Necessidades no Draft 2017: Bengals precisam de Draft perfeito para se manterem competitivos

Passados os primeiros dias do início do período da free agency, em que as equipes podem assinar contratos com os jogadores cujos compromissos anteriores com outros times se encerraram, o Pro Football traz as necessidades de cada uma das 32 franquias da NFL. Com muito espaço sobrando dentro do teto salarial, era de se esperar uma grande competição pelos principais jogadores disponíveis. Assim, várias equipes se reforçaram (algumas gastando muito por isso).

As equipes não estão prontas para a temporada, é claro. Além de ainda ter muita água pra rolar na free agency, daqui a pouco chegamos ao draft, sempre uma fonte de esperança para todas as equipes (e seus torcedores). Ao longo do mês de abril, teremos uma série de 32 textos: um para cada franquia da liga. Assim, você poderá saber quais os buracos do seu time e como ele pode se reforçar pelo recrutamento universitário. Claro: o Draft também serve para se reforçar visando o futuro. Quem diria que o New York Giants escolheria Odell Beckham Jr em 2014 mesmo já tendo Victor Cruz? Recebedor não era uma necessidade tão grande na época, mas os Giants optaram por escolher o melhor jogador disponível. 

Os times variam entre essas duas opções: ou tentar preencher uma lacuna de necessidade de seu time ou escolher o melhor jogador disponível – em inglês, BPA, best player available. No final de abril teremos tabelões com os melhores jogadores. Agora é a hora de falarmos sobre as necessidades e sobre o Cincinnati Bengals. 

Quem Ficou na Free Agency: CB Dre Kirkpatrick, WR Brandon LaFell, T Eric Winston, RB Cedric Peerman, DE Wallace Gilberry,

Quem Chegou na Free Agency: OT Andre Smith, ILB Kevin Minter (Cardinals)

Quem Saiu na Free Agency: LB Karlos Dansby (Cardinals), DT Domata Peko (Broncos), T Andrew Whitworth (Rams), G Kevin Zeitler (Browns), RB Rex Burkhead (Patriots), DE Margus Hunt (Colts), ILB Ray Maualuga

NECESSIDADES DOS BENGALS NO DRAFT 2017: OL, LB, DE (de modo secundário, DT, DB)

Apesar do ano bastante ruim, a free-agency dos Bengals foi bastante quieta, praticamente sem nenhuma movimentação importante. Na verdade foi muito negativa, visto que a franquia perdeu dois pilares da linha ofensiva e, ainda, o defensive tackle Domata Peko. No final das contas, o time tem bem mais buracos do que parecia ter antes do início da última temporada.

Linha Ofensiva

Os bloqueadores de Cincinnati fizeram um trabalho fraco em 2016, cedendo 41 sacks e não abrindo muito espaço para as corridas. Andy Dalton, quarterback do time, foi pressionado em 26% dos passes no ano passado – maior (ou pior, se você for analisar) marca de sua carreira.

O destaque positivo da unidade foi o tackle Andrew Whitworth, que não cedeu nenhum sack ao longo da temporada. Mesmo aos 35 anos, o jogador mostrou muita consistência nos últimos anos protegendo o blind side de Andy Dalton, estando sempre entre os 5 melhores da posição. Como nem tudo são rosas, ele foi para Los Angeles reforçar os Rams, e levanta uma grande preocupação em achar um substituto em Cincy.

Além dele, outra perda considerável foi a saída do guard Kevin Zeitler (assinou com o rival divisional, Cleveland Browns). Zeitler foi um dos melhores em sua posição em 2016, visto que conseguiu fazer um bom trabalho tanto contendo o pass-rush como abrindo espaços nas corridas. As perdas certamente farão com que as coisas fiquem complicadas para Dalton, visto que o que tinha de bom na unidade… Bem, foi embora. A designação de linha ofensiva se dá pelo fato de tanto um guard como um tackle serem muito bem vindos, mas um Left Tackle parece ser a maior urgência. O problema? A classe de linha ofensiva neste draft não é tão talentosa.

Defensive End

Carlos Dunlap é dominante, mas do outro lado Michael Johnson não é um jogador de elite, honestamente – desde 2012 soma apenas 16 sacks em 61 partidas. Mais do que não jogar em alto nível, ele é utilizado em demasia, já que não há reservas que consigam manter o nível do pass-rush. Will Clarke é um pass-rusher ocasional, não atuando constantemente na rotação. Ou seja, um jogador que não produz bem há quatro temporadas e precisa ficar em campo muito tempo. O resultado, como esperado, é uma produção bem baixa, como os 3.5 sacks de 2016 (menos até que o reserva Clarke, que teve 5). Fora Dunlap, nenhum defensive end dos Bengals teve mais de 4,5 sacks na temporada passada, vale lembrar.

Ao contrário do que acontece com a linha ofensiva, esta é uma classe recheada de bons jogadores de linha defensiva – então nada mais justo do que focar em buscar um jogador que possa gerar pressão nos quarterbacks adversários, ainda mais com uma escolha alta no Draft. Certamente a adição de um bom nome poderá não somente melhorar o pass-rush, como também criar alternativas na rotação e elevar o nível da defesa como um todo. Assim, até mesmo a ausência do defensive tackle Domata Peko pode ser menos sentida.

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Linebackers como um todo

Quando se pensa na posição de linebacker no Paul Brown Stadium, o nome que vem à cabeça é o de Vontaze Burfict. Ok, trata-se de um grande jogador, mas a capacidade dele de fazer besteiras talvez seja até maior do que a habilidade dentro de campo. Enquanto falava sobre ele, você conseguiu lembrar quem são os outros linebackers? Temos Vincent Rey, que é um jogador sólido, mas que está entrando na casa dos 30 anos e já não é o mesmo de outrora. P.J. Dawson – escolha de terceira rodada em 2014 – não se tornou nem de longe o jogador que se esperava dele, enquanto Nick Virgil teve um ano bastante esquecível em 2016. Ray Maualuga foi embora. No final das contas, ninguém é acima da média. Os Bengals cederam 1,92 jardas APÓS o contato no ano passado – pior marca da liga. Isso quer dizer que, bem, os linebackers não param ninguém.

Para minimizar a situação, a equipe buscou Kevin Minter, ex-Arizona Cardinals, o que certamente representa um bom reforço. Aparentemente ele chega para assumir uma função semelhante a de Vincent Rey, o qual deve contribuir mais na rotação. De qualquer forma, um jovem com potencial de desenvolver para o futuro e eventualmente se tornar titular durante as besteiras de Burfict é muito bem-vindo.

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