Power Ranking, NFC: Washington não para de crescer na temporada

Mudanças novamente em quem produz o texto do Power Ranking. Eu, Jean, após escrever a AFC West na semana passada, volto a fazer o Power Ranking da Conferência Nacional (NFC) inteiro. Antes extremamente caótica, a sequência esmagadora de vitórias das franquias que brigam efetivamente pela pós-temporada (somente os Packers e os Eagles perderam, mas foi para Washington e Seattle) serviu para colocar muito mais ordem em nosso ranking.

Por causa disso, lá em cima não houveram grandes alterações e a estrutura está bem montada. Seattle e Dallas continuam, disparados, os melhores times e os alvos. Atlanta vem um degrau atrás, seguido por Washington, New York, Detroit e Minnesota – Philadelphia e Green Bay só olham a briga de longe graças às suas derrotas neste final de semana. E entre as equipes no topo, Washington merece o grande destaque pela evolução absurda que teve durante a temporada.

Chegando a figurar constantemente lá pelos números 11-12-13 no início do ano, a franquia teve uma subida de produção monstruosa graças aos ajustes feitos. Cousins começou a entrar em sintonia mais com os seus alvos e, principalmente, o jogo terrestre voltou a ter vida – o início da arrancada, sem sombras de dúvidas, foi na vitória sobre o Philadelphia Eagles em casa. Com um ataque dominando dentro de campo, a defesa (mesmo com lesões na secundária) se viu um pouco menos pressionada e foi jogar em seu forte: apostando no pass rush agressivo.

Qual o resultado disso? A subida até a quarta posição. Washington não tem as melhores chances quando comparados aos Giants, por exemplo, mas mesmo assim estão jogando em um nível acima de seus rivais de divisão. É um time equilibrado, com uma linha ofensiva dominante (tão boa quanto a de Dallas, para aqueles mais desatentos) e uma defesa que vem fazendo um trabalho digno e aparecendo nas horas cruciais – como quando precisou forçar um fumble para garantir a vitória contra Green Bay.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana. No final do texto também está a classificação por divisão. Agora também colocamos as chances de Playoffs entre parênteses também com os dados do Playoff Status.

  • Maior subida: Carolina +3
  • Maior queda: New Orleans, Los Angeles -2
  • Subiram: Washington, Carolina, Tampa Bay
  • Caíram: Detroit, New York, Arizona, New Orleans, Los Angeles
  • Mantiveram-se na mesma posição: Dallas, Seattle, Atlanta, Minnesota, Philadelphia, Green Bay, Chicago
  • Eliminados Matematicamente: San Francisco
  • Classificados Matematicamente: Nenhum
  • Estiveram de folga pela Conferência Nacional: Atlanta Falcons

San Francisco 49ers (1-9) (Eliminados matematicamente)

Eliminados da disputa, logo não vamos mais escrever sobre a franquia. Leia o seu último Power Ranking.

15. Chicago Bears (2-8) (<1%)

Jogando como nunca e perdendo como sempre. Ainda mais para ajudar, Jay Cutler machucou-se de volta e aí vem Matt Barkley e seus passes que não passam de 30 jardas como titular. Falta pouco para as chances de Playoffs serem dizimadas de vez e os Bears serem enterrados em nosso Power Ranking.

14. Los Angeles Rams (4-6) (2%) -2

Existia um motivo para Jared Goff não ser titular antes: ele não está pronto. Aparentemente ele não evoluiu (quase) nada da pré-temporada para cá e a sequência para finalizar o jogo mostra bem como ele está longe de uma melhor forma: um checkdown para queimar um tempo, dois passes incompletos para a lateral que não tinham chances de serem completados, outro checkdown para converter a terceira descida e uma Hail Mary que não tinha ninguém na endzone para disputar.

Infelizmente este ataque extremamente disfuncional está desperdiçando todo o talento defensivo disponível. Ano após ano esta defesa joga em alto nível e é subvalorizada devido ao trabalho ofensivo deficiente. É preciso uma mudança nesta franquia, caso contrário Goff será desperdiçado e Los Angeles rapidamente vai perder o interesse.

