Tão certo quanto dois e dois são quatro é que no período do Draft se levantarão suspeitas sobre algum prospecto de alto nível. Problemas extracampo, alguma coisa no jogo que ninguém viu: algo irá ser falado para trazer dúvidas sobre o jogador. Por vezes, isso pode se confirmar, mas na maioria não passa de conversa fiada, plantada inclusive por equipes que querem ver o jogador cair para o pegar. É um jogo de bastidores intenso e qualquer movimento faz diferença para conseguir o intento.
A bola da vez em 2022 é Kayvon Thibodeaux, EDGE de Oregon. Laureado desde os tempos do ensino médio – foi considerado um recruta 5 estrelas e recebeu mais de 25 ofertas, de universidades como Alabama e Florida -, esteve no topo do processo por grande parte do tempo, mas viu o surgimento de Aidan Hutchinson (Michigan) e Travon Walker (Georgia), ficando um pouco de lado. Ainda considerado um prospecto que deve sair no top-10, a dúvida é: qual o problema de Thibodeaux?
Intensidade e foco são dúvidas
Daniel Jeremiah, analista de Draft do site oficial da NFL, é um dos principais críticos de Thibodeaux. Segundo ele, Kayvon tira algumas jogadas para descansar e não dá o seu máximo em campo. Outro ponto que incomodou Jeremiah foi o fato do EDGE ter feito apenas o supino e o tiro de 40 jardas no Combine, quando a programação previa que ele fizesse todos os testes. O analista ficou claramente irritado com a postura do jogador, considerando uma falta de esforço e uma atitude ruim.
Um fator que também preocupa alguns jornalistas que cobrem o Draft é seu interesse pelo jogo. Muito vocal, Thibodeaux sempre deixou claro que um fator importante em sua decisão de escolher Oregon em detrimento de outros programas com maior sucesso nos últimos anos, foi a ligação da universidade com a fornecedora de material esportivo Nike. Além disso, ele tem negócios fora de campo envolvendo NFTs e bitcoins. A grande preocupação é que isso tire seu foco do jogo, algo que é fundamental para se ter sucesso na NFL.
