A grande hora está chegando. Depois de longos meses sem jogos valendo, a temporada bate na porta e a bola oval vai voar para mais uma temporada da NFL. Se para os torcedores é só alegria, para muitos jogadores é um momento de tristeza: quase 450 jogadores perderam seu emprego no último corte dos elencos no dia 31 e vão ver os jogos do sofá de sua casa. 2021 marca também a volta do público aos estádios, já que no ano passado a pandemia de COVID-19 manteve as arquibancadas vazias. Após todas essas considerações, vamos as 5 lições da pré-temporada.
Bill Belichick leva o jogo a sério
Cam Newton mexeu no vespeiro errado. Sua temporada de 2020 foi bem ruim e mesmo assim o New England Patriots lhe deu um voto de confiança, trazendo-o de volta e planejando que ele começasse o ano como titular, mesmo tendo draftado Mac Jones na primeira rodada do Draft.
Ao não se vacinar e perder tempo de treino, com seu concorrente jogando bem, Cam assinou sua dispensa. Belichick não se apega a nomes, ele quer apenas o que julga ser melhor para seu time, com o coletivo estando sempre a frente. Não se pode dar esse mole com Bill e Newton descobriu isso na carne.
Faltam culhões a Matt Nagy
Andy Dalton é medíocre e está longe dos seus melhores dias. Sim, o adversário da semana 1 é o Los Angeles Rams, que tem uma defesa poderosa comandada por Aaron Donald. Mesmo assim, começar com Justin Fields no banco é uma escolha medrosa de um treinador que parece comprometido com o meio da tabela. Russell Wilson, escolha de terceira rodada e que ganhou a posição no training camp do Seattle Seahawks, estreou em 2012 com 2 turnovers e mesmo assim se tornou o que é.
Precisa de mais exemplos? Dak Prescott veio do nada para pegar logo de cara o rival New York Giants, cuja defesa acabaria 2016 como a segunda melhor da NFL. Justin Herbert soube que iria jogar faltando 5 minutos e seu adversário era “só” o Kansas City Chiefs, campeão do Super Bowl. Ferro se afia com ferro e Justin Fields está pronto para jogar.
Rodgers não terá a calmaria esperada
O torcedor do Green Bay Packers teve uma notícia desagradável na última semana: David Bakhtiari, left tackle e estrela da linha ofensiva, foi colocado na lista PUP e só poderá retornar aos campos na semana 7. Ele se recupera de uma lesão no ligamento cruzado anterior sofrida em dezembro que o fez perder os playoffs.
Elgton Jenkins deve ser movido de guard para seu lugar e se trata de um excelente jogador, com capacidade de produzir bem. Entretanto, Bakhtiari é um All-Pro, amplamente considerado um dos melhores da função. Além disso, a mudança abre um buraco no miolo da linha ofensiva, que já perdeu o center Corey Linsley na free agency. Nada de vida tranquila para Aaron Rodgers em setembro.
A nova era já começou
Basta uma olhada rápida entre os quarterbacks que começam como titulares em 2021: mais da metade deles foram draftados de 2016 para cá. Uma nova geração de talentosos jogadores vai gradualmente tomando conta da NFL e fomentando seu nome, que deverá ser ouvido por um longo tempo.
Claro que os veteranos têm muito valor: Tom Brady acabou de ser campeão e Aaron Rodgers é o atual MVP. Mas não dá para negar que Patrick Mahomes, Josh Allen, Dak Prescott e companhia chegaram para tomar a liga de assalto. É um prazer ver a história sendo escrita desta forma.
Esqueçam Watson em 2021
Quase no final do período de treinos, um novo burburinho de uma troca envolvendo Deshaun Watson foi ouvido. Novamente nada aconteceu e ele segue como Matias ao chegar no batalhão do coronel Fábio[foot] Tropa de Elite 2[/foot]: encostado num canto do almoxarifado, sem função nenhuma.
O imbróglio jurídico é enorme e não será desfeito de forma tão rápida. O pepino está nas mãos do Houston Texans e ninguém parece disposto a assumir esse risco de forma desnecessária. Enquanto não ficar tudo em pratos limpos, Watson seguirá no limbo.
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