13. New Orleans Saints (4-6) (8%) -2

Uma derrota que dificulta muito a disputa pela pós-temporada. Era um jogo chave, extremamente necessário para ter uma campanha boa dentro da divisão e ficar somente um jogo atrás de Atlanta – sendo que haveria Saints contra Falcons na semana 17. Com dois jogos atrás, a tarefa dos Saints agora ficou quase impossível – ainda mais porque eles estão com um recorde 1-2 dentro da divisão.

O pior é que a sequência de Atlanta não é tão complicada para o fim do ano. Os dois jogos mais difíceis, antes de New Orleans, devem ser contra Chiefs e Panthers. Já os Saints vão pegar os Lions dentro de casa, logo é esperada uma possível derrota. A missão é mais complicada que a dos Bucs, mas mesmo assim resta esperança para a torcida.

12. Tampa Bay Buccaneers (5-5) (21%) +2

Uma secundária peneira, uma linha ofensiva que não vem fazendo um bom trabalho no pass protection, um quarterback que oscilou muito até aqui e um técnico péssimo na administração de relógio e timeouts. Mesmo com tantos problemas, os Bucs ainda estão vivos na disputa pelo Wild Card, principalmente após uma vitória naquelas partidas típicas que Andy Reid consegue perder – adversário de outra conferência, mais fraco e em casa. O objetivo de conseguir chegar na pós-temporada ainda está muito complicado e, talvez, o caminho mais fácil seja pelo título de divisão.

Não é porque é mais fácil que a tarefa é simples. Os Bucs precisam tirar um jogo de diferença dos Falcons e, como cada um ganhou um, torcer que Atlanta perca os jogos dentro da NFC South. Por causa disso a sequência do ano teria que ser quase perfeita e o time ainda enfrenta Seahawks e Cowboys. A tarefa será muito difícil.

11. Arizona Cardinals (4-5-1) (4%) -1

O tipo de derrota que afunda as chances de entrar via Wild Card na NFC. Jogando contra um adversário direto, era essencial vencer e entrar de vez na briga com as equipes da NFC East. Os Cardinals começaram muito bem, trabalhando o jogo terrestre e apostando em sua defesa contra um ataque extremamente deficitário. A partida estava disputada até os erros no Special Team e a espalhada de farofa de Carson Palmer.

Palmer, de longe, é o quarterback que mais regrediu no ano de 2016. Outrora candidato ao MVP, Palmer parece que sentiu a idade e vem falhando (ainda) mais em momento decisivos. Lançar uma pick six, na redzone do adversário, com o placar 13-10 foi a quebrada de pernas que sacramentou a vitória dos Vikings. A defesa de Minnesota continua atuando em alto nível e, mesmo assim, Palmer arriscou um passe despretensioso que implodiu todo o momentum dos Cardinals. De nada adianta um running back de qualidade, bons alvos, uma linha que vem fazendo um bom trabalho no ano se o quarterback espalha a farofa na hora H.

10. Carolina Panthers (4-6) (1%) +3

Uma vitória, aparentemente, muito tardia para as pretensões de Playoffs. O Wild Card da NFC neste ano está insano e as chances de entrar por lá são praticamente ínfimas. O que resta é a divisão e são dois jogos atrás dos Falcons que estão jogando muito melhor que os Panthers – e um recorde 1-3 dentro da divisão contra o 3-1 de Atlanta. A situação está realmente crítica e é muito difícil revertê-la. A reação teria que ser épica para chegar aos Playoffs.

9. Green Bay Packers (4-6) (7%)

No domingo nós cantamos a bola: o cobertor dos Packers é curto. E Dom Capers não percebeu isso, mandando blitzes atrás de blitzes (contra uma das melhores linhas ofensivas da NFL) e sendo queimado constantemente. Some isso ao fato de uma linha ofensiva inexperiente e um jogo terrestre inexistente e nem mesmo Aaron Rodgers jogando muito (que foi o caso do Sunday Night Football) vai conseguir compensar tantos erros.

