#2 Ohio State e #3 Michigan vencem e armam o palco para duelo “valendo vaga” nos Playoffs

Foi mais apertado do que deveria e não descartamos a possibilidade deles caírem para #3 e Michigan subir para #2: mas Ohio State passou por seu último teste da temporada antes do grande jogo e rivalidade do próximo sábado. Os Buckeyes venceram por 17 a 16 contra os Spartans de Michigan State. Aparte do nome forte, MSU não vem em boa temporada e complicou mais do que muitos esperavam.

E poderia ter sido um desastre completo. Mike Dantonio, sabendo que a temporada foi pro saco faz tempo, decidiu ir para dois pontos ao invés de empatar a partida. Pensando racionalmente, foi a decisão correta por parte do técnico dos Spartans: possivelmente na prorrogação seria mais difícil vencer Ohio State. A diferença de talento acabaria por contar; Explica-se: na prorrogação do College, cada time tem uma posse de bola começando da linha de 25 jardas do ataque – mesmo que o primeiro com a bola faça o touchdown, o segundo ainda terá uma chance. Na terceira prorrogação, caso o jogo ainda esteja empatado, os times tem que tentar dois pontos após eventual touchdown. Ou seja: se o ataque de MSU pifasse na prorrogação, um abraço. Pifando antes ou depois, era melhor evitar o calvário e tentar virar o jogo no tempo regulamentar. Não deu. Com a conversão falha, os Buckeyes ficaram com a vitória apertada.

Ainda na Big Ten, Michigan teve um pouco de complicação no primeiro tempo jogando em casa em Ann Arbor passou por Indiana, vencendo por 20 a 10. Os Wolverines estavam sem seu quarterback titular, Wilton Speight – assim, tiveram que contar com o time trabalhando junto para vencer os Hoosiers. Uma jogada em especial resume o trabalho em equipe: o bloqueio em campo aberto de Jehu Chesson, wide receiver, foi o que possibilitou uma longa corrida de John O’Korn numa terceira descida longa quando o ataque parecia sentir mais falta de Speight do que nunca.

Ohio State e Michigan se enfrentam no próximo sábado, 15h (horário de Brasília) com os rumos do College Football Playoff em jogo. O vencedor da partida, uma das maiores rivalidades do College Football, deve ter presença garantida nos playoffs ao final de dezembro, no dia 31. O perdedor pode acabar dependendo de uma combinação de resultados e pode até acabar de fora – neste momento, Michigan é #3 e Ohio State é #2. A partida terá transmissão para o Brasil na ESPN +.

Divisões vencidas com uma rodada de antecipação na ACC e na SEC

Depois da zebra de semana passada contra Pittsburgh, os Tigers se recuperaram nesta semana com triunfo ante Wake Forest. Com a vitória, a #4 Clemson garante vaga na final da Conferência ACC ao matematicamente (e por eventuais critérios de desempate) terem vencido a divisão Atlantic com uma rodada de antecedência. Após conflitos e problemas de protestos etc. a final da ACC, lembrando, agora é em Orlando. O adversário ainda está para ser definido, podendo ser North Carolina ou Virginia Tech – quem ganhar a Coastal.

Na SEC, Alabama agora sabe quem esperar na final: Florida. A rivalidade que aqueceu as primeiras edições da final de conferência – nos anos 1990 – é renovada por pelo menos mais um capítulo neste ano. Os Gators garantiram os segundo ano consecutivo como campeões da SEC East com vitória em Baton Rouge contra LSU de Leonard Fournette. Ranqueados como #21 antes deste sábado, os Gators ainda pegam Florida State na rivalry week da semana que vem. Se vencerem os Seminoles e por um milagre conseguirem parar Alabama no Georgia Dome depois, não seria de todo absurdo pensar em Florida sendo um dos 4 do CFP.

Programas tradicionais fecham a semana com cabeça baixa

Quem acompanha o College Football há algum tempo sabe que Texas e Notre Dame são duas potências com torcida nacional nos Estados Unidos. A primeira tem sua própria rede de TV, a Longhorn Network. A segunda é uma das poucas universidades independentes (não afiliadas a nenhuma conferência) e tem seu contrato próprio de TV com a NBC. Ambas estiveram no topo dos rankings nos últimos 10 anos. Mas 2016 definitivamente é um ano para esquecer.

Notre Dame mais uma vez implodiu uma vantagem de dois dígitos numa partida: é a terceira vez que isso acontece nesta temporada. A derrota por 34 a 31 ante Virginia Tech garantiu uma temporada com mais derrotas do que vitórias para o Irish – como consequência direta, é a primeira desde 2007 e Notre Dame não deve estar num bowl neste ano. Já o torcedor de Texas já deve ver seu messias, opa, agora já era treinador na rua logo menos: Charlie Strong, que começou a temporada bem com vitória contra Notre Dame (olha, que coincidência) tem campanha absurdamente negativa contra os rivais da Big XII. E ontem perdeu para, discutivelmente, o pior time da conferência: Kansas tinha 19 derrotas seguidas em partidas intraconferência. Ouch.

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