Necessidades no Draft: Dallas precisa do que mais há neste Draft – defesa

O Dallas Cowboys é um time que toda intertemporada precisa tomar decisões duras para sobreviver mais um ano abaixo do teto. A equipe sempre está apertada com o salary cap e o resultado são as não renovações que acabam destruindo alguns pontos do time e criando ainda mais necessidades para o Draft seguinte.

Não é uma situação provocada pelos jogadores draftados estarem todos evoluindo muito e resultando em muitas renovações. Sim, a equipe escolheu muito bem nos anos anteriores, no entanto este efeito é produzido pelos contratos mal formulados e a estratégia de ficar reestruturando contratos de veteranos e jogando o impacto no cap sempre para depois. Foi assim que Tony Romo passou a ter de 24,5 milhões de dólares no cap e seu corte representar um impacto de 14,5 milhões.

O resultado dessa zona é que o lado defensivo sempre tem menos talentos e precisa ainda mais da contribuição de calouros. E quando não há veteranos defensivos para ensinar os calouros, a coisa geralmente não vai para frente. A franquia já viu que é possível disfarçar as deficiências defensivas durante o ano, só que nos Playoffs a falta de talento pega – e o resultado são as eliminações precoces.

Quem ficou na Free Agency: WR Terrance Williams, RB Darren McFadden, QB Kellen Moore

Quem chegou na Free Agency: CB Nolan Carroll, T Byron Bell, DE Stephen Paea, DE Damontre Moore, S Robert Blanton

Quem saiu na Free Agency: QB Tony Romo (aposentou), LB Rolando McClain (não renovou), OLB Andrew Gachkar (não renovou), LB Justin Durant (não renovou), CB Joshua Thomas (não renovou), G Ron Leary (Broncos), S Barry Church (Jaguars), CB Brandon Carr (Ravens), DT Terrell McClain (Washington), DE Jack Crawford (Falcons), S J. J. Wilcox (Bucs), CB Morris Claiborne (Jets), DE Ryan Davis (Bills), QB Mark Sanchez (Bears), RB Lance Dunbar (Rams), TE Gavin Escobar (Chiefs)

Necessidades do Dallas Cowboys no Draft 2017: DB/DL

Apesar de no ano passado a secundária deste time atuar muito bem contra bolas em profundidade (foram o que menos cederam passes além de 20 jardas na liga, com uma taxa de acerto de apenas 27,1%), Dallas precisou desmontá-la completamente por motivos de salary cap. Com isso dois dos três safetys que jogaram 400 snaps, no mínimo, pela franquia foram embora, junto com dois cornerbacks que eram titulares (ou praticamente, depende do ponto de vista).

Defensive backs

Para recuperar estas perdas Dallas resolveu trazer Nolan Carroll (que é um tampão, alguém que pode ser um dos piores titulares da liga caso assim seja escalado) e Robert Blanton (que teve só um ano em Minnesota como titular e só na vida). Claramente esta secundária está destruída, mesmo com a presença de um dos melhores nickelbacks da liga em Orlando Scandrick e do atleticamente incrível Byron Jones. O resto das posições colecionam apenas nomes nada inspiradores e que devem ser verdadeiros buracos se a temporada começasse hoje.

Vale lembrar que este time foi o segundo da NFL que mais cedeu passes completos no ano passado e tem tudo para continuar no mesmo ritmo se não melhorar significativamente no Draft – o que é meio difícil, visto que a adaptação de calouros para a posição não é tão direta, principalmente os cornerbacks.


“RODAPE"

Defensive line

Se a situação lá atrás é terrível, na frente é um pouco melhor. Os Cowboys foram o terceiro pior time ano passado tentando chegar nos quarterbacks adversários (geraram pressão em apenas 23% dos snaps). A chegada de Cedric Thornton, o primeiro ano acima da média de Maliek Collins e uma temporada incrível de Sean Lee deram jeito no jogo terrestre, transformando esta defesa em uma competente contra o jogo terrestre. Apesar de ser o time que menos cedeu jardas terrestres por jogo no ano passado (83,5), vale ressaltar que eles foram a terceira equipe que mais teve passes tentados contra. Uma secundária que cedia tudo na região intermediária do campo e um pass rush que não pressionava foi tentador para os adversários.

A situação não melhora com a saída de Jack Crawford e Terrell McClain. Dois titulares ano passado, eles não tiveram um grande impacto contra o passe, no entanto a franquia perdeu ainda mais profundidade na posição. Com Randy Gregory mais preocupado com a liga do que com seu desempenho em campo (e na geladeira por um ano), a franquia precisa aprofundar a sua rotação (principalmente entre os edge rushers).

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Não sendo uma necessidade tão grande, a posição de linebackers também precisa de um pouco de atenção, principalmente agora que Jaylon Smith não teve uma recuperação ideal do nervo do joelho e está com drop foot, ou seja, não consegue levantar a ponta do pé. Ele vai precisar jogar com uma proteção no joelho que limita muito a sua movimentação , o que vai tornar este grupo de linebackers ainda mais sem profundidade. Apesar de Sean Lee ter jogado 15 jogos no ano passado, ele é uma máquina de se lesionar. Este pode virar o calcanhar de Aquiles durante a temporada.

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