisão. A teoria é: nós matamos a jogada, apitamos, jogadores de defesa pararam e não podemos permitir um avanço”.

A NFL tem um histórico progressista no que tange a uso de recursos tecnológicos. Foi uma das primeiras ligas profissionais a usar câmeras para auxiliar os árbitros no processo de revisão. Nada mais natural que esse processo seja aperfeiçoado com o tempo. Claro: ainda pode haver resistência de alguns donos de franquias por conta das peculiaridades de cada estádio e do eventual custo disso. Mas numa liga com bilhões de lucro, a credibilidade – cada vez mais – é importante. Bom é falar do jogo no dia seguinte – não de erros dos árbitros.

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