Bears com Fields: Melhores escolhas da 1ª rodada

Jogadores de ataque dominam a lista de melhores escolhas do primeiro dia de Draft, com destaque para Chicago e seu novo projeto de franchise quarterback e o ótimo trabalho feito pelos Vikings trocando para baixo

Não foi uma 1ª rodada repleta de emoções, pelo menos não em termos de trocas mirabolantes ou escolhas surpreendentes. Na verdade, houve pouquíssimas surpresas dentro do top 20, no geral acontecendo mais ou menos o que todo mundo imaginava que iria acontecer, salvo as picks do Carolina Panthers, Las Vegas Raiders e New York Giants. Abaixo do top 20, entretanto, as coisas saíram um pouco do roteiro e vimos decisões, digamos, mais criativas.

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Seja como for, confira aquelas que, em nossa opinião, foram as cinco melhores escolhas da 1ª rodada.

Kwity Paye, EDGE, Indianapolis Colts

Kwity Paye não chega a ser um steal na 21ª posição geral, contudo foi um bom achado dos Colts considerando o número de times que poderiam tê-lo selecionado antes (Dallas Cowboys, Miami Dolphins e sobretudo New York Giants).

No final das contas, Indianapolis tapou o principal buraco do elenco com um dos melhores jogadores disponíveis e sem precisar subir no Draft, uma combinação dos sonhos de qualquer general manager, de quebra pegando o EDGE com o maior piso da classe, sem histórico grave de lesões e mais preparado para contribuir imediatamente. Paye é uma ótima adição ao núcleo defensivo já bastante jovem e em ascensão da franquia.

Rashod Bateman, WR, Baltimore Ravens

Rashod Bateman é um talento digno de top-15 saindo na 27ª escolha, ou seja, um baita steal conseguido pelo Baltimore Ravens. Imagine a emoção de Lamar Jackson ao saber que agora poderá lançar a bola para outros jogadores além de seus tight ends. Agora caberá ao coordenador Greg Roman fazer o ataque aéreo produzir, coisa que ele não foi capaz na temporada passada.

Bateman é um recebedor completo e não há motivo para duvidar que ele será o principal alvo de Jackson desde a semana 1, salvo dores de crescimento inesperadas durante a transição ao futebol americano profissional. A única pulga atrás da orelha são alguns drops em Minnesota, pois os torcedores de Baltimore estão escaldados com wide receivers derrubando passes em momentos importantes.

Penei Sewell, OT, Detroit Lions

Uma série de circunstâncias levou Penei Sewell a cair no colo do Detroit Lions na 7ª posição geral – no caso, a corrida por quarterbacks e skill players no top 6 -, fazendo a franquia da NFC North terminar com aquele que era apontado como o melhor prospecto de todo o Draft. É uma situação quase idêntica à vivida por Quenton Nelson e Indianapolis Colts em 2018.

Detroit tem um longo caminho a percorrer antes de voltar a ser relevante na NFL, mas sem dúvida encontrar um franchise left tackle é uma fundação sólida em seu processo de reconstrução. Sewell possui todas as ferramentas para dominar a posição durante a próxima década e provavelmente ser eleito All-Pro em pouco tempo.

Christian Darrisaw, OT, Minnesota Vikings

Se o Minnesota Vikings tivesse selecionado Christian Darrisaw no 14ª lugar já teria sido bom. Agora, draftá-lo nove posições abaixo depois de fazer um trade down e assaltar o New York Jets é simplesmente incrível. Poucas franquias fizeram um trabalho melhor extraindo valor da sua pick de 1ª rodada, transformando-a em um ótimo titular imediato e mais duas escolhas extras de 3ª rodada.

É muito provável que Darrisaw tenha chegado para jogar de left tackle, suprindo a saída de Riley Reiff, embora os Vikings precisem melhorar nas duas extremidades da linha ofensiva. O jovem de Virginia Tech estava na segunda prateleira de offensive linemen, abaixo apenas da prateleira de Sewell, e pode ser considerado um steal nesse ponto do recrutamento.

Justin Fields, QB, Chicago Bears

Chicago foi o grande vencedor da 1ª rodada e da inexplicável queda de Justin Fields, subindo da 20ª para a 11ª posição geral visando garantir o seu franchise quarterback. E o melhor de tudo é que nem acabou sendo tão caro assim, afinal Ryan Pace só precisou dar aos Giants três escolhas extras: uma 1ª e outra 4ª rodada de 2022, além de uma 5ª rodada de 2021. É basicamente o mesmo preço pago pelo Kansas City Chiefs para subir por Patrick Mahomes em 2017.

De resto, não há nada de muito original a ser dito por enquanto. Fields terá a missão de acabar com a maldição dos Bears na posição de quarterback após décadas de miséria e o fracasso do projeto Mitchell Trubisky. Chicago jura que o calouro precisará brigar com Andy Dalton pela titularidade, porém todo mundo sabe que isso é só retórica e Fields estará under center em pouquíssimo tempo.

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