Draft Simulado 3.0: Um quarterback para San Francisco

Prepare-se: este Draft será ideal para quem gosta de defesas. A quantidade de prospectos defensivos de alta qualidade é maior do que no lado ofensivo. Além disso, a profundidade da classe é impressionante, principalmente na posição de cornerback. Existem seis ou sete corners que podem sair na segunda rodada, o que deve fazer com que eles sumam um pouco da primeira rodada – e os pass rushers brilhem, podendo sair até seis escolhas de jogadores que vão atrás dos quarterbacks.

Dentre eles, o que mais vem crescendo na avaliação de todos é Solomon Thomas. Ex-Cardinal, Thomas jogou apenas dois anos em Stanford e não teve uma grande produção. Porém, o potencial demonstrado em campo chamou muita atenção. Ele não deve sair no top 5 por causa de seu estilo: muito baixo para o 4-3, muito leve para o 3-4. É um jogador de difícil encaixe, mas pode se transformar em uma estrela – basta perguntar para Mitch Trubisky.

Outro jogador que vem crescendo cada vez mais na preferência dos estudiosos de Draft de plantão é O.J. Howard. Com potencial de Rob Gronkowski, Howard é um tight end clássico e que pode ser um tanque no meio de campo de qualquer equipe. Possível alvo ideal para qualquer quarterback jovem, me surpreenderia se ele caísse além do top 15 em abril.

Como já fizemos dois outros Drafts simulados, neste tentamos imaginar novas situações e não repetir tantas escolhas. O Combine e os Pro Days tiveram um certo impacto, porém é o estudo do videotape que está confirmando está tendência da defesa dominar a primeira rodada – não foi a toa que New Orleans trocou Brandin Cooks por mais uma escolha de primeira rodada.

1. Cleveland Browns – Myles Garrett, defensive end, Texas A&M

Não há como contestar que Myles Garrett é o melhor jogador disponível. O Combine serviu para mostrar toda a sua capacidade física que confirmaram ele como o melhor jogador disponível. Os Texans estão recebendo os louros de draftar Jadeveon Clowney mesmo quando não era a principal necessidade do time. Os Browns deveriam seguir o exemplo.

2. San Francisco 49ers – Deshaun Watson, quarterback, Clemson

A verdade já foi escrita pelo Antony Curti: a classe de quarterbacks é fraca. Só que a cada ano que passa, a não ser que alguma revolução aconteça, a classe de quarterbacks nunca vai ser perfeita. O sistema up tempo spread offense que está se disseminando cada vez mais. A preparação inadequada dos quarterbacks para o profissional é devido ao sistema valorizar mais os atletas atléticos e menos os pocket passers – além de pouco desenvolver a sua leitura de jogo e suas mecânicas. A perspectiva de melhora não é muito alta.

Voltando para o agora, Kyle Shanahan precisa de um novo signal caller para começar a implantar uma filosofia – todo mundo sabe disso. E Watson é possivelmente o único que realmente pode cair em um time sem muitos talentos e não ser engolido pelos profissionais. Ele tem problemas de precisão e de decisão, porém o trabalho de sua mecânica (que foi muito bem feito com Matt Ryan, diga-se de passagem) podem melhorar muito o seu nível – tal como os Patriots fizeram com Jimmy Garoppolo.

3. Chicago Bears – Jonathan Allen, defensive end, Alabama

Entre um safety elite e um jogador de linha defensiva elite, qualquer equipe vai escolher o segundo. Ainda mais quando a equipe, historicamente 4-3, (ainda) está passando ainda pela transição para o 3-4 – não dá para fazer tudo em um dia. Jonathan Allen poderia ser o 5-tech defensive tackle que se constrói uma defesa ao redor, com ele fazendo todo tipo de papel em campo. Excepcional contra o jogo terrestre, ele pode destruir pockets pelo meio. O que preocupa é sua artrite nos dois ombros, o que pode lhe derrubar inesperadamente na noite do Draft – e não temos informações iguais aos times para saber o tamanho do estrago.

