Análise Tática: Como os 49ers montaram seu ataque aéreo sem Garoppolo

Kyle Shanahan confiou em seu sistema e isso ajudou Nick Mullens a ter uma boa performance contra o New York Giants

Bons times costumam precisar fazer apenas ajustes quando trocam as peças. Às vezes, esquecemos disso e imaginamos mudanças radicais de uma semana para outra. Confesso que antes de assistir novamente ao jogo entre San Francisco 49ers e New York Giants, com o foco voltado para o ataque aéreo da equipe da California, pensava que o treinador Kyle Shanahan tinha feito coisas mirabolantes para manter a produção ofensiva de sua equipe.

Não era para menos: o quarterback titular Jimmy Garoppolo não foi para partida contundido. O tight end George Kittle, peça capaz de desequilibrar qualquer jogo, também esteve ausente por lesão. Além deles, o wide receiver Deebo Samuel e o running backs Raheem Mostert e Tevin Coleman completaram a lista de desfalques.

Era de se prever um time conservador, que corresse bastante com a bola e tirasse ela das mãos do reserva Nick Mullens, certo? Errado: Shanahan confiou no que sabe fazer, explorou os pontos fracos da defesa ds Giants, os fortes de seu ataque aéreo e teve mais um jogo de sucesso.

Produzir após a recepção continua sendo fundamental em San Francisco

Na temporada passada, os 49ers foram o time com maior média de jardas após a recepção: 6,6 por passe completo. Mais de 54% das jardas aéreas totais da equipe vieram após ter a posse. Estava claro que o plano para 2020 seria mantido, afinal a franquia tratou de selecionar na primeira rodada do Draft o wide receiver Brandon Aiyuk, excelente com a bola nas mãos. As adições do também WR Mohamed Sanu e o do tight end Jordan Reed na free agency confirmavam ainda mais que isso não seria alterado.

Contra os Giants, mesmo com tantos desfalques, isso aconteceu.

Se sob o comando de Garoppolo a equipe já produzia bem após a recepção, com média de 137 jardas, com Nick Mullens foi ainda melhor: 163. Na jogada abaixo, um exemplo de perfeito de como a ofensiva é moldada para isso. Numa segunda descida para 11, Mullens nota que a defesa recua, preocupada com os dois wide receivers abertos, que tentam esticar o campo de forma vertical. Sem se precipitar, ele faz um passe curto no tight end Ross Dwelley – que tem muito espaço livre. O passe viaja só duas jardas, mas o ganho final é de 14, garantindo um novo first down.

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