O meio de fevereiro costuma ser uma época pouco agitada para a NFL – vide que, mesmo já podendo colocar a franchise tag, as equipes costumam esperar até o final do mês. Já no futebol americano nacional, a quinta-feira foi marcada por novidades.
Conforme antecipou o Blog Touchdown, desde outubro do ano passado as conversas para mudanças já haviam sido iniciadas. Esta ideia já era um desejo antigo da confederação, que se dedicará exclusivamente à fomentação do esporte, além do Brasil Onças (a seleção nacional). Com isso, o campeonato passa a funcionar no sistema de liga, gerido pelos times e não pela CBFA. Isso daria total autonomia para as conferências organizarem tabelas e formatos de disputa na sua região. Num país com dimensões continentais como o Brasil, realmente é a melhor saída no que tange à logística de um esporte cujo custo operacional é altíssimo no nível amador.
Ainda segundo o Touchdown, no lançamento da Superliga, ano passado o presidente da CBFA, Guto Sousa, já havia afirmado o desejo de fomentar a criação de uma liga independente, para que os clubes pudesse se auto-gerir, citando, inclusive, exemplos bem sucedidos como a NFL, NBA e até o Novo Basquete Brasil (NBB).
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Novo nome segue exemplo de outras ligas internacionais
O nome “BFL – Brazilian Football League” foi escolhido de maneira a espelhar o que outras ligas no mundo – notoriamente Canadá, Alemanha e etc – fazem: um nome que lembre a maior liga de futebol americano do mundo, a NFL. Como a ideia de liga será adotada, após cobrir as despesas do campeonato, como arbitragem, transporte e etc, todos os valores destinados aos clubes seriam divididos igualmente.
No que se refere ao formato de disputas, a tendência é que os moldes da Superliga Nacional 2016 seja mantidos, com conferências regionalizadas e seus campeões disputando os playoffs nacionais. O esquema de descenso e acesso, idem. A cereja do bolo, porém, estaria no Brasil Bowl, a final da competição. Segundo apurado, seria um evento como jamais foi visto no país.
Ainda não há informações quanto a eventual transmissão na TV e as informações sobre o assunto continuam desencontradas. Embora boatos de que o Esporte Interativo ou o Grupo Globo esteja envolvido, não há qualquer confirmação de nenhuma das entidades envolvidas. O nome “BFL – Brazilian Football League” foi registrado pelo Grupo Globo em 2006 (muito provavelmente, presume-se, com o intuito de vender as transmissões do Campeonato Brasileiro de futebol para o exterior). Isto não quer dizer, com efeito, que exista com certeza ligação entre a Globo e a organização do certame.