4. Jacksonville Jaguars – Jamal Adams, safety, LSU

Este é o conceito puro de melhor jogador disponível. Apesar das necessidades em outras posições, os Jaguars escolhem o melhor jogador disponível, sem sombras de dúvidas. Adams é um cara que pode estar presente em todo o campo, me lembra um pouco o estilo de jogar de Brian Dawkins – com algumas restrições, que fique claro. A equipe deve estar esperando ansiosamente que os Bears resolvam ignorar talento em pró de necessidade e deixem passar Jonathan Allen. Outra opção aqui, que eu não acharia tão absurda, é a escolha de Solomon Thomas.

5. Tennessee Titans (via Los Angeles Rams) – Marshon Lattimore, cornerback, Ohio State

Os Titans precisam de duas coisas urgentes: wide receivers e secundária. A equipe poderia investir, esta escolha, em qualquer um dos três defensive backs que dominam o Draft: Malik Hooker, Jamal Adams ou Lattimore. Mesmo com Lattimore tendo problemas crônicos em seu tornozelo, ele é um talento bom demais para deixar passar. O único com potencial (agora) de ser um shutdown corner, Lattimore traria uma estabilidade que esta equipe procura há tempos.

6. New York Jets – Malik Hooker, safety, Ohio State

Hooker, assim como Allen, pode ser outro que fique sentado esperando o nome mais tempo que deveria. O motivo? Preocupações médicas. Mesmo assim, os Jets estariam unindo o útil ao agradável nesta escolha. Hooker tem potencial para ser o ballhawker da NFL por algum tempo, posto que Ed Reed ocupou desde 2002 com muito estilo. As mãos um pouco maiores que 26 centímetros são enormes e mostram todo o potencial dele ser um gerador de turnovers. Se eu fosse um general manager ficaria feliz com Hooker ou Adams no meu time.

Veja também nossos Drafts Simulados anteriores: 
Draft Simulado 2.0 (Jean): Janeiro
Draft Simulado 1.0 (Jean): Novembro de 2016

7. Los Angeles Chargers – Solomon Thomas, defensive end, Stanford

O cara de crescimento mais rápido no coração dos analistas no último mês. Não adianta, é colocar o videotape de Thomas e se encantar com seu estilo de jogo e todo o potencial disponível. Eu sei que os Chargers escolheram Joey Bosa no ano passado, porém o potencial aqui é muito alto para escolher alguém por necessidade. Thomas tem um espírito de Ezekiel Ansah: pouca produção e experiência, mas um teto de talento realmente alto.

8. Carolina Panthers – Derek Barnett, defensive end, Tennessee

Barnett é um prospecto que divide as pessoas. Alguns adoram sua capacidade técnica, capacidade contra o jogo terrestre e a sua força – um Brandon Graham bombado. Outros odeiam que ele não vai ter um primeiro passo monstruoso e não vai ter uma envergadura perto de fazer inveja a James Harrison. Por causa destas características, o produto de Tennessee deve render melhor em um sistema 4-3 e os Panthers seriam o local ideal. A troca de Kony Ealy mostrou que o time confia muito na posição para este Draft – e com Thomas e Barnett por perto, Carolina deve pensar seriamente em adquirir um deles.

9. Cincinnati Bengals – Reuben Foster, linebacker, Alabama

Mesmo sendo um imbecil e utilizando a famosa carteirada do “Você sabe com quem está falando?”, Foster é o melhor inside linebacker desde Luke Kuechly – pelo menos em campo. Capaz de cobrir o espaço de sideline a sideline, ele pode jogar em um 4-3 como MIKE ou WIL ou em um 3-4 – versátil, jogador de três descidas. A escolha aqui é o encaixe perfeito, porém os Bengals podem ver os Saints subindo até a oitava posição para escolhê-lo.

