É um tanto quanto simbólico que o Houston Texans tenha a bandeira do Texas preenchendo seu logo e que esta tenha uma estrela solitária. É o que marca o momento de Deshaun Watson como seu quarterback e seu líder. Não que a defesa não tenha feito um bom trabalho limitando New England na semana passada e forçando turnovers na partida de hoje contra Detroit, mas fica claro que Watson é uma estrela e carrega o time nas costas.
O jogo terrestre é inexistente. Hoje mais uma vez vimos isso. Na ausência de David Johnson, Duke Johnson está sendo o responsável por correr com a bola sendo que, bem, ele é um running back que recebe passes, correr mesmo não é o forte dele se pensarmos em volume alto. Duke terminou a partida com apenas 37 jardas em 9 carregadas. Watson, sozinho, teve 24.
Mas é no jogo aéreo que o camisa 4 se destaca. Depois de passar das 300 jardas contra New England na semana passada, enfrentou um sistema de raiz defensiva similar, Detroit de Matt Patricia, e passou o carro. Dissecou a marcação individual da defesa dos Lions. Passou das 300 jardas. 4 touchdowns – quase não foi pressionado, mas quando minimamente o foi, fugiu e ganhou jardas.
Claro que Watson não está fazendo tudo isso sozinho. A conexão dele com Will Fuller vem sendo realmente especial. São 7 touchdowns dele para Fuller quando a bola viaja pelo menos 50 jardas – desde 2017, é a maior marca de uma dupla QB-WR na NFL, inclusive superando Patrick Mahomes & Tyreek Hill. O corpo de recebedores de Houston merece mais amor também. Claro que nenhum chega aos pés de DeAndre Hopkins, de quem Watson certamente sente falta. Mas hoje vimos sua consistência e talento, com os recebedores tendo média de 4.1 jardas de separação (via NFL Next Gen Stats).
Ninguém vai colocar Deshaun Watson na briga de MVP ou algo do gênero, até porque Houston tem apenas quatro vitórias, viu seu head coach cair no início da temporada e é uma equipe que não briga por playoffs. Mas precisamos notar o que ele vem fazendo. São 15 touchdowns e nenhuma interceptação nas últimas seis partidas – algo assim não acontecia desde 2016 com Matt Ryan e Aaron Rodgers (e Ryan foi o MVP naquele ano). É uma pena. Porque sem técnico, sem defesa e sem jogo terrestre, Watson carrega esse time nas costas. Esperamos que as coisas mudem no futuro e que ele não seja um quarterback com talento jogado fora por falta de apoio.
Mais NFL:
Curti: A Era Matt Patricia precisa acabar em Detroit
Análise Tática: Grandes Momentos da Semana 11
5 jogos para você ficar de olho no College Football
