Renovação de D.K. Metcalf é o marco zero do “novo” ataque de Seattle

Franquia estendeu contrato do recebedor por 3 temporadas, mostrando que não deve buscar uma reconstrução completa. O grande X é apenas por quem e quando atacará na posição de quarterback

Fim de mais uma novela da offseason: o Seattle Seahawks estendeu o contrato do wide receiver D.K. Metcalf por 3 anos, num valor total de US$ 72 milhões – média de 24 por ano. Deste valor, US$ 58 milhões são garantidos, o maior valor já assegurado para um jogador da posição na história. Vale frisar que Seattle não tinha opção de quinto de Metcalf, por ele ser uma escolha de segunda rodada no Draft – a cláusula só é válida para jogadores de primeiro round. Outro ponto importante é que esse acordo começa a impactar na folha salarial apenas a partir de 2023: neste ano, vale o contrato antigo, onde ele tem peso de US$ 8 milhões na folha.

Essa extensão deixa um recado claro: Seattle não passará por uma reformulação completa, mesmo após a troca de Russell Wilson. Quem está pensando em se remontar e trocar o elenco, sem ser competitivo logo, não renova um recebedor como Metcalf até 2026 com tanto dinheiro garantido – tornando inviável uma troca futura, por conta do dinheiro que ficaria preso na folha dos Seahawks. Dá para dizer que a franquia pode abdicar de 2022, mas está atenta a todas oportunidades.

Fica evidente que o futuro da franquia não passa por Geno Smith e Drew Lock, quarterbacks no elenco atual. Tampões, nada mais que isso, até por que é o que se talento suporta. Seattle não enxergou neste ano nenhuma oportunidade que valesse o risco e por isso hoje eles são os titulares. Baker Mayfield foi cogitado, mas não rolou. Jimmy Garoppolo pode ser alvo somente mediante um corte: o San Francisco 49ers não entregaria um quarterback  para o rival de divisão.

Todavia, como vimos em 2022, o mercado está menos conservador: quem sabe não pinta no mercado do ano que vem um Kirk Cousins da vida – veja, é apenas uma suposição, nenhum rumor – e o time arrisque uma troca? Também  é importante ficar de olho no Draft: a classe de 2023 é mais promissora que a passada, tendo nomes como C.J.Stroud e Bryce Young como expoentes.  Capital não é problema: Seattle escolhe duas vezes na primeira e segunda rodadas, por conta das picks recebidas como compensação na troca de Wilson com o Denver Broncos.

Dá para cravar: Metcalf é o marco zero do “novo” ataque de Seattle. Contudo, também dá dizer que esse novo não será muito diferente do atual, ficando apenas a incógnita de por quem e quando o time puxar o gatilho na posição de quarterback

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