10. Buffalo Bills – O.J. Howard, tight end, Alabama

Os Bills possuem mais necessidades? Sim. Escolher um tight end é um luxo na primeira rodada? Geralmente sim, a não ser no caso de O.J. Howard. Sim, o último que saiu no top 10 (Eric Ebron) está começando apenas agora a se adaptar a liga, mas isso não deve impedir a escolha de Howard. Mais completo que Ebron, ele é um tight end clássico: consegue bloquear muito bem e ser um bom recebedor. Howard poderia se tornar a principal âncora deste ataque.

11. New Orleans Saints – Taco Charlton, defensive end, Michigan

Existe muita discussão sobre a ordem entre Taco Charlton, Charles Harris e Takkarist McKinley – também conhecida como a “segunda prateleira” de pass rushers. Claramente dá para ver que eu acho que Charlton está em um outro nível. Ele pode ser um titular desde o primeiro dia, visto que é competente contra o jogo terrestre e um pass rusher técnico. Bom primeiro passo, mas seu teto não é tão alto.

Já McKinley me lembra muito um Trent Cole moderno: baixo, magro para a posição, tem uma excelente envergadura, mas não deveria ser um titular desde o primeiro dia. Já Harris não possui um atleticismo que se destaque, magro para a posição e é um projeto nesta altura – e parece mais um jogador de final de primeira rodada/começo da segunda.

Os Saints já mostraram que eles vão atrás de jogadores defensivos e foi esta a postura adotada por nós. Sim, há melhores jogadores disponíveis, no entanto todos são do lado ofensivo. Uma escolha mais por necessidade do que por valor.

Leia aqui nossa cobertura completa do Draft 2017 (que está apenas começando!)

12. Cleveland Browns (via Philadelphia Eagles) – Leonard Fournette, running back, LSU

Aqui é o exemplo perfeito que tentamos mimetizar o que os times pensam – é quase impossível, na realidade, mas a gente tenta. Nesta simulação Fournette está despencando e Trubisky ainda está disponível. Com seu estilo Moneyball, a impressão que passa é que os Browns iriam atrás do cara de maior valor.

Fournette (não leve como crítica) me lembra muito Trent Richardson saindo do college: seu videotape está cheio de atropelos e o Combine mostrou que ele é um tanque humano. Com potencial para ser um Marshawn Lynch no nível profissional, os Browns ficam presos ao conceito de melhor jogador disponível e depois vão pensar na posição mais importante do jogo.

13. Arizona Cardinals – Corey Davis, wide receiver, Western Michigan

Arizona, assim como Washington e Cleveland, deve pensar seriamente em escolher um dos quarterbacks disponíveis. Está mais do que claro que os dias de Carson Palmer estão contados e este time tem muito talento jovem para ter que passar por um processo de reformulação total. Mesmo assim, a abordagem tomada aqui foi que eles estão pensando no melhor talento disponível associado com o vencer agora. Desta maneira, não há como não ir atrás de Corey Davis.

Alto, excelente route runner e muito bom recebedor, ele me lembra um primo pobre de Mike Evans. O que impede Davis de subir ainda mais é ele não ter participado ativamente nem de seu Pro Day nem do Combine. Ainda há um quê de dúvidas sobre o seu atleticismo, porém traz muito valor nesta escolha.

14. Philadelphia Eagles (via Minnesota Vikings) – John Ross, wide receiver, Washington

Apesar da necessidade clara na posição de cornerback (que foi esquecida na Free Agency), as declarações de Howie Roseman levam a crer que o time vai levar em consideração o melhor valor disponível. E, o que está se desenhando cada dia mais, a realidade é que nesta faixa de escolhas os melhores disponíveis serão do ataque – eles vão precisar de um trade up para pegar um talento defensivo que valha a pena tão alto.

