Praticamente todas as pessoas com quem falei teceram críticas à contratação de Mike McCarthy como head coach do Dallas Cowboys. Ex-Green Bay Packers e tendo estagnado taticamente em suas últimas temporadas no cargo, McCarthy perdeu a queda de braço com Aaron Rodgers (para a surpresa de um total de zero pessoas) e ficou sem emprego. Até aí, normal: a temporada de 2018 dos Packers foi um tanto quanto decepcionante e novos ares era algo necessário para todo mundo – incluindo para o próprio McCarthy.
A reação natural de todos para a contratação é:
a) McCarthy teve um final de trabalho terrível em Green Bay e mostrou-se acomodado, de certa forma – o que é péssimo para Dallas, um time sem comando em 2019
b) Havia outros nomes melhores, supostamente, como Lincoln Riley (head coach de Oklahoma).
No caso de “a”, há uma explicação plenamente razoável para não termos mais pessimismo. Durante a última temporada, McCarthy montou uma “comissão técnica simulada” com alguns assistentes. O objetivo era se reciclar e preparar-se para uma nova oportunidade como head coach caso essa oportunidade aparecesse. De fato, apareceu – agora resta descobrirmos se McCarthy está reciclado mesmo ou se isso foi como técnico brasileiro dizendo que vai estudar na Europa e não muda absolutamente nada.
No caso de “b”, aí fica um pouco mais complicado. Será que nomes como Riley estariam com vontade de encarar as coletivas de Jerry Jones? Será que encaixaria? Eu não daria dois meses para um apocalipse nuclear entre Urban Meyer e Jones, por exemplo. No caso do Dallas Cowboys, a situação não é tão fácil como em outros times, afinal.
No caso de ambos, acima de tudo, é preciso dar um pouquinho de tempo antes de criticarmos. Afinal, embora sejam situações distintas, Andy Reid estava tostado na Philadelphia e fez/faz um bom trabalho em sequência no Kansas City Chiefs. Pode acontecer o mesmo com McCarthy, pode não acontecer. Seja como for, algo ressoa para o momento: é cedo demais para afirmar categoricamente qualquer coisa.
