5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada do final de semana da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Nesta semana, o destaque fica por conta da nova derrocada de Russell Wilson na briga pelo MVP, algo recorrente na segunda metade de temporadas recentes. A volta oficial de Alex Smith também é assunto, bem como os problemas do Philadelphia Eagles e, em menor escala, do Green Bay Packers.
1. A narrativa de Russell Wilson MVP vai sendo soterrada
Repetindo o que aconteceu em 2019, Russell Wilson teve uma primeira metade de temporada sensacional. Ano passado, lembro de Antony Curti falando em um dos nossos podcasts que apenas algo excepcional lhe tiraria a honraria. E isso aconteceu: Lamar Jackson explodiu, com o divertido ataque do Baltimore Ravens, enquanto Wilson amargou performances inconsistentes após a semana 9, não tendo nenhum jogo para mais de 2 touchdowns e lançando 4 de suas 5 interceptações do ano.
Tal como Crocodilo Dundee na Sessão da Tarde, o filme se repete em 2020. Até duas semanas atrás, Wilson encantava a NFL com seu ataque vertical, fazendo com que os gritos de “Let Russ Cook” ecoassem pela liga, porém, a magia começou a se esvair. Se o jogo contra o Arizona Cardinals na semana 6, quando o quarterback lançou 3 interceptações, parecia apenas uma noite ruim, o desempenho mais recente assusta. São apenas 2 touchdowns e 6 (!) passes interceptados contra Buffalo Bills e Los Angeles. É melhor o camisa 3 voltar a forma logo, afinal filme repetido não costuma dar audiência, quem dirá prêmio.
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2. Alex Smith está realmente de volta
Eu sei que Alex Smith já entrara em campo por duas vezes na temporada substituindo Kyle Allen, inclusive jogando grande parte do confronto contra o New York Giants na semana 8. Ainda assim, faltava jogar uma partida completa, provando que sua carreira está de pé e sua volta não era apenas uma história de superação. Isso aconteceu contra o Detroit Lions, onde Smith esteve em campo em todos os snaps do ataque de Washington. Como se não bastasse, buscou uma desvantagem de 24 a 3 e manteve sua equipe no jogo. A vitória não veio, mas isso pouco importa: Alex Smith provou que pode ser um quarterback na NFL.
3. É hora do Philadelphia Eagles começar a repensar sobre Doug Pederson
Uma das coisas mais complicadas para as franquias é entender a hora de dar um basta em um trabalho de um treinador que lhe trouxe glórias. Um misto de confiança e gratidão faz com que resultados não tão bons sejam objetos de uma paciência excessiva, que por vezes desperdiça bons anos das equipes. O Philadelphia Eagles passa por isso com Doug Pederson, vencedor do Super Bowl LII, título até então inédito para o time.
De lá pra cá, dois anos medianos, com apenas 9 vitórias e algumas decisões questionáveis na montagem da equipe. 2020 tem sido muito ruim e a derrota para o New York Giants confirma isso. É hora de Philadelphia começar a deixar o coração de lado e agir com a razão.
4. DeAndre Hopkins é a alma do ataque do Arizona Cardinals
Estranha a afirmação acima, não? Afinal de contas, Kyler Murray é um dos quarterbacks mais dinâmicos e empolgantes de se assistir jogar. Entretanto, sejamos justos: se tirarmos DeAndre Hopkins desse ataque, ele se torna…comum. O wide receiver vindo do Houston Texans é dominante e consegue ser o tempero extra na unidade. 36% das jardas aéreas dos Cardinals vem de recepções de Hopkins, como no Hail Mary no estouro do relógio, que deu a vitória contra o Buffalo Bills neste domingo.
5. A apatia dos Packers ainda irá lhe custar caro
O Green Bay Packers fez muita força neste final de semana. De todas as formas, a equipe tentou perder para o Jacksonville Jaguars, que só tem uma vitória no ano e tinha como titular na posição de quarterback Jake Luton (se você não conhece, bem-vindo ao time da maioria). Punt retornado para touchdown, fumble, defesa contra o jogo corrido inexistente, chamadas ruins, tudo foi tentado. A apatia era visível e graças a lampejos de Aaron Rodgers e do pass rush no último drive, o time venceu. Porém, essa inércia pode custar caro: nem todo mundo é tão ruim como o Jacksonville Jaguars.