Entre Ross e Mike Williams, eu escolheria o segundo sem sombras de dúvidas. Só que Philadelphia pode pensar diferente. Este ataque é projetado para ter um velocista e Alshon Jeffery parece fazer parte de planos para o futuro. Apesar das preocupações médicas com John Ross, ele é um excelente prospecto e se encaixa no que este time procura para a posição. Aqui pode acontecer um reach e escolherem Marlon Humphrey ou Tre’Davious White.

15. Indianapolis Colts – Cam Robinson, offensive lineman, Alabama

De top 10 ao top 15 e caindo cada vez mais. O videotape de Robinson é inconsistente demais neste ano, ele se meteu em problemas fora de campo e o que vem lhe salvando é o Combine que teve e os flashes que demonstrou durante a carreira inteira. É um jogador extremamente talentoso, porém precisa de um ambiente favorável para crescer como jogador e esquecer as distrações da faculdade.

Entre os três tackles do topo deste Draft, o único que eu vejo como left tackle no nível profissional é Robinson e isto pode interessar muito os Colts. Aqui é mais uma escolha de melhor jogador disponível, sem sombra de dúvidas. A grande pergunta que fica é se Indianapolis possui o ambiente ideal para fazê-lo crescer na carreira.

16. Baltimore Ravens – Mike Williams, wide receiver, Clemson

Nesta simulação Mike Williams e Tre’Davious White tiveram as quedas mais inesperadas. Com relação a Williams, ele tem um potencial para se transformar em um novo Dez Bryant, porém a questão que fica é: como ele vai se comportar com as lesões? E o quão explosivo ele realmente é? Ele vai parar de usar tanto o corpo para receber passes?

Seu tempo no tiro de 40 jardas no Pro Day foi perto de 4,6 segundos, o que não é bom para um jogador que deveria poder trabalhar o campo todo. No momento é um projeto interessante e que pode cair inesperadamente em abril. Sorte dos Ravens que reforçam o seu corpo de recebedores.

17. Washington Redskins – Budda Baker, safety, Washington

Pode não parecer, mas Baker é um encaixe perfeito para o estilo defensivo de Washington. Apesar de undersized, ele é um hard hitter que pode jogar tanto no fundo do campo como trabalhando no box – me lembra muito de Rodney McLeod. É a escolha que encaixa a necessidade com o melhor jogador disponível.

18. Tennessee Titans – Takkarist McKinley, edge rusher, UCLA

Outro jogador undersized que deve contribuir apenas como especialista no pass rush como calouro. Eu não consigo ver McKinley, com seu estilo, atraindo muitos olhares de times que joguem no 4-3. Vai ser um encaixe estranho, difícil de fazer acontecer. Em Tennessee ele poderia cair em uma situação ideal, ainda mais para um time que precisa reforçar muito o seu front seven.

19. Tampa Bay Buccaneers – Dalvin Cook, running back, Florida State

Eu não sei o quanto ter Jameis Winston no roster poderia influenciar esta escolha. Claro que o torcedor vai falar: temos necessidades de wide receivers e na linha ofensiva e você me escolhe um running back? Isto é verdade (e o resultado pode ser Ryan Ramczyk em Tampa), no entanto este é um time que escolheu um kicker na segunda rodada e não tem medo de fazer apostas arriscadas.

Cook é um péssimo ser humano e um grande jogador. Em Florida State ele era o centro do ataque, todo mundo sabia disso e mesmo assim ele produzia em alto nível. O que lhe fez cair tanto neste Draft (além dos problemas extra-campo) foi seu desempenho horrível no Combine – não pula, não corre, pareceu pesado. É um jogador que tem potencial para cair para a segunda rodada, conquanto assumimos que ele apagou as dúvidas que tinham em seu Pro Day.

20. Denver Broncos – Ryan Ramczyk, offensive tackle, Wisconsin

Muita gente adora Ramczyk pelo seu jeito extremamente agressivo, que ataca os linhas defensivas adversários e consegue ganhar no atleticismo. Eu entendo todo este amor, no entanto é preciso lembrar que ele é cru e não possui um protótipo de left tackle – o que deve lhe tornar um right tackle no nível profissional.

