5 motivos para você dar uma chance para o College Football

Amplitude térmica. É um conceito que evidencia bastante o College Football. Sendo bastante sincero, existe jogos que, quando são ruins, são realmente complicados de assistir. Mas na medida em que os 128 times vão se afunilando, quando os jogos são bons, eles são absurdamente bons.

O melhor jogo que tive a sorte de assistir neste ano (aliás, de comentar também) foi Michigan e Ohio State, na última semana da temporada regular de ambos os times. Duas prorrogações. Jim Harbaugh mais maluco que o Batman na sideline. Rivalidade centenária. Não fica muito melhor do que isso.

Mesmo assim, ainda existem pessoas que tem preconceito com o College Football. Às vezes pegaram um jogo mais morno mesmo. Às vezes é preconceito porque há “pulverização” de talento e muitas vezes não há aqueles passes maravilhosos dignos de Aaron Rodgers. De toda forma, aproveitando a final do College Football hoje às 23h (com transmissão da ESPN, estaremos #together nessa), decidi fazer este texto. Claro: eu dependo da final entre Alabama e Clemson ser boa. Não tenho ideia se será ou não. Mas se eu conseguir convencer uma pessoa que seja – uma que antes tinha preconceito – o texto terá valido a pena.

Vamos lá então.

1) Os erros mentais fazem com que o jogo seja mais imprevisível

Sabe por que Esporte é legal e tem que ser visto ao vivo? Por conta de zebras e imprevisibilidade. A questão é que no College Football estamos falando de elencos com jogadores jovens. Instáveis, muitas vezes. Caras que vieram do nada após jogar num estádio pequeno de High School acabam entrando em palcos para 100 mil pessoas.

Adivinha o que acontece? Erros mentais. Turnovers. Isso faz com que o “ahhhh esse time não perde nem ferrando” muitas vezes caia por terra.

2) #CollegeKickers

Ainda nesta toada, se erros mentais acontecem no ataque e na defesa, no time de especialistas o negócio vai além. Especificamente no caso dos kickers. Já é difícil, hoje em dia, achar um kicker confiável na NFL. Justin Tuckers são oásis no nível profissional.

Imagine quando falamos de 128 times na primeira divisão do College Football. Dá para achar 128 kickers amadores, considerando que a carreira do cara no College é de 4 ou 5 anos? Claramente isso faz com que a vida fique mais difícil. É BEM RARO achar kickers com precisão para mais de 45 jardas. Imagine 50.

Disso decorre a ousadia. Bola na linha de 40 jardas do ataque. 4th para 4 jardas. Na NFL, a maioria dos técnicos mandaria o kicker para campo e arriscaria um chute de 57 jardas. No College Football, isso vira uma quarta descida. Ou um fake field goal. Ou um fake punt.

A ousadia em quartas descidas – ou mesmo a tentativa de quarta descida ao invés de punt/chutar field goal – é mais comum no College Football.

3) As torcidas apaixonadas

Rivalidades, como disse ao início deste texto, são algo intrínseco ao College Football. E disso também tiramos que as torcidas são muito apaixonadas e, de certa forma, mais próximas ao que vemos no nosso ambiente latino. Torcidas pulando, gritando, com muito amor pelas suas universidades – afinal, muitos dos que estão nas arquibancadas estudaram por aquele time que está jogando ou ainda estão.

O ambiente, a atmosfera do jogo e todo o mais fazem com que o “som ambiente” da partida seja um extra e tanto para quem está em casa.




4) Bowls! 

O fim de ano para quem ama futebol é terrível: praticamente só a Premier League tem partidas rolando. Agora, para quem gosta de College Football, o negócio é maravilhoso. Das duas semanas finais de dezembro até a primeira de janeiro são cerca de 40 jogos de pós-temporada, os Bowls do College Football.

É uma oportunidade fantástica para ficar colado no sofá numa época onde muitas pessoas estão de férias podendo ficar o dia inteiro na frente da tv. Opa, não entende por que tantos Bowls? Este texto explica. E este explica os Playoffs do College e como são escolhidos os times para cada Bowl.

5) As futuras estrelas da NFL estão ali

Olha, se os 4 argumentos (e ainda há mais, que eu não coloquei aqui para o texto não ficar muito) não lhe convencerem, existe aquela clássica ponte com a NFL. Deixando claro: College não é categoria de base para NFL. Isto é: os técnicos do College não estão necessariamente se importando se o cara vai para a NFL ou não. Claro: você ter jogadores indo para a NFL ajuda o recrutamento. Mas essa não é uma necessidade.

Isto posto, para você que é apaixonado pelo futebol americano profissional, é sempre bom ver o início da carreira de seus futuros ídolos. Ou saber como seu time pode se reforçar após uma temporada ruim. Tá de saco cheio do seu quarterback? Que tal ver como os do College estão? É sempre algo importante. E de brinde, ajuda a offseason: o Draft da NFL fica muito mais legal quando você conhece previamente quem são aqueles caras.

Poderia colocar mais pontos aqui – como a pluralidade de times para escolher, o Playoff praticamente fazer com que uma derrota importante na temporada seja o suficiente para o sonho de título ir pro espaço. O ponto é: sabe essa sensação ótima que você está tendo de ver futebol americano no sábado e no domingo? Você pode ter ela de setembro até janeiro caso dê uma chance para o College Football.

A final do College Football entre #1 Alabama e #2 Clemson é hoje 23h. Vamos dar uma chance? Confira a prévia da partida clicando aqui.

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