O Wild Card Round este ano é um ótimo argumento para não haver mais times nos Playoffs

Toda temporada é a mesma coisa: por pior que tenha sido seu time no ano passado, algumas equipes muitas vezes estão a uma peça de encaixar para ir longe. Afinal de contas, você acreditaria que o Dallas Cowboys sairia de pior time da NFC East a melhor após as adições de Dak Prescott e Ezekiel Elliott? Fora os torcedores, possivelmente a maior parte dos fãs de futebol americano acreditavam que com Tony Romo se machucando a temporada iria junto para a injury reserve. Não foi.

Tampouco aconteceu com a lesão de Kelvin Benjamin antes da temporada de 2015. Praticamente ninguém fora a torcida de Carolina poderia acreditar que os Panthers fariam 15-1 na temporada regular. O mesmo vale para o Arizona Cardinals de 2008 ou para o New York Giants de 2007. Temporadas de cinderella acontecem.

E é para valorizar justamente isso que os playoffs estão ideais do jeito que estão agora. Aliás, não só por isso.

O Wild Card Round de 2016-2017 foi péssimo – e pedimos desculpas por isso

Os avanços na tecnologia e na medicina esportiva fizeram com que jogadores cada vez mais fortes e rápidos fossem tão comuns quanto um prato de arroz de feijão na casa da avó. A consequência direta disso são pancadas fortes em corpos que não foram “projetados” biologicamente para isso. Não assusta a quantidade de quarterbacks machucados nesta reta final de temporada.

O Wild Card Round começou na Conferência Americana com dois reservas – Cook, Osweiler – e terminou com outro indo mal fora de casa – Moore. Esta foi uma das histórias da primeira rodada dos playoffs neste ano. História esta que terminou na disparidade gigantesca testemunhada por vocês.

Embora pareça que estou reclamando à toa, há dados que compravam como os jogos… Tiveram cara de Thursday Night Football. A margem de vitória média de 19 pontos: o Wild Card Round de 2016-2017 foi a primeira rodada de playoff mais desequilibrada desde 1981. E não é como se os dois últimos anos tivessem sido tão fora de série em termos de jogos bons. Tivemos um Chiefs 30 @ 0 Texans no ano passado, um Bengals 10 @ 26 há dois anos atrás. Claro: 2016 foi fora da curva, muito por conta das “fatalidades” com os quarterbacks titulares – não dá pra chamar de outra coisa uma lesão season ending com Derek Carr sendo que a OL dos Raiders era a que menos tinha cedido sacks na liga.

Mesmo esse fora da curva, esse contexto todo nos leva a um ponto: por mais que você tenha chateado que seu time tenha ficado na “bolha” – ou seja, em sétimo na conferência – a adição de mais times nos Playoffs seria prejudicial para o nível técnico dos jogos. Mais lhes aproximando de temporada regular – ou de um jogo de horário nobre de temporada regular – do que do Divisional Round. E como tio Aristóteles nos ensinou há mais de dois mil anos, o meio termo é o melhor caminho.

Claro: torcedores de times que ficaram fora dos playoffs vão me xingar. Eu xingaria também – poucas coisas doem mais do que o sonho terminando na última semana da temporada regular. Mas no final das contas, pensando no público como um todo – e em como a pós-temporada deve ser algo acima da média para coroar os 5 meses anteriores – é melhor manter 12 no total. Muitas vezes, menos é mais.

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