Independente de Trevor Siemian ou Paxton Lynch como titular, o jovem que assumir vai precisar de mais estabilidade a sua frente do que aconteceu no ano passado. Ramczyk poderia disputar desde o início do training camp uma vaga como titular nesta linha totalmente reformulada.

21. Detroit Lions – Marlon Humphrey, cornerback, Alabama

Um linebacker jogando como cornerback. A agressividade, capacidade de tackle e intensidade de Humphrey são incríveis. O que lhe falta é técnica, principalmente na cobertura, o que lhe fará ser queimado constantemente quando alinhado contra wide receivers mais ágeis. Em Detroit ele teria Darius Slay ao seu lado, o que traria uma estabilidade maior para o seu crescimento e o blindaria. Humphrey pode virar um grande bust se cair em uma equipe que exija que ele se torna o principal cornerback desde o primeiro dia.

22. Miami Dolphins – Charles Harris, defensive end, Missouri

Enquanto McKinley é um undersized atlético, o mesmo não pode se dizer de Charles Harris. Seu Combine foi muito ruim, péssimo mesmo e eu não consigo entender como ele ainda é considerado um prospecto de primeira rodada. Muitos vão adorá-lo, principalmente pelo seu videotape em Missouri, no entanto é um sério candidato a cair para a segunda rodada.

Independente disso, os Dolphins viram que precisam reforçar o seu pass rush e Harris é o único disponível que pode contribuir efetivamente como calouro. Esta é uma equipe que, historicamente, tem o peso da necessidade mais alto em suas escolhas e não me surpreenderia eles estarem visando quem sobrar entre Taco Charlton, Charles Harris e Takkarist McKinley.

23. New York Giants – Dan Feeney, guard, Indiana

Muita gente aposta que os Giants teriam sério interesse em escolher Garrett Bolles nesta escolha, o que não faz muito sentido. Bolles não tem biotipo para ser tackle na NFL, ele deve virar um guard desde o início da carreira. E se é para escolher um guard, por que não ir com o melhor da classe?

Eu sei que muita gente acredita que Forrest Lamp é o melhor guard da classe, mas eu discordo. Feeney possui braços maiores, o videotape é impressionante e seu desempenho no Senior Bowl foi superior ao de Lamp. Seu estilo de jogo é totalmente diferente e ele teria um encaixe mais natural nesta linha ofensiva de New York.


“RODAPE"

24. Oakland Raiders – Christian McCaffrey, running back, Stanford

A cada dia que passa parece que McCaffrey pode ir mais alto neste Draft, saindo até mesmo dentro do top 15. Por enquanto a sensação que passa é que ele não é um jogador de três descidas, o que lhe desvaloriza perante aos outros jogadores. Para Oakland, McCaffrey seria perfeito por causa do estilo deste ataque.

Ele pode se alinhar no slot e como running back. Bloqueia bem, deve funcionar como corredor efetivamente em um esquema de bloqueios de zona e é muito bom recebedor. É o jogador que poderia ser a peça que falta para este ataque virar de elite na NFL e carregar este time. Sim, há muitas falhas defensivas em Oakland, no entanto o valor aqui é bom demais para se passar.

25. Houston Texans – Mitch Trubisky, quarterback, North Carolina

O que os Texans estavam esperando todo o Draft. Esta franquia tem tanto talento, mas não tem uma alma viva para a posição. Sim, Mitch Trubisky ainda tem que crescer muito como jogador, no entanto ele cairia em um time com a estrutura ideal para ajudá-lo a crescer. Na realidade, os Texans talvez tenham que dar um pequeno trade up para fazer este casamento acontecer. Seria a escolha perfeita para este time, ainda mais que Bill O’Brien possui uma capacidade acima da média em trabalhar com jovens signal callers.

