5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara.
Nesta semana, o destaque fica por conta do excelente trabalho de Sean Payton, treinador do New Orleans Saints, fazendo com que sua defesa seja chave na manutenção dos bons resultados. Além disso, como a ausência de um coordenador defensivo vem pesando no Tennessee Titans e muito mais.
1. Sean Payton, gênio também defensivo
Por anos, Sean Payton foi tratado como uma grande mente ofensiva que, com seu sistema simples, porém muito efetivo, potencializava o já alto talento de Drew Brees. Agora é hora de começarmos a dar valor para seu trabalho no lado defensivo. Pelo segundo ano consecutivo, ele perdeu seu quarterback titular durante uma sequência no meio temporada. O retrospecto nessas partidas? 8 vitórias e nenhuma derrota. O trabalho defensivo neste ano foi impecável, tendo cedido apenas um touchdown nos últimos três jogos. Brees deve voltar na próxima semana com a equipe já classificada para os playoffs após vencer o Atlanta Falcons. Payton já provou que domina a profissão dos dois lados da bola.
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2. Mike Vrabel precisa de um coordenador para sua defesa
A queda de rendimento da defesa do Tennessee Titans em relação a 2019 é gigantesca. Totalmente passiva contra o jogo aéreo, foi tostada no primeiro tempo contra o Cleveland Browns, que foi para o intervalo com uma larga vantagem após anotar 38 pontos. A secundária tem boas peças, mas desde a saída de Dean Pees e Kerry Coombs, respectivamente coordenador defensivo e técnico da unidade no ano que passou, não tem conseguido ser efetiva. O fato de Mike Vrabel acumular a função de coordenar a defesa também não agrada e para 2021 algum nome precisa chegar para ocupar a posição na comissão técnica.
3. Não dá para confiar no Minnesota Vikings
Semana passada alguns torcedores me perguntavam nas redes sociais por que de eu não considerar o Minnesota Vikings na briga como um concorrente sério, apesar da melhora nas últimas semanas. A forma como o time sofreu para bater o Jacksonville Jaguars, precisando de um field goal com menos de dois minutos para o fim da prorrogação, é a melhor resposta. A inconsistência de Kirk Cousins é assustadora e o seu primeiro tempo foi horrível. A defesa ceder 280 jardas aéreas para Mike Glennon também é um problema grave. Pode até ser que os Vikings belisquem a sétima vaga a pós-temporada, mas não dá para se empolgar ou confiar nesse time.
4. Os Chargers são o time mais mal treinado da NFL atualmente
Considero mal treinada uma equipe que tem talento, mas não consegue mostrar nada em campo por erros de execução, faltas e jogadas atípicas, que não acontecem com elencos que estão sendo bem tutoreados. Quando se tem um elenco com Justin Herbert (que deve ganhar o prêmio de novato ofensivo do ano), Keenan Allen, Chris Harris Jr., Joey Bosa etc., você não pode aceitar ir para o vestiário com 28 a 0 tendo sofrido dois touchdowns de special teams, como foi contra o New England Patriots. O time pouco produz e você não consegue enxergar qualquer sinal de uma base, de um sistema. Os Chargers são um catadão de talentos, que jogam como crianças na quadra do colégio na terceira série. Assim não se vence na NFL e o head coach Anthony Lynn não deveria voltar para a semana 14.
5. Os Packers precisam corrigir outra coisa além da defesa: a cobertura de punts
Ceder mais de 15 jardas de retorno por punt chutado definitivamente não é uma boa marca, entretanto, é isso que o Green Bay Packers vem fazendo nessa temporada. É a primeira vez desde 1964 que a equipe toma dois touchdowns em punts retornados numa temporada. No jogo deste domingo, a pontuação de Jalen Reagor deixou o jogo contra o Philadelphia Eagles em uma posse e quase complica uma partida definida. J.K. Scott é o quarto punter com menor média de jardas por chute (43) e isso tudo colabora para uma unidade frágil.
