O Pro Bowl é um concurso de popularidade, não uma seleção pura de melhores jogadores

Amari Cooper, Antonio Brown, Marshal Yanda, Tom Brady, Derek Carr, Julio Jones, Matt Ryan, Aaron Donald, Janoris Jenkins: todos nomes que estão, merecidamente, na lista do Pro Bowl.

Outros faltaram. Sem dúvida faltaram. Antes de mais nada, contexto.

Não é todo mundo que sabe o que é o Pro Bowl, então lembramos: é o jogo das estrelas da NFL. O “colégio eleitoral” é formado, também, por voto popular. E… Bem, este talvez seja o problema muitas vezes neste caso. Caso queira acompanhar lendo, aqui a lista completa por conferência.

Claro: eu gosto da democracia, ela é essencial no nosso modo de vida moderno. Mas uma coisa é a democracia como forma de governo, o voto popular para escolher o dirigente de uma nação. De todas as formas possíveis, por mais defeitos que existam, é a melhor.

Agora, para escolher uma seleção que muitas vezes recebe o rótulo de “melhores jogadores da NFL”… Bom. Talvez o mais correto seja “seleção dos jogadores mais populares da NFL”. Aí faria sentido. Digo isso por conta as injustiças que ocorrem a cada ano. Jogadores que estão voando mas que fazem parte de times em mercados consumidores menores. Ou de times que não tem apelo nacional, como Cowboys, Packers, Patriots e Steelers.

Os exemplos de injustiça ocorrem a todo ano e alguns, pessoalmente, me incomodaram.

Já sei, você vai falar de Cairo Santos

Nah, pelo contrário. Se Cairo estivesse representado como kicker da Conferência Americana no lugar de Justin Tucker, aí eu colocaria aqui como uma escolha por popularidade e não como ele sendo melhor que Tucker. Até porque, convenhamos, Justin é praticamente um ET – ele errou o primeiro field goal da temporada, bloqueado, apenas contra os Patriots na semana passada.

Digo de outros exemplos, notoriamente de mercados consumidores menores. Aaron Rodgers vem com uma sequência boa e Dak Prescott é o quarterback sensação da temporada. Mas será que eles merecem mais do que Matt Stafford e Drew Brees? Ou será que o fato de Stafford jogar em um mercado consumidor menor (Detroit) e ter jogado em menos partidas de horário nobre acabou deixando ele de fora?

Há outro exemplo bom nesse quesito. Com todo respeito a Joe Thomas, mas num time com nenhuma vitória na temporada, a escolha dele faz mais sentido do que a de Jack Conklin? O tackle do Tennessee Titans (e a linha que abre espaço para Murray e Henry, como um todo) é absurdamente subestimada. Ao menos o mais veterano, Taylor Lewau, entrou na lista.

Poderíamos ficar até amanhã aqui nos indagando o porquê de dado jogador ter entrado e dado jogador não ter entrado. Eric Weddle fora é outro exemplo notório.

Mas, no final das contas, a conclusão que chego é que o Pro Bowl é mais um concurso de popularidade do que uma lista de melhores jogadores da temporada. Não que eu vote nela e nem que eu esteja sendo corporativista, mas, nesse sentido, os All-Pro da Associated Press são mais coesos como “seleção” e mais “puros” no que tange ao cara simplesmente ser bom e melhor que seus pares. Não por ele ser uma seleção da imprensa, mas porque o fator “mercado consumidor menor” não é levado em conta. Quem joga bem o faz em qualquer lugar – e muitas vezes longe dos olhos da maioria do público.

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