Pra um time que passou por tudo que o Las Vegas Raiders passou em 2021, chegar nos playoffs é, sim, indicativo de uma temporada de sucesso. Nenhuma outra equipe precisou lidar com tantas distrações e problemas extracampo durante o ano, e ainda assim Derek Carr e companhia encontraram uma forma de sobreviverem até janeiro. Apesar de mais um ano sem sucesso no mata-mata, a impressão final que fica é de um ano positivo para os Raiders.
Quais eram as expectativas do torcedor para 2021: Era a hora de Jon Gruden fazer algo pra justificar o contrato gigantesco que Mark Davis lhe ofereceu em 2018. O torcedor se apoiava na reconstrução defensiva com a chegada de Gus Bradley, arquiteto da lendária Legion of Boom no começo da última década, e contava que a reformulação da linha ofensiva seria o antídoto ideal para a queda maciça de produção que Carr mostrava quando era pressionado. O time corria por fora na AFC West, mas o sonho era de wild card.
O que aconteceu: Bem… por onde começar?
Las Vegas abriu o ano em boa posição ao vencer seus três primeiros jogos – inclusive foram essas vitórias que fizeram a diferença na classificação final, já que vieram sobre concorrentes diretos pelo wild card da AFC. Não que os Raiders tivessem virado uma potência dentro da conferência, os limites ainda eram claros; porém, o início vitorioso era animador demais. Até que veio outubro.
Dentro da investigação que a NFL realizou sobre a franquia de Washington, vazaram e-mails de Gruden usando linguagem ofensiva e preconceituosa contra diversas pessoas relacionadas à NFL. As primeiras declarações ofensivas foram divulgadas no dia 8 – dois dias depois, os Raiders perderam para o Chicago Bears num jogo em que a equipe esteve irreconhecível e parecia completamente afetada pelas distrações. No dia 11, mais e-mails com linguagem racista, homofóbica e misógina se tornaram públicos. A situação ficou insustentável.
Gruden, na quarta temporada de um contrato de 10 anos e 100 milhões de dólares, entregou o cargo.