Os Packers estão perdidos, a sequência é extremamente negativa e a tabela não facilita nenhum pouco. O jogo do Monday Night Football é criticamente decisivo para a tentativa de chegar na pós-temporada. A derrota vai significar uma distância de três jogos para o líder da divisão e (no mínimo) para o primeiro time do Wild Card – resumindo, praticamente sem chances de se classificar. Contra um front seven extremamente agressivo na semana que vem, os Packers vão precisar de mágica para fazer este ataque andar com esta linha ofensiva toda destruída.

8. Philadelphia Eagles (5-5) (19%)

A cada semana que passa os Eagles parecem mais e mais um time de recorde 8-8. Se ganhar de Seattle já é muito difícil, com Nelson Agholor falhando em se alinhar corretamente antes da partida torna-se impossível. Falta muito talento no ataque, um elenco de suporte apropriado para Carson Wentz, e a defesa não é tão de elite para compensar esta falta de playmakers.

Apesar disso, a sequência extremamente complicada passou e agora a tabela “só” fica meio complicada. São quatro jogos dentro de casa (a equipe está invicta), inclusive os três da divisão, e os dois fora são contra os Bengals e os Ravens – muito possível ganhar um deles. Por causa disso, ainda existe espaço para sonhar com a pós-temporada, visto que a franquia jogou de igual para igual contra todos os adversários da divisão fora de casa. Primeiramente, o jogo essencial para vencer será contra o Green Bay Packers nesta segunda. Como já falamos, quem ganhar não tem nada garantido, mas quem perder dá praticamente adeus às chances de Playoffs.

“PACKERS1"

7. Minnesota Vikings (6-4) (62%)

Quem apenas olha o placar acha que o ataque de Minnesota ressurgiu das cinzas. Nenhum pouco. A pick six de Xavier Rhodes (aliás, o que ele está jogando no ano não é brincadeira; nível de All-Pro) e o retorno de kickoff de Cordarrelle Patterson foram extremamente necessários para compensar o ataque capenga que a franquia possui no momento.

Para piorar a situação, Stefon Diggs (de longe o melhor wide receiver disponível) não deve enfrentar os Lions em uma partida que é extremamente decisiva– a primeira da sequência difícil que conta com Cowboys, Colts e Packers. A vitória é essencial para continuar na briga pelo título da divisão e não depender de um Wild Card cheio de times da NFC East – apesar de eles terem ganho dos Giants, o time com que devem disputar a seed #6.

6. New York Giants (7-3) (75%) -1

Este time dos Giants me lembra muito a equipe de 2011. Flashes do jogo terrestre. Flashes de pressão da linha defensiva e um trabalho excepcional contra o jogo terrestre adversário. Na temporada regular, um time quase unidimensional que fez o necessário para ir aos Playoffs e crescer muito de produção – até culminar na vitória contra os Patriots.

Este é o mesmo estilo de 2016. A tabela meio fraca, associada com a capacidade de Steve Spagnuolo de impedir touchdowns na redzone, fazem com que este recorde de 7-3 não relate todos os problemas da franquia. Extremamente unidimensional, o ataque deixa a desejar mesmo jogando contra uma defesa de Chicago que está entregue ao longo da temporada inteira. Apesar disso, os Giants continuam vencendo, o pass rush continua mostrando flashes nas partidas e o jogo terrestre, com Paul Perkins, continua aparecendo em alguns momentos críticos. É bem capaz dessa equipe chegar aos Playoffs desta maneira e voltar a crescer – tomando uma NFC que não tem nenhum grande favorito.

5. Detroit Lions (6-4) (54%) -1

Os Lions vivem perigosamente semana a semana – por isso eles estão em quinto lugar. A juventude da linha ofensiva é um dos grandes motivos desta inconsistência. Em alguns momentos da partida, a linha parece se desligar e o resultado é um ataque que fica estagnado – e dependente da defesa. Nos momentos em que ela volta a atuar em alto nível, o ataque volta a andar e Matthew Stafford faz miséria em campo.

E não seria diferente contra o Jacksonville Jaguars, que possui talento em sua linha defensiva e pressionou Stafford do início ao fim. Mesmo assim, Detroit conseguiu uma vitória importantíssima, principalmente com a derrota do Green Bay Packers. Este jogo do dia de Ação de Graças é extremamente importante para o futuro da NFC North. Uma vitória pode significar a consolidação do favoritismo para chegar ao título da divisão.

