Josh Allen e Brandon Beane são duas pessoas muito felizes nesta tarde de sexta-feira. O Buffalo Bills anunciou que a organização chegou num acordo para estender o contrato de Allen por 6 anos e 258 milhões de dólares (43/m por ano, 150m garantidos), solidificando seu status como uma das estrelas jovens da liga depois de um ano no qual ele ficou em segundo na votação para o prêmio de MVP.
Sem muita enrolação, listamos os vencedores e perdedores do novo acordo de Allen, baseado nas implicações que ele terá no restante da liga:
Vencedores
Josh Allen: Como poderia ser diferente? Allen se provou um dos melhores quarterbacks da NFL, trabalhou para afastar as dúvidas que pairavam sobre sua capacidade de evoluir no nível profissional e tem hoje o segundo maior contrato de toda a liga, atrás apenas de Patrick Mahomes – merecidamente, claro. Os valores do contrato são justíssimos e Allen tem espaço para melhorar ainda mais.
Patrick Mahomes: Já que mencionamos Mahomes, vale notar que ele também é um vencedor no sentido de permanecer como o jogador mais bem pago de toda a NFL. O futuro contrato de Lamar Jackson é uma ameaça, porém, se Allen não superou a média anual mesmo depois do 2020 incrível que o quarterback dos Bills teve, não acreditamos que Lamar quebrará a hegemonia de Mahomes em relação ao maior contrato da liga.
Brandon Beane e Sean McDermott: Falamos aqui sobre como o processo para a evolução de Josh Allen foi exemplar e praticamente perfeito. A confiança de Beane e McDermott foi recompensada em 2020 com Allen levando Buffalo até à final de conferência, e a extensão anunciada hoje é a prova de que o trabalho do general manager e do head coach desde a escolha de Allen há três anos foi bem-feito. Não eram muitas as pessoas que confiavam que Allen se tornaria o excelente quarterback que se tornou.
Brian Daboll: O maior responsável pela evolução direta de Allen é seu coordenador ofensivo – e a maior vitória de Buffalo na intertemporada foi justamente a manutenção de Daboll no cargo. O ataque dos Bills foi moldado de forma que as principais qualidades do quarterback fossem exacerbadas, ao passo que suas fraquezas fossem trabalhadas longe das câmeras. Em 2020, vimos a versão mais completa e preparada do produto Allen, e os créditos que Daboll receberá por tamanha evolução resultarão em forte procura por seus serviços de head coach em 2022.
Stefon Diggs: Sabemos bem o quão insatisfeito Diggs se sentia em Minnesota ao receber passes de Kirk Cousins, e não precisava ser nenhum grande especialista para notar a evolução dele em campo e a felicidade fora do mesmo. A extensão de Allen garante que a parceria de sucesso entre quarterback e recebedor se manterá até março de 2024, quando o contrato atual de Diggs se encerra.
Perdedores
Diretoria do Baltimore Ravens: Quem assinasse a extensão primeiro teria vantagem sobre os outros dois, e os Ravens agora estão em situação complicada. Lamar não aceitará negociar em uma média anual que não esteja na mesma órbita que Mahomes e Allen – e, lembremos: Mahomes e Lamar já venceram o prêmio de MVP; Allen, não. Os Ravens serão basicamente obrigados a pagar pelo menos 43 milhões de dólares por ano na renovação contratual de Jackson.
Diretoria do Cleveland Browns: Baker Mayfield, em contrapartida, não está no mesmo nível que os três quarterbacks citados no item acima, só que o preço dos contratos supracitados naturalmente eleva também o quanto os Browns terão de pagar na renovação de seu franchise quarterback. Pior ainda para Cleveland: baseado no que vimos nos últimos três anos, Mayfield é um jogador que precisa de um elenco de apoio muito forte à sua volta para comandar um time vencedor. Se ele receber na casa dos 40 milhões de dólares, ficará muito difícil para os Browns terem profundidade no restante do elenco.
Restante da AFC East, mas especialmente o New York Jets: Quando você vê um rival de divisão prendendo uma de suas superestrelas por muito tempo, sua situação fica mais complicada. A AFC East inteira terá problemas agora que Allen estará com os Bills por quase todo o restante da década, no entanto, vale notar que os Jets são o time que mais sofre ao ver Allen jogando no alto nível de 2020: New York podia ter lhe selecionado no Draft com a terceira escolha geral, mas preferiu Sam Darnold. O resultado disso é conhecido.
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