Power Ranking, AFC: Steelers crescendo na hora certa?

Antonio Brown não esteve em campo. Ben Roethlisberger, machucado. Le’Veon Bell, há muito já não estava podendo jogar. O plantel ofensivo do Pittsburgh Steelers no jogo de playoff contra o Denver Broncos no ano passado não era aquele que o torcedor queria. Lesões, cabeçadas de Vontaze Burfict e o azar fizeram com que os Steelers não estivessem com força máxima.

2016 repetiu essa história em alguma parte, sobretudo no que diz respeito ao tanque de guerra que atende pelo nome de Ben. O camisa 7 perdeu partidas neste ano mas está, minimamente, inteiro para a pós-temporada. Os Steelers ainda não estão garantidos lá – a partida do dia 25 de dezembro, um natal com clima de muita amizade e fraternidade com os Ravens, deve definir a AFC North. É verdade: o time teve altos e baixos. A derrota para os Dolphins quando ninguém acreditava em Miami. A derrota para Philadelphia, na qual o time marcou apenas 3 pontos. Mas agora, em dezembro, os Steelers voltam à liderança de seua divisão e dependem só de si para sediar um jogo de pós-temporada em janeiro.

Sabendo que os Steelers cheguem completos, a história será diferente daquela que vimos ano passado? Le’Veon Bell continuará jogando em alto nível? Será que Pittsburgh, como pensávamos na intertemporada, era o time capaz de bater New England?

Seja como for, a pós-temporada da Conferência Americana pode reservar surpresas. As perguntas vão começando a surgir e a pós-temporada se avizinha com pelo menos metade de seus protagonistas já definidos.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência.

A AFC é dividida assim para nossos redatores: West, Eduardo Miceli; North, Gabriel Moralez; South, João Henrique Macedo; East, João Maurício. Ao final do texto também está a classificação por divisão que não reflete os standings da NFL, mas a ordem do PR. Também colocamos as chances de Playoffs (em porcentagem e entre parênteses) com os dados do Playoff Status.

  • Quem subiu: Steelers, Texans e Bills
  • Quem caiu: Broncos e Colts
  • Virtualmente eliminado: Chargers
  • Virtualmente classificado: Patriots, Raiders, Chiefs
  • Matematicamente eliminado: Jets, Jaguars, Browns
  • Matematicamente classificado: ninguém
  • Maior Queda: Broncos, Colts (-2)
  • Maior Subida: Steelers (+2)
  • Bye Week: Ninguém

16- Cleveland Browns (0-13) (Matematicamente Eliminado)

O Cleveland Browns está eliminado da temporada 2016. Com efeito, não temos mais parágrafos sobre para não chover no molhado

15- New York Jets (4-9) (Matematicamente Eliminado)

O New York Jets está eliminado da temporada 2016. Com efeito, não temos mais parágrafos sobre para não chover no molhado

14- Jacksonville Jaguars (2-11) (Matematicamente Eliminado)

O Jacksonville Jaguars está eliminado da temporada 2016. Com efeito, não temos mais parágrafos sobre para não chover no molhado.

13- San Diego Chargers (5-8) (Virtualmente Eliminado, menos de 0,1% de chance)

O San Diego Chargers está virtualmente eliminado da temporada 2016. Com efeito, não temos mais parágrafos sobre para não chover no molhado.

12- Cincinnati Bengals (5-7-1) (0,1%) –

A vitória diante dos Browns manteve Cincinnati com remotíssimas chances de playoff, mas sejamos francos: a equipe está mais na fase The Walking Dead do que qualquer coisa. Para ir à pós-temporada, os Bengals precisam vencer seus três compromissos finais e torcer para combinações irreais de resultado acontecerem – resumindo, todo mundo na sua frente deve perder todos os jogos. Não aposte nisso.

A única motivação ainda existente para o time na temporada é vencer Pittsburgh na semana 15 e atrapalhar a vida do seu maior desafeto. Entretanto, um triunfo ajudaria Baltimore, outro rival de divisão que Cincinnati odeia. Não deve ser nada fácil torcer pelos Bengals em 2016. 

11- Indianapolis Colts (6-7) (2%) -2

Na semana passada, dissemos aqui que os Colts poderiam ganhar dos Texans, desde que Andrew Luck jogasse bem. Depois de duas interceptações e um fumble do quarterback de Indianapolis, o resultado não poderia ser mesmo outro: derrota e uma grande distância da vaga aos playoffs.

Tendo perdido os dois jogos contra os Texans na temporada, os Colts agora dependem de derrotas dos rivais para seguirem sonhando com o título da divisão. Ainda mais difícil, a equipe precisa vencer seus jogos. Neste próximo domingo, a equipe vai até Minnesota enfrentar a forte defesa dos Vikings, que por sua vez também precisam da vitória. Mais uma vez, o peso recai sobre os ombros de Luck. Veremos o que o quarterback dos Colts poderá fazer.