4. Washington Redskins (6-3-1) (66%) +2

A melhor decisão da vida de Kirk Cousins foi ter não reclamado da Franchise Tag em nenhum momento. No melhor estilo Rod Tidwell, ele apostou em si e, na intertemporada, vai receber um contrato realmente gordo – e muito merecido.

Muita gente fala na NFC East do ataque de Dallas e esquece o momento que este ataque de Washington está vivendo. Outrora inexistente, o jogo terrestre voltou a viver com as atuações do calouro Rob Kelley. Obviamente o trabalho de ressurgimento do jogo terrestre não é só por causa de Kelly. A linha ofensiva de Washington vem jogando em um altíssimo nível, comparável ao rival de divisão. Este trabalho ofensivo permite com que Cousins tenha muito mais tempo e paciência para trabalhar no pocket, resultando em um ataque explosivo e que esconde (um pouco) as deficiências defensivas – que Aaron Rodgers explorou incansavelmente e sucumbiu no final.

Esta fórmula não é exclusiva do Dallas Cowboys. Neste caso, muda-se a dependência do jogo terrestre para um sistema parecido com a West Coast Offense, cheia de passes curtos e explorando bolas em profundidade quando a defesa se aproxima da linha de scrimmage. Depois do início do ano devagar, Washington está pegando fogo.

3. Atlanta Falcons (6-4) (84%)

Uma bye week que serviu para entender o que aconteceu contra uma defesa que foi dominada pelos Seahawks.

2. Seattle Seahawks (7-2-1) (99%)

Pouca gente está prestando atenção, mas este time dos Seahawks está evoluindo muito durante a temporada. Com Russell Wilson ficando cada vez mais saudável, este ataque está virando um dos melhores da NFL, mesmo com uma linha ofensiva tão deficiente que possui um left tackle que não jogava de titular DESDE O ENSINO MÉDIO. Quer uma prova de como Wilson está destruindo em campo? Só ver a jogada do touchdown de Jimmy Graham.

Não tem como encurralá-lo. Defensivamente a franquia continua dominante, com o seu esquema não saindo de moda mesmo quando Kam Chancellor (que voltou na última semana) ou Earl Thomas (que se lesionou durante a partida) estão de fora. A intensidade é alta, assim como a vontade de parar o adversário. É o time que mais cresceu nas últimas semanas e se consolidou como o maior adversário dos Cowboys dentro da conferência.

1. Dallas Cowboys (9-1) (98%)

Jogando atrás do placar? Não tem problema, Dak Prescott consegue trabalhar o jogo aéreo muito bem. Jogando na frente? Melhor ainda. Os Cowboys vão correr até cansar e trabalhar as rotas curtas, cansando a defesa e mantendo o controle no relógio – e, ainda por cima, descansando sua defesa.

A franquia, a cada semana, demonstra uma outra maneira de ser vencedor que não seja confiando em uma defesa brilhante. É preciso criatividade defensiva para forçar turnovers, uma secundária que não tenha medo de atacar a bola e um ataque que consegue colocar qualquer adversário na roda. Independente do grande momento que o Seattle Seahawks vive, o Dallas Cowboys ainda é o melhor time da NFC.

POR DIVISÃO:

NFC East:

  1. Dallas Cowboys
  2. Washington Redskins
  3. New York Giants
  4. Philadelphia Eagles

NFC West:

  1. Seattle Seahawks
  2. Arizona Cardinals
  3. Los Angeles Rams
  4. San Francisco 49ers

NFC South:

  1. Atlanta Falcons
  2. Carolina Panthers
  3. Tampa Bay Buccaneers
  4. New Orleans Saints

NFC North:

  1. Detroit Lions
  2. Minnesota Vikings
  3. Green Bay Packers
  4. Chicago Bears

Comentários? Feedback? Siga-nos no twitter em @profootballbr e curta-nos no Facebook.

Quer uma oportunidade para assinar nosso site? Aproveita, R$ 9,90/mês no plano mensal, cancele quando quiser! Clique aqui para assinar!
“odds