Processo é longo e intenso: Como funciona o Recrutamento das Universidades

O recrutamento de jovens vindos do ensino médio para as universidades tem começado cada vez mais cedo, como visto com Davi Belfort. Porém, o processo é lento e repleto de particularidades.

Com as ofertas de bolsas universitárias recebidas pelo brasileiro Davi Belfort, quarterback que deve sair do ensino médio apenas em 2025, muitas dúvidas surgiram sobre o processo de recrutamento das universidades. Afinal de contas, estamos apenas em 2021 e já vemos jovens sendo selecionados, visitando treinadores renomados como Nick Saban e tratados como verdadeiras joias. Estudar numa universidade como Alabama custa em média US$ 50 mil[foot] https://financialaid.ua.edu/cost/[/foot] por ano e além de ser a oportunidade de se tornar um jogador na NFL, garante a jovens com poucas condições financeiras a chance de estudar e garantir seu futuro.

O processo tem começado cada vez mais cedo, em especial na busca por atletas que mostrem grande potencial e biotipo que os treinadores procuram. Ofertas para jogadores que sequer pisaram num campo no ensino médio não é uma prática usual, sendo restrita geralmente a quarterbacks ou jogadores que mostrem uma característica atlética especial. No caso de Davi, o fato dele medir 1,82 m com 16 anos – além de mostrar boa qualidade técnica, obviamente – fez ligar o alerta das universidades. Tal qual na NFL, encontrar quarterbacks é prioridade e não tão simples: acertar na função pode garantir o sucesso do programa e consequentemente o emprego da comissão técnica.

O recrutamento é intenso

É preciso contextualizar a importância do futebol americano universitário para se ter ideia de quanto o recrutamento é vital. O college football movimenta milhões, trazendo receita para os programas universitários, seja com propagandas ou contratos televisivos e de patrocínio. Por isso, ter times fortes é uma necessidade constante: quanto mais sucesso, mais dinheiro. Esse é também o maior motivo da crítica à NCAA, que não permite que os atletas recebam qualquer retorno pecuniário além das bolsas: as faculdades ganham fortunas e pouco chega aos estudantes-jogadores.

Com isso, os times estão sempre de olhos nos talentos e existe muita mídia ao redor dos jovens. No Texas, por exemplo, a sexta-feira é o dia dos jogos do ensino médio e o público é grande e fanático. Sites como o Rivals e 247Sports são especializados no assunto e ranqueiam os prospectos, com a classificação variado de 1 a 5 estrelas. Davi ainda não está ranqueado por não ter jogado, mas a tendência é que venha a receber classificação máxima, visto ter recebido 5 ofertas de universidades da primeira divisão: Alabama, Miami, Florida State, FAU e Arizona State já declararam sua intenção em contar o filho do ex-astro do MMA Vitor Belfort.

O processo é longo

Entretanto, é bom qualquer jogador colocar as barbas de molho, mesmo após receber uma oferta: como existe limitação no número de bolsas, as universidades podem retirar sua proposta. Usando Davi como exemplo, caso ele não consiga jogar bem no ensino médio (bate 3 vezes na madeira), os treinadores podem não lhe querer mais, retirando a oferta e passando a algum outro jogador. Portanto, nada é definitivo no começo do processo.

O recrutamento é bem diferente da ida de um jogador da universidade para NFL. Saindo da faculdade ele não tem opção: será selecionado por uma franquia e seus direitos ficam presos a ela. Já vindo do ensino médio, o atleta será recrutado e precisará receber uma oferta, mas tendo mais de uma na mesa, o poder de escolha é dele, cabendo ao jogador decidir onde quer passar os próximos anos. 

 “odds
Já é assinante? Faça login aqui.
Está logado e a página ainda não aparece?
Basta recarregar ou limpar o cache de seu navegador.
Aproveite o precinho camarada, clique abaixo e assine nosso site em 1x de R$ 79,60 ou 4x de 19,90, clique acima!