Desde meados de novembro era algo quase que consumado: o quarterback Joe Burrow (LSU) apresentou uma evolução quase que sem precedentes em um ano e era considerado o melhor da classe em sua posição. Com a lesão no quadril de Tua Tagovailoa (Alabama), a questão ficou ainda mais pacificada: há a primeira prateleira, com Burrow, e uma segunda com um Tua em recuperação e um Justin Herbert (Oregon) que precisa cortar as interceptações e ser mais consistente.
O Cincinnati Bengals teve a pior campanha da temporada 2019. Com isso, casamos a fome com a vontade de comer. Ou seja, um time com necessidade na posição de quarterback tem à disposição o melhor prospecto na primeira escolha geral. Burrow, que começou sua carreira como reserva em Ohio State, transferiu-se para LSU e comandou o melhor ataque do college football na temporada passada. Foram 4500 jardas e 45 TDs – somente seis interceptações para contar a história. No caminho, ele quebrou recordes como o de mais jardas passadas por um quarterback da escola e da conferência – bem como vencido o Heisman Trophy no caminho, prêmio dado ao mais extraordinário jogador universitário. Como uma excelente cereja no bolo, Burrow ainda foi campeão nacional com LSU.
Há algo negativo? Bom, poucas coisas. Poderia haver um temor de que Joe Burrow seja um sucesso de carnaval, dado que abriu o ano cotado como escolha de quinta rodada para o Draft 2020. Mas evoluções como assim, queira ou não, acontecem. Ainda, ele não parece nada deslumbrado. Nesta semana, “pediu” para a imprensa evitar comparações entre si e Tom Brady. Parece óbvio, mas lembremos que Connor Cook (quem?) já comparou seu jogo ao de Brady em um Combine. Outro potencial temor é que ele jogou com uma excelente linha ofensiva em LSU. Uma transição para a NFL exigiria, possivelmente, que ele melhorasse ainda mais suas (já boas) habilidades de sentir a pressão e navegar no pocket.
Tagovailoa abriu a temporada como favorito para ser primeira escolha geral mas a ascensão-burrow e sua lesão fizeram com que ele caísse de valor. É verdade que o talento ainda está ali, mas a preocupação com a lesão, idem. Quadril é vital para o quarterback dar torque na bola, queira ou não. De toda forma, a boa notícia para os fãs do quarterback e para times carentes na posição é que a recuperação de Tua segue no prazo. Por fim, temos que falar de Chase Young. Melhor EDGE da classe, Young tem potencial para seguir a boa “sina” de prospectos da posição que jogaram em Ohio State. No ano passado, Nick Bosa foi segunda escolha geral pelo San Francisco 49ers e posteriormente fora eleito Calouro Defensivo do Ano. Young é explosivo e tem potencial de ser impactante já na primeira partida tal como os irmãos Bosa foram.

| Time | Cotação |
|---|---|
| Joe Burrow QB, LSU | 1.035 |
| Chase Young EDGE, Ohio State | 11.00 |
| Tua Tagovailoa QB, Alabama | 17.00 |
| Justin Herbert QB, Oregon | 23.00 |
| Qualquer outro | 29.00 |






