Passados os primeiros dias do início do período da free agency, em que as equipes podem assinar contratos com os jogadores cujos compromissos anteriores com outros times se encerraram, o Pro Football traz as necessidades de cada uma das 32 franquias da NFL. Com muito espaço sobrando dentro do teto salarial, era de se esperar uma grande competição pelos principais jogadores disponíveis. Assim, várias equipes se reforçaram (algumas gastando muito por isso).
As equipes não estão prontas para a temporada, é claro. Além de ainda ter muita água pra rolar na free agency, daqui a pouco chegamos ao draft, sempre uma fonte de esperança para todas as equipes (e seus torcedores). Ao longo do mês de abril, teremos uma série de 32 textos: um para cada franquia da liga. Assim, você poderá saber quais os buracos do seu time e como ele pode se reforçar pelo recrutamento universitário. Claro: o Draft também serve para se reforçar visando o futuro. Quem diria que o New York Giants escolheria Odell Beckham Jr em 2014 mesmo já tendo Victor Cruz? Recebedor não era uma necessidade tão grande na época, mas os Giants optaram por escolher o melhor jogador disponível.
Os times variam entre essas duas opções: ou tentar preencher uma lacuna de necessidade de seu time ou escolher o melhor jogador disponível – em inglês, BPA, best player available. No final de abril teremos tabelões com os melhores jogadores. Agora é a hora de falarmos sobre as necessidades e sobre o vice-campeão de 2016, o Atlanta Falcons.
Quem Ficou na Free Agency: LB LaRoy Reynolds, QB Matt Schaub, TE Levine Toilolo, DT Courtney Upshaw, S Kemal Ishmael, CB Blidi Wreh-Wilson
Quem Chegou na Free Agency: DE Jack Crawford (Cowboys), WR Andre Roberts (Lions), FB Derrick Coleman, G Hugh Thornton, NT Dontari Poe (Chiefs), FB Soma Vainuku (chamaremos de Vainukan, fãs de Star Wars entenderão).
Quem Saiu na Free Agency: T Tom Compton (Bears), DL Tyson Jackson (cortado), FB Patrick DiMarco (Bills), WR Aldrick Robinson (49ers), WR Eric Weems (Titans), LB Paul Worrilow (Lions), G Chris Chester (aposentou). OBS: o DE Dwight Freeney nem renovou e nem anunciou aposentadoria. Consideraremos que ele não volta para os Falcons em 2017.
NECESSIDADES DO ATLANTA FALCONS NO DRAFT 2017: DE, OG, ILB
Um ataque impressionante que levou Matt Ryan e companhia ao Super Bowl. Infelizmente para o time da Georgia, a vantagem gigantesca construída caiu por terra e o time procura se reestruturar emocionalmente para repetir as brilhantes atuações – agora sem a mente ofensiva brilhante de Kyle Shanahan chamando as jogadas ofensivas.
Observação: antes da free agency, considerávamos DT uma necessidade – principalmente contra o jogo terrestre. A (ótima) assinatura de contrato com Dontari Poe faz com que nos foquemos em outras coisas aqui.
Defensive end
Vic Beasley teve sua primeira grande temporada pelos Falcons. Mesmo assim, o jogador precisa ter mais companheiros na pressão externa, e embora Dwight Freeney tenha sido bastante produtivo aos 37 anos (!), o time precisa de profundidade nessa função.
Beasley, vale lembrar, liderou a NFL com 15,5 sacks na temporada passada. O problema é que uma andorinha só não faz verão. Essa estatística é MUITO mentirosa se você quer afirmar “ah, eles tiveram o líder em sacks da temporada, então são um baita pass rush“. Não era bem assim. Para começar, ninguém fora Beasley teve mais de 4,5 sacks no ano passado. Se formos considerar o índice “ANDORINHA” (aquela que sozinha, não faz verão), temos Beasley responsável por 46% dos sacks dos Falcons em 2016. É maior porcentagem da liga em termos de apenas um jogador sendo responsável por quase metade da pressão. Os Falcons precisam de ajuda no setor.
Quer mais indícios? A equipe usou “o golpe especial” do Street Fighter no Super Bowl. Isto é: manufaturou pressão em Tom Brady com stunts e marcação individual na secundária. Resultado? Deu certo no primeiro tempo e no segundo o time implodiu de tão cansado.
Leia também: A Autópsia do Desastre: como Atlanta entrou em colapso no segundo tempo?
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Guard
O time teve um sopro de vida com a chegada de Alex Mack na posição de center na última intertemporada. Para 2017, o time poderia se utilizar de novo fôlego na posição de guard, tendo em vista a idade avançada de Andy Levitre (30) e Chris Chester (34). Isso, claro, considerando um projeto de mais longo prazo.
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Inside linebacker
Consideramos a necessidade por NT/DT algo do passado com a chegada de Dontari Poe. Mas seria interessante se os Falcons procurassem ajuda para o miolo da defesa. No ano passado, Atlanta cedeu média de 4,5 jardas por corrida quando os corredores adversários iam por meio da linha.
Ademais, um dado que mostra como a necessidade por inside linebacker era e é latente. Os Falcons foram o segundo pior time da liga em “mais jardas cedidas após o primeiro contato”. Ou seja: o corpo de linebackers não era eficiente em parar o ball carrier na primeira tentativa de tackle.
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