10- Buffalo Bills (6-7) (2%) +1

Alguém anotou a placa daquele running back? Le’Veon Bell atropelou a defesa dos Bills, conquistando 236 jardas e três touchdowns terrestres, além de 62 jardas de recepção. E não adianta por a culpa na neve que cobria o gramado. LeSean McCoy estava jogando no mesmo campo e não conquistou nem 30 jardas correndo com a bola. Ainda que o resultado tenha sido esperado, a maneira como se deu foi uma verdadeira ducha de água fria nos entusiastas dos Bills e levantou sérias dúvidas a respeito da viabilidade futura de Rex Ryan como head coach da equipe.

Com confrontos contra Browns, Jets e um Miami Dolphins desprovido de seu quarterback titular restando no calendário dos Bills, ainda não chegou a hora de eliminarmos o time de Buffalo dos nossos Power rankings. Mas este momento não parece estar muito longe.

9- Houston Texans (7-6) (79%) +1

Em uma partida que era fundamental para as perspectivas dos Texans na temporada, a equipe conquistou uma grande vitória sobre os Colts, em Indianápolis. Nesta vitória, os Texans utilizaram a fórmula que mais deu certo para a equipe ao longo de toda a temporada: jogo corrido e defesa. Com destaque para a performance do defensive end Jadeveon Clowney, a defesa dos Texans conseguiu gerar três turnovers, evitando que o jogo tivesse que ser decidido por Brock Osweiler.

Na semana 15, os Texans recebem o Jacksonville Jaguars, no que deve ser um jogo sem maiores problemas para a equipe (ou melhor, tem que ser, para se manter na briga pelo título da divisão). Nesse momento, mesmo atrás no ranking, talvez os Texans tenham chance maior de ganhar a AFC South do que o Tennessee Titans, que tem jogos restantes mais difíceis do que os de Houston. 


“RODAPE"

8- Tennessee Titans (7-6) (23%) +1

Os Titans conquistaram uma vitória fundamental na disputa pelo título da AFC South. Diante da poderosa defesa do Denver Broncos que, conforme esperado, deu muito trabalho ao ataque dos Titans, a equipe do técnico Mike Mularkey respondeu com a sua própria defesa. Com uma performance no melhor estilo “enverga mas não quebra”, os Titans cederam muitas jardas aéreas, mas compensaram gerando dois turnovers. No fim das contas os Broncos só marcaram 10 pontos e Tennessee segue na liderança da divisão. 

Com uma campanha igual à do Houston Texans, os Titans precisam manter o nível de atuações, particularmente neste próximo domingo, em que a equipe enfrenta, fora de casa, o Kansas City Chiefs. Jogo difícil, mas importantíssimo para Tennessee, que quer continuar vivo até a possível “decisão” da divisão, contra Houston na semana 17.

7- Miami Dolphins (8-5) (40%) –

A rodada trouxe emoções mistas para os torcedores do Miami Dolphins. Por um lado, eles viram seu time novamente sair com a vitória contra um oponente mais fraco e, de quebra, curtiram as derrotas de Broncos e Ravens, que facilitaram o caminho dos Dolphins na briga pela segunda vaga de wild card da AFC. Infelizmente, tudo isto veio acompanhado da notícia de que Ryan Tannehill lesionou seu joelho e vai ficar de fora de – pelo menos – o restante da temporada regular.

Matt Moore assumiu a posição de quarterback titular – que já foi sua na distante temporada de 2011 – e a boa notícia é que ele terá um fácil confronto contra o New York Jets para entrar novamente em ritmo de jogo. 

6- Denver Broncos (8-5) (38%) -2

Posso copiar e colar o que escrevi semana passada? Mais uma semana de um time de duas faces. Uma defesa sólida e um ataque que segue anêmico – em tempo, o pass rush dos Broncos parou em Taylor Lewan esta semana. Verdade seja dita, a secundária do Tennessee Titans não é exatamente a do Seattle Seahawks, e mesmo assim Trevor Siemian só foi anotar pontos a 10 minutos do final. 

O resultado 13 a 10 sugere um jogo mais parelho do que foi: a tônica da partida foi Marcus Mariota controlando a vantagem com ajuda do jogo terrestre enquanto o ataque dos Broncos não conseguia criar muita coisa – fumbles de Justin Forsett e A.J. Derby certamente não ajudaram. Agora 8-5, a vaga na pós-temporada ainda seria do Denver Broncos. Mas é a última gordurinha que deu pra queimar para os atuais campeões do Super Bowl.