26. Seattle Seahawks – Forrest Lamp, offensive lineman, Western Kentucky

Lamp possui um estilo mais atlético do que vai ganhar com a força, lhe tornando mais propenso a se desenvolver melhor em sistemas que utilizem bloqueios por zona – como em Seattle. Seria uma escolha extremamente segura, mas que faria bem para uma linha ofensiva que foi um desastre no ano passado.

27. Kansas City Chiefs – DeShone Kizer, quarterback, Notre Dame

Kizer é o tipo de quarterback que faz Andy Reid se apaixonar. Atlético, braço forte e que precisa de certo trabalho em sua mecânica. Como todos já vimos, este time não vai conquistar um Super Bowl com Alex Smith under center e não há palavras do front office que me levem a crer que eles não estão pensando em melhorar a posição. DeShone Kizer seria o Donovan McNabb de Reid: um cara longe de estar totalmente desenvolvido, mas que tem muito potencial. Não deve acontecer, visto que alguém deve pular na frente de Kansas City e o escolher.

28. Dallas Cowboys – Gareon Conley, cornerback, Ohio State

Com Morris Claiborne, J.J. Wilcox, Barry Church e Brandon Carr saindo na Free Agency, os Cowboys precisam reformular toda a sua secundária e não vão poder focar no fraco pass rush que a equipe possui. Aparentemente a escolha deles será por necessidade durante o Draft, procurando cornerbackssafeties que possam ser titulares desde o primeiro dia.

Entre Gareon Conley e Tre’Davious White, o primeiro deve se encaixar melhor neste esquema defensivo. Conley está saindo mais baixo do que pode, no entanto parece cada vez mais claro que os pass rushers vão desvalorizar os cornerbacks no dia do Draft. Ele pode ser titular desde o primeiro dia, principalmente jogando em um esquema que priorize marcações por zona.

29. Green Bay Packers – Garett Bolles, offensive lineman, Utah

Bolles tem uma história incrível de vida, é o linha ofensiva mais técnico de todos, no entanto é velho e seu teto não é tão alto – por isso deve sair no fim da primeira rodada. É um cara que pode ser titular como left guard desde o primeiro dia e tentar manter o nível que esta linha mostrou no ano passado. Os Packers possuem sérios problemas no interior de sua linha ofensiva e parece que vão apostar no Draft para corrigi-los.

30. Pittsburgh Steelers – Jabrill Peppers, safety, Michigan

Peppers pode sair mais alto? Sim, por causa de seu nome. Ele não é atlético para jogar como free safety, duro para ser um cornerback e tem problemas nos tackles para ser confiável jogando no box. No momento, Peppers me parece melhor atleta do que jogador e isto é um problema. Para ele ter sucesso, seria essencial cair em um sistema bem estabelecido e que, historicamente, tem paciência com os seus prospectos – como Pittsburgh.

31. Atlanta Falcons – Malik McDowell, defensive tackle, Michigan State

Em seu melhor, um talento top 10. Em seu pior, um jogador de quarta rodada. Malik McDowell tem um teto extremamente alto, porém tem um sério problema: desiste rapidamente das jogadas. E ele vai ter que melhorar muito o seu esforço em campo para ter sucesso na NFL.

Saindo no final da primeira rodada, McDowell poderá encontrar o ambiente ideal para ter alguma coisa por disputar e mostrar mais coração dentro de campo. A famosa escolha “Boom or bust” e que cairá em um sistema amigável com bons talentos ao seu redor – minimizado as chances de bust.


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32. New Orleans Saints (via New England Patriots) – Tre’Davious White, cornerback, LSU

Não acredito que White caiu tão baixo em nossa simulação – me lembrou a situação de Byron Jones no Draft retrasado. White possui uma ética de trabalho incrível, é um cara que trabalha duro, só que o seu teto não parece ser tão alto assim. Baixo e pouco atlético, ele não seria ideal para jogar em um esquema que use e abuse da cover 3, por exemplo. New Orleans pode sair comemorando com essa escolha, que fecha uma boa primeira rodada da franquia.

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