Quem será o técnico dos Rams em 2017?

A menos que você tenha passado os últimos 12 dias em Marte, você já deve saber que os Rams demitiram Jeff Fisher. Após quase cinco anos de decepções, records 7-9, desempenhos abaixo da média e nenhuma ida aos playoffs, a equipe rompeu relações com o head coach, embora há algumas semanas tenha anunciado que ficaria com ele até 2018 – Padrão Campeonato Brasileiro de Gestão Esportiva.

A derrota em casa diante dos Falcons por 42 a 14 acabou de vez com a imensa, gigantesca, descomunal, faraônica, enorme e nababesca paciência do front office de Los Angeles.

A demissão de Fisher abriu uma vaga de trabalho muito interessante na NFL. Sim, o novo treinador não contará com escolhas de 1ª e 3ª rodada no Draft 2017 por conta da lambança troca que os Rams fizeram por Jared Goff, logo ele terá mais dificuldades para montar um time com a sua cara em curto prazo. Isso sem dúvida é um ponto negativo. Entretanto, Los Angeles já possui um elenco qualificado e com alguns bons jovens jogadores como Aaron Donald, Alec Ogletree, Todd Gurley etc. O futuro técnico não irá pegar uma terra completamente arrasada e nem precisará começar tudo do zero, ao contrário da situação que Hue Jackson encontrou em Cleveland, por exemplo.

Sobre o perfil a ser buscado, a expectativa é que a franquia contrate alguém com mentalidade ofensiva, pois Fisher era um treinador com tendências quase totalmente defensivas e, bem, deu no que deu – nos últimos anos, os Rams ficaram sempre entre os piores ataques da liga. Ademais, o novo head coach terá como uma de suas principais missões a obrigação de lapidar o talento de Jared Goff, fazendo com que o quarterback atinja seu potencial máximo, ou seja, aquele que o fez ser a primeira escolha geral do Draft 2016.

Muitos nomes foram especulados como possíveis candidatos à vaga. Neste texto vamos apresentar alguns deles e analisaremos quais fazem mais sentido, porém não arriscaremos palpites, mesmo porque Los Angeles não deverá negociar com quem já estiver empregado pelo menos até o fim da temporada regular. Confira.

Josh McDaniels – coordenador ofensivo, New England Patriots

McDaniels tem tudo para ser o Adam Gase de 2016 – lembra como todo mundo queria o ex-coordenador ofensivo dos Bears no ano passado, até que ele finalmente assinou com os Dolphins? Josh tem uma larga trajetória de sucesso comandando o ataque de New England, tendo ocupado o posto entre 2006 e 2008 e, mais recentemente, desde 2012. Sob sua tutela, o ataque da franquia sempre fica entre os melhores da liga.

Talvez agora você esteja pensando: “É, mas com o Tom Brady de quarterback até eu”, contudo, por exemplo, não podemos simplesmente esquecer como Jimmy Garoppolo jogou bem durante a ausência Brady. Isso com certeza também é mérito de McDaniels (e não apenas de Belichick), merece ser levado em conta e revela a qualidade do treinador como mente ofensiva.


“RODAPE"

Por outro lado, duas coisas pesam contra Josh. Em primeiro lugar, ele já teve uma experiência malsucedida como head coach na NFL: entre 2009 e 2010, somou 11 vitórias e 17 derrotas com os Broncos – foi nessa passagem que ele draftou Tim Tebow na primeira rodada. Além disso, McDaniels já foi coordenador ofensivo dos próprios Rams e o resultado foi desastroso. Em 2011, o time foi o pior da liga no quesito pontos por partida (12,1) e o segundo pior em média de jardas (283,6).

Kyle Shanahan – coordenador ofensivo, Atlanta Falcons

Kyle, filho do famoso técnico Mike Shanahan, ocupa regularmente cargos de coordenador ofensivo desde 2008, já tendo passado por Texans, Redskins, Browns e Falcons. O auge de sua carreira está acontecendo agora em 2016, por isso ele é um nome tão quente no mercado e provavelmente terá sua primeira oportunidade como head coach em breve.

Sob seu comando, o ataque de Atlanta é o mais prolífico da NFL em pontos por partida (33,5) e o quarterback Matt Ryan está vivendo uma temporada digna de MVP. Shanahan é muito elogiado pelo esquema ofensivo criativo e eficiente implantado na equipe, o qual fez Ryan voltar aos seus melhores dias – justamente algo que falta aos Rams.

Jon Gruden – ex-treinador e atual comentarista da ESPN norte-americana

Sempre que algum técnico perde o emprego na NFL o nome de Gruden volta à pauta. Entretanto, parece que dessa vez os rumores são um pouco mais fundamentados. Muitos analistas já começaram a especular e de acordo com Charles Robinson, do site Yahoo, Jon é o principal nome na lista de Los Angeles e a franquia irá se encontrar com ele para conversar sobre o emprego.

A questão é que Gruden deixou de ser treinador há oito anos, quando saiu de Tampa Bay. Desde então, ele só comenta futebol americano na ESPN norte-americana. Trazê-lo de volta obviamente envolverá riscos e problemas de readaptação, embora a recompensa também possa ser alta, dado o seu histórico de sucesso – incluindo um anel de Super Bowl conquistado. Afinal de contas, a NFL atual não é como a NFL de 10 anos atrás.

Ademais, Jon tem a fama de ser um guru de quarterbacks experientes. Sempre foi sabido que Gruden não tinha paciência para lapidar calouros, ensinar-lhes o que é preciso para ser bem sucedido no nível profissional e etc. Isso, além de Gruden parecer feliz na ESPN, é algo que pesa contra.

Jim Harbaugh – head coach, Michigan

Após ter seu nome ligado aos Rams logo em seguida à demissão de Fisher, Harbaugh afirmou que isso não passa de mentiras inventadas pelos inimigos de Michigan. Peter King, do site MMQB, também cravou que Harbaugh não deixará a universidade depois de apenas dois anos de trabalho.

Stop trying to make Jim Harbaugh happen. It’s not going to happen. Os motivos são simples e diretos. Jim jogou em Michigan nos anos 80. É a alma mater dele. Harbaugh simplesmente não vai tocar o dane-se e abandonar um dos lugares que ele mais ama no mundo.

Pete Carroll – head coach, Seattle Seahawks

Só Deus porque Pete Carroll também foi especulado nos Rams. Ele já tratou de deixar claro que não está de saída dos Seahawks.

Mike Shula – coordenador ofensivo, Carolina Panthers

Antes de se tornar coordenador ofensivo dos Panthers, Mike Shula era famoso por duas coisas: ser filho de Don Shula e ter sido o antecessor de Nick Saban em Alabama. Hoje, Mike já ganhou bastante respeito no círculo de treinadores da NFL, sobretudo após 2015, quando ajudou Carolina a ter um dos melhores ataques da liga e Cam Newton a vencer o prêmio de MVP.


“RODAPE"

A temporada ruim dos Panthers em 2016 pode ter esfriado um pouco o desejo por Shula, porém seu nome será lembrado pelos times necessitando de novos treinadores. Um ponto positivo é que seu esquema ofensivo é bastante focado no jogo terrestre, algo interessante para reacender a carreira de Todd Gurley.

Sean Payton – head coach, New Orleans

Segundo outras informações apuradas por Charles Robinson, Los Angeles também tem interesse em Sean Payton. Junte a isso a notícia de que New Orleans estaria disposto a liberar o treinador sem pedir muito em troca, e teremos a receita perfeita para uma bela especulação.

Se quiser adquirir uma grande mente ofensiva e ao mesmo tempo atrair todos os holofotes para si na intertemporada, uma troca por Payton seria o ideal para os Rams. O problema é que o treinador chegará depois de três anos ruins com os Saints e, além disso, no time da Califórnia não tem Drew Brees.

David Shaw, head coach Stanford

Shaw fez questão de afirmar diversas vezes que por ora não tem interesse de treinar uma franquia da NFL, mas ainda assim seu nome continua sendo cogitado nos Rams. David trabalha em Stanford desde 2007, primeiro como coordenador ofensivo e, depois da saída de Jim Harbaugh, como técnico principal. Foi eleito três vezes o treinador do ano da conferência Pac-12 e conquistou dois Rose Bowls. Sua filosofia ofensiva é focada em um jogo terrestre forte e dominante.

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