5- Baltimore Ravens (7-6) (30%) –

Uma das maiores verdades da vida é que não existe jogo ruim quando Ravens e Patriots se encontram. Após ser dominado por todo o primeiro tempo, Baltimore forçou dois turnovers no terceiro quarto, ensaiou uma reação e quase conseguiu uma virada incrível em New England. O principal defeito da equipe durante a derrota foi algo já bastante conhecido: a ausência de ataque terrestre. Foram apenas 14 carregadas e 42 jardas pelo chão – em compensação, Joe Flacco lançou 52 passes. Nessas ocasiões em que o ataque é tão desbalanceado o time não costuma ter muito sucesso.

Uma derrota diante dos Patriots, ainda mais fora de casa, nunca é motivo para desespero, embora o resultado negativo tenha feito Pittsburgh ultrapassar os Ravens na disputa pelo título de divisão. Julgando que vença os Eagles no próximo domingo, Baltimore terá a chance de retomar a liderança na semana 16, quando visitará os Steelers.

4- Pittsburgh Steelers (8-5) (87%) +2

É possível enxergar a vitória de Pittsburgh sobre os Bills de duas maneiras. O copo meio cheio foi a atuação histórica de Le’Veon Bell. Não é todo dia que alguém termina uma partida com quase 300 jardas totais e três touchdowns – Bell fez a alegria e causou pesadelos em centenas de jogadores de fantasy. Já o copo meio vazio foi mais uma performance ruim de Ben Roethlisberger fora de casa. Longe do Heinz Field, o quarterback soma oito touchdowns, oito interceptações e um rating de 81,07 em 2016.

Seja você um otimista ou um pessimista, o fato é que, ajudados pela derrota de Baltimore, os Steelers assumiram a ponta na AFC North. Outra notícia boa: a franquia, em teoria, terá um calendário mais simples do que o concorrente até o final do ano, inclusive fazendo dois jogos em casa – um deles contra os próprios Ravens, na semana 16.

3- Oakland Raiders (10-3) (99%) –

Tudo que poderia ter dado errado para o Oakland Raiders deu. Frio, Derek Carr ainda só jogando do shotgun, Kelechi Osemele fora, viagem longa para Missouri. Tudo conspirou contra os tricampeões do Super Bowl, e isso refletiu no campo. 

É para encarar como um ponto fora da curva? Certamente é a melhor opção. Mas não é para simplesmente não aprender nada da derrota. A secundária ainda é frágil, e isso pesa muito. Agora é torcer para os Chiefs tropeçarem várias vezes para reconquistar a vantagem de decidir em casa na pós-temporada – o que já é uma probabilidade remota a essa altura do campeonato. 

2- Kansas City Chiefs (10-3) (99%) –

Uau, vocês já viram o Alex Smith jogar daquele jeito? O camisa 11 entrou pegando fogo na crucial partida contra o Oakland Raiders, encontrando o calouro Tyreek Hill em duas rotas que queimaram a secundária dos Raiders. Tudo bem que no segundo tempo ele diminuiu o ritmo – inclusive sendo interceptado e sofrendo o fumble. Mas aí a defesa assumiu a responsabilidade e não deixou o explosivo ataque dos Raiders explodir.

Vitória determinante para os Chiefs na temporada. Agora 2-0 em cima dos rivais do Oakland Raiders, ficou difícil tirar a home field advantage do time do Missouri (sim, existe uma Kansas City no Missouri e o time fica lá e não na Kansas City do outro lado da fronteira, no Kansas). A máquina está engrenada e vai ser difícil frear o time – especialmente se Alex Smith acertar esses passes para mais de 20 jardas com mais frequência. 

1- New England Patriots (11-2) (99,9%) –

Os Patriots conseguiram uma impressionante vitória sobre o Baltimore Ravens no Monday Night Football. O ataque, conduzido com maestria por Tom Brady, produziu 496 jardas totais contra a (então) defesa que menos cedia jardas em toda a NFL. A defesa fez sua parte, mas os Ravens conseguiram encostar no placar graças a duas falhas monumentais dos special teams.

Os Patriots continuam sendo a melhor equipe da AFC e um time que cresce nos momentos de pressão, mas talvez Bill Belichick queira dar uma atenção especial ao seu time de especialistas nos treinos das próximas semanas…


“RODAPE"

Por divisão:

AFC East:

  1. New England Patriots
  2. Miami Dolphins
  3. Buffalo Bills
  4. New York Jets (já eliminado)

AFC North

  1. Pittsburgh Steelers
  2. Baltimore Ravens
  3. Cincinnati Bengals
  4. Cleveland Browns (já eliminado)

AFC South:

  1. Tennessee Titans
  2. Houston Texans
  3. Indianapolis Colts
  4. Jacksonville Jaguars (já eliminado)

AFC West:

  1. Kansas City Chiefs
  2. Oakland Raiders
  3. Denver Broncos
  4. San Diego Chargers (virtualmente eliminado)

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