Promessa de muitos pontos no duelo decisivo entre Packers e Lions

A Semana 17 traz consigo o apagar das luzes da temporada regular da NFL. Para nosso lamento, vinte equipes se despedem de 2016 e preparam os motores para 2017. Outras 12, por outro lado, brigam até a última gota de suor pelo sonho do Super Bowl.

Neste ano, a AFC já está com seus participantes definidos. Basta agora acompanharmos quem vai terminar em qual posição. Já na NFC, duas vagas permanecem abertas; uma de wild card e a do título da NFC North. Com o Sunday Night Football entre Detroit Lions e Green Bay Packers, o vencedor leva a divisão, e o perdedor, se o Washington Redskins vencer o New York Giants, fica fora da pós-temporada. Não há peso maior para uma partida de temporada regular do que este.

Dá para parar o Aaron Rodgers? 

Inacreditavelmente, há algumas semanas atrás muitos questionavam o que estava errado com Aaron Rodgers. Pois bem, se havia algo errado – particularmente, entendi sempre como um problema sistêmico e não do camisa 12, em momento algum -, esse algo foi embora. Desde a Semana 11, são cinco vitórias consecutivas, batendo duros rivais defensivos, como os Eagles, Texans, Seahawks e Vikings. A pergunta que não quer calar: o Detroit Lions se portará, do lado defensivo da bola, melhor que estes últimos adversários?

Para chegar neste nível, o time de Michigan precisará atingir um nível de jogo que não teve durante toda a temporada – ou na primeira partida contra os rivais, na Semana 4. Aaron Rodgers passou para quatro touchdowns, com um passer rating de 146.1 no pocket limpo. O que nos leva ao que deve ser feito pelos Lions: criar pressão em cima do camisa 12 – e, sinceramente, talvez nem assim.

Eu gosto de imaginar que um quarterback no nível profissional, com o devido tempo no pocket conseguirá ser bem sucedido mais vezes do que mal sucedido em punir a secundária. Se protegido, um signal caller deve ser apto a encontrar seus recebedores, fazendo a progressão e colocando a bola onde ela deve ir. É o caso de Dak Prescott, que por méritos próprios e de sua proteção, parece um quarterback em seu quinto ano de carreira, não um calouro.

Se Dak Prescott faz isso com um pocket limpo, quem dirá o hall of famer Aaron Rodgers. Mesmo em situações de pressão, o camisa 12 do Green Bay Packers consegue um passer rating de 90.8 – a título de comparação, é maior que o geral de Jameis Winston, Eli Manning, Carson Palmer e Alex Smith. Ou seja, pressionado, Aaron Rodgers é tão eficiente quanto esses quarterbackem todas as situações somadas.

Essa expressiva estatística diz bastante sobre a capacidade de Rodgers em conduzir a equipe durante a adversidade. Há poucos – quiçá nenhum – quarterback com tanta awareness, isto é, uma percepção tão boa quanto o camisa 12 no pocket. Com um trabalho de pés que, honestamente, não há igual, sua movimentação pululante sob pressão manipula o pass rush, que vê o signal caller dissecar a defesa e tenta ajustar a forma de atacá-lo. Rodgers, naturalmente, se adapta e castiga a defesa, seja com as pernas, seja achando aquele wide receiver aberto. Em situações de pressão, muitos quarterbacks apenas desistem de ler o jogo e escapam do pocket. Aaron Rodgers não o faz, apenas quando não há opção antes do sack.

Eu sei, eu deveria estar falando se é possível parar Aaron Rodgers. Acredito que esses elogios falam por si só. O que o Detroit Lions deve fazer é apresentar um nível de defesa que não apresentou a temporada inteira para frear um ataque comandado pelo, provavelmente, melhor quarterback em atividade da NFL, e em grande fase. Outras defesas mais qualificadas não o fizeram. Qual o alento, então, para o Detroit Lions?


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Futebol americano: ganha quem faz mais pontos

A obviedade acima é para destacar o seguinte: o Detroit Lions precisa explorar seu potencial ofensivo. Matthew Stafford, em sua temporada digna de conversa para MVP, foi a marca dessa equipe, que mesmo com dificuldades no jogo terrestre, conseguiu conquistar uma pá de vitórias em momentos difíceis.

Mais importante que isso, o ataque dos Lions precisa aproveitar o talento dos seus recebedores em cima do matchup favorável contra a frágil secundária do Green Bay Packers, que tem batido cabeça (por vezes literalmente).

Esse é o caminho da vitória para o Detroit Lions. A defesa da equipe não precisa (e dificilmente conseguirá) frear o Aaron Rodgers. O que precisa ser feito, na verdade, é alternar os sucessos do camisa 12 com punts, e capitalizar em cima das bolas devolvidas, explorando os matchups de Golden Tate em cima de Quinton Rollins, aproveitando as rotas médias e curtas de Eric Ebron no espaço entre os inside linebackers e os safeties.

O que sabemos de antemão é que será um jogo de muitos pontos. Quem aproveitar o maior números de oportunidades ofensivas, vencerá o jogo – mais uma obviedade, mas que deve ser levada para um lado de “perfeição” e “execução” de plano de jogo. Os erros numa eventual terceira descida podem parecer algo eventual e natural, mas um punt a mais ou a menos podem ser o fiel da balança nessa decisiva partida da Semana 17.

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