Não há motivo algum para o torcedor dos Panthers se estressar com a equipe em 2020. Depois da era Ron Rivera, o time está visando um projeto de longo prazo para voltar ao topo e, para isso, Carolina terá de passar por um início difícil durante esse processo. A maior preocupação do novo treinador Matt Rhule e do general manager Marty Hurney estará em observar quem fará parte do time para além dessa temporada, então, é melhor que o torcedor entenda o momento e faça o mesmo.
DRAFT E FREE AGENCY 2020: Uma parte dolorida de qualquer projeto de reconstrução é ter de romper laços com veteranos consolidados, e os Panthers viram isso acontecer com força: Cam Newton, Luke Kuechly, Greg Olsen e Mario Addison são alguns dos nomes de peso que deixaram Charlotte depois de muito tempo na equipe.
O Draft foi excelente. Com escolhas feitas pensando muito além de 2020, Derrick Brown chega para ancorar uma defesa terrestre que sofreu nesse quesito no último ano; Yetur-Gross Matos e Jeremy Chinn, escolhas do segundo dia, também possuem imenso potencial e foram escolhas positivas para os Panthers.
Principal reforço: Robby Anderson, WR. Foi um investimento até surpreendente de Carolina considerando o estado do time, especialmente no que tangia à condição financeira. Anderson se juntará para formar um potente trio de recebedores junto de Curtis Samuel e D. J. Moore
Principais perdas: Cam Newton, QB e Luke Kuechly, LB. É impossível escolher somente um dentre os dois principais líderes dos Panthers na última década. As duas saídas – Newton para os Patriots, Kuechly para a aposentadoria – são a maior marca de que Carolina passa por um processo de reconstrução.
Conforto é a chave em 2020. Coerência? Talvez nem tanto.
É impossível falar do ataque dos Panthers sem citar Joe Brady, o novo coordenador ofensivo. Com apenas 30 anos, Brady trabalhou (e chamou algumas jogadas) no New Orleans Saints em 2018, o que explica a preferência do time por Bridgewater; em 2019, como coordenador do jogo aéreo de LSU, ele liderou o ataque que resultou em Joe Burrow tendo a melhor temporada da história de um quarterback no College. Brady tem potencial.
Só que o ataque de Carolina, ao menos no papel, tem muitos defeitos – e o coordenador ofensivo teve em LSU talento muito superior ao dos adversários, uma das causas pra tamanha dominância. Nos Panthers, a situação é